sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O Estado na mama

                  
Uma sociedade pensar viver delas é uma tragedia. É o que se vê: os artistas reclamam investimentos públicos para estimular a criatividade; os banqueiros dedicam os recursos financeiros ao serviço do endividamento do Estado porque a dependência e promiscuidade os tornam mais poderosos; os carenciados reclamam pelos os subsídios que lhes estabilizem a sobrevivência; os empresários guerreiam-se para produzir para o Estado, é o cliente que garante maiores lucros sem nenhum risco.
Não é necessário prosseguir por todas as letras do dicionário, falar de médicos ou de professores, porque o Governo aproveita-se todos os momentos a imprescindibilidade do Serviço Nacional de Saúde e da escola pública.
Com este Estado Social, não há que aguente. Há que pagar tantos impostos e não sobejar a capacidade para criar riqueza. Fica fácil de perceber por que a economia está em recessão.
E por que o Estado tende a cercear a liberdade e a acabar com a Justiça. O Estado não pode ser inimigo dos cidadãos nem transformar o País num campo de concentracionário de contribuintes.
Nuno Costa, Lamego

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Aperto no coração é confundido com a velhice

                  
Um em cada 15 portugueses com mais de 80 sofrem de estenose aórtica, doença que faz diminuir o fluxo do sangue que sai do coração. Muitos dos sintomas são confundidos com o envelhecimento. O aumento da esperança de vida em Portugal fez disparar.
Os que sofrem da doença do coração têm frequentemente desmaios, dor no peito e muito cansaço. Os sintomas são muitas vezes confundidos, pelos familiares, com a própria velhice.
A estenose aórtica é uma das doenças potencialmente fatal e afeta mais os idosos.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Pegas de caras e de cernelha

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Até agora, o combate à crise baseou-se no assalto aos bolsos dos contribuintes. São dispensáveis outras medidas: reduzir as viaturas no Estado e nas autarquias, extinguir institutos e organismos inúteis, reduzir o número de deputados, desburocratizar o sistema judicial. O Governo fez pegas de caras, limitou-se às de cernelha!
Nuno Costa, Lamego

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Os pais

             
Não se educa um povo por decreto. Se os alunos não quiserem aprender, se os pais se omitirem a educar, não há sistema educativo que funcione, não há comunidade que cresça e se desenvolva. Poderá até haver ilhas de sucesso, mas serão sempre a excepção, nunca a regra.
É verdade que muitos dos pais não dominam a boa parte dos conteúdos que são ensinados aos filhos, sendo as dúvidas e dificuldades. Mas aos pais não se pede que sejam professores, espera-se que sejam educadores, que criem as condições para que os filhos estejam disponíveis para aprender.
Que estabeleçam regras e limites, que proporcionem momentos de estudos, que dediquem diariamente tempo para ouvir o que se passou no dia de aulas, que levem as expectativas, incentivem, apoiem e, quando for necessário, sejam firmes na repreensão e no castigo.
Para isto não é necessário ser doutor ou engenheiro, rico ou culto. É preciso muito mais: coragem, rigor, um sacrifício aqui ou ali, e muito amor, numa palavra, é preciso que os pais sejam pais, porque ninguém pode desempenhar essa função por eles.
Nuno Costa, Lamego

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Estado comprou 529 novos veículos

            
O Estado comprou 529 novos veículos, apesar da necessidade de cortar na despesa pública e da imposição da troika de atingir um défice de (4,5%).
O Governo autorizou a compra de 175 automóveis e motociclos para organismos públicos, a que somaram 325 carros em regime de leasing e 29 veículos elétricos. Só nos veículos elétricos, foram gastos mais 835 mil euros: 602 mil euros em automóveis, motociclos e quadriciclos comprados por organismos públicos e mais 233 mil euros em regime de aluguer.
Segue-se o Ministério da Agricultura que conta com 492 veículos dos 3.569 automóveis que não têm seguro.
A frota automóvel do Estado não está a cumprir a legislação do seguro.
Nuno Costa, Lamego  

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Um colecionador de obras-primas

                   
                                                         LUÍS FIGO
Lançou-se à estrada com ambições moderadas, passo a passo, foi atingindo o mediatismo de figura universal e qualidade futebolística só comparável aos maiores do Mundo de todos os tempos.
Por talento, caráter, regularidade e uma forma altruísta de sentir o jogo, tornou-se motivo de orgulho para um povo que o viu, aos poucos, invadir território. Luís Figo teve o condão de banalizar a arte, porque foi capaz de fazer, uma que fosse, em toda a vida. Foi um extraordinário colecionador de obras-primas, durante épocas a fio: desenhar a geometria, gerir a velocidade e ser sublime nos territórios de aproximação à baliza. Só um ser superior conseguia ser tão influente a partir de zonas de passagem; só um génio reconhecido por todos adquire autoridade para levar exércitos inteiros atrás de si. Foi, um fenómeno sem precedentes no desporto português, atingindo números e dimensões impensáveis na Seleção. Luís Figo, Eusébio e Cristiano Ronaldo estão condenados a juntar-se, um dia, no patamar mais alto do futebol português.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Com carinho e com afecto

              
A grande provação por que estamos a passar, para muitos representam por não ter nada, ou quase nada, é para todos um tempo em que as certezas sobre o futuro com que encaráva-mos o dia-a-dia desapareceram completamente.
Este deserto de esperança gera uma grande angústia; quando esse estado de alma atravessa, a angústia deixa de ser apenas emoção. Na angústia, o que lhes pedem é que passem a ir ao quotidiano do homem comum e aí se instalem com carinho e com afecto.
Mas um e outro continuam a eximir-se a essa função de solidariedade na provação que o País atravessa, como se a função política não compreendesse a comunhão afectuosa com o sofrimento do Povo.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Brincamos, não?

               
Os nossos políticos andam muito distraídos. Uma classe há tantos anos no Poder deveria conhecer melhor as forças e as fraquezas do povo para quem governa. A ganância dos bancos no drama das famílias no crédito à habitação, resolveu alterar as regras do jogo na entrega da casa ao banco. As pessoas a viver uns autênticos horrores, não precisam de palavras bonitas, mas o País vive numa autêntica bomba. A ver vamos se não é mais o fogo-de-artifício do costume em que eles falam, falam e fica tudo na mesma.
Nuno Costa, Lamego

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Vergonha na gaveta

               
O Socialismo na gaveta já tem uma versão revista e actualizada, a vergonha na gaveta de Passos Coelho.
Portugal atravessa uma perturbante crise de valores, com o chico-espertismo a tomar de assalto a política. Alguns iluminados desprovidos de qualquer pudor vivem numa redoma de vidro longe das reais preocupações, decidindo o rumo com uma ilusão de astúcia que nos está a custar o futuro. Como resultado, o cidadão comum revolta-se e repudia os políticos, com a destrosa governação, o povo desiludido com a mediocridade e a falta de transparência.
O destino está traçado - nem o País tem redenção.
Nuno Costa, Lamego

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Estado do confisco

                  
A administração do Estado teve ao longo da história várias missões. Na monarquia era uma administração de puro confisco. Cobrava impostos e mobilizava para a guerra. A crise volta a empurrar-nos para os tempos do puro confisco. Vivemos o tempo da caça à multa e ao imposto extorquidos aos cidadãos a qualquer preço. O Fisco tem poderes exorbitantes e vai ao osso dos mesmos de sempre: a classe média. Vai ao osso dos que mais sofrem com a crise.
Nuno Costa, Lamego

domingo, 17 de novembro de 2013

Desde que a troika chegou, há mais de 167 mil portugueses sem trabalho

                 
As condições do mercado de trabalho não melhoraram. Pelo contrário, degradaram-se ainda mais. O número de portugueses desempregados subiu de 685 para 852 mil. Há mais de 167 mil pessoas à procura de trabalho.
O aumento do desemprego é sentido pelos mais novos, que não conseguem entrar e manter-se no mercado de trabalho. São responsáveis por (18%) do aumento, com mais de 30 mil jovens sem trabalho.
Na Saúde e Educação serão eliminados serviços e cortadas subvenções sociais.
Nuno Costa, Lamego     

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O Mundo nunca viu um fenómeno como ele

                  
                                             CRISTIANO RONALDO
Nos tempos de criança, agarrou-se à bola nas ruas do Funchal e levou-a até ao céu de Madrid, onde vive como um deus do futebol. Dele poder-se-á dizer que é capaz de atingir níveis técnicos e físicos nunca dantes alcançados; mas é ele próprio, escudado no génio de outra galáxia, quem nos alerta, desde o primeiro dia, para a evidência de que ainda não lhe vimos tudo.
Cristiano Ronaldo assenta num perpétuo desejo de perfeição e, tendo chegado ao topo do reconhecimento universal, acredita ser sempre possível subir mais um degrau. Por talento, fúria goleador e títulos conquistados aumentam as probabilidades de vir a construir o palmarés mais rico e ser o jogador português mais completo de todos os tempos, a caminho do patamar divino.
Iniciando a ação, CR7 adaptou a função de extremo a uma das máquinas goleadores mais fabuloso de sempre.
O Mundo nunca viu um fenómeno, fatura ao ritmo dos assassinos mais ferozes de sempre. É essa revolta permanente, alicerçado em instinto, agilidade, potência, elegância, velocidade e mediatismo, faz dele uma glória na história do futebol.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A metáfora do futebol

                
O estado do futebol é uma metáfora do País. Os clubes à beira da falência, sem acesso ao crédito e com alguns intermediários ainda a fazerem fortunas, quer legalmente, quer através de luvas pagas por debaixo da mesa. E nem a invejada profissão de futebolista, o senho da maior parte dos pais quer para os filhos, está imune à crise. A maior parte dos jogadores da Primeira Liga vai chegar ao Natal com salários em atraso. Tal como o País hipotecou o presente e o futuro com uma dívida gigantesca. Agora, no duro choque com a realidade, sem esse dinheiro, sem o bringo, passou de moda, e sem a almofada das Câmaras, também elas falidas, a sobrevivência de muitos clubes está em risco.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O Estado é como uma árvore

                    https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwdKRprqXD5xju6oSxBFlKWEhcGyPQWOA3pzbmTy9f6BtWJ1YolqpnqxzCbdvXyP78elv7fZLvI73ZN8hsCOlnlgpvdj_U4AWQdlt7AfECQ5NtXOa_dlfKm3Xkd_JgghNelQiTHlqBgVw/s1600/ng2612997.jpg
Caro concidadão, agora é a altura em que mais estamos perto da natureza, certamente já reparou na quantidade de bichinhos e parasitas que vivem no tronco e à sombra de uma frondosa árvore.
Também assim é equipararmos tão generosa e acolhedora árvore do Estado que temos, o qual alberga no seu tronco e ramagem numa enormíssima quantidade de vermes, são as hospedeiras de gorduras da nossa continuada desgraça coletiva, num sorvedouro de bens e riqueza difícil de aguentar.
Assim, temos fundações sem qualquer interesse coletivo; institutos sem a mínima serventia, a não ser para manter gentalha com nada de préstimo para contribuir para a sociedade; uma vez que a solidariedade social que prestam não é mais do que perpetuar as despesas que não beneficiam os verdadeiros necessitados, tal como existirem muitíssimas associações sem qualquer serventia pública, beneficiando apenas os responsáveis das mesmas.
Nuno Costa, Lamego

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Preservemos o pouco que temos

                 
O sol, o clima, as praias e muitas belas paisagens, de norte ao sul do País, são o que temos do melhor para mostrar ao visitantes que vêm dos estrangeiros que visitam Portugal. A imagem que os visitantes levam quando se vão embora, muitas vezes, decisiva para voltarem ao nosso País.
Temos muitas estradas nacionais e municipais, junto às bermas, abunda toda uma diversidade de lixo que fere a sensibilidade visual de quem a observa: são desativados frigoríficos, deteriorados pneusandrajosos colchões, embalagens vazias, latas, plásticos, vidros, roupas velhas, etc...
Também nas nossas praias, principalmente mas não concessionadas, tudo quanto de materiais poluentes por ali vagueia pelo mar, ao sabor das marés, vai engolindo e devolvendo, o aspeto é pouco dignificante. Muita gente bem podia ser aproveitada, para ajudar a melhorar o aspeto do País, consequentemente, a nossa economia, através da captação das divisas dos turistas que nos visitam.
Nuno Costa, Lamego

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Mais um trimestre de recessão

                 
A espiral regressiva da economia e o desemprego colaram-se à pele do quotidiano, tornaram-se um ato condenável como respirar. Portugal vai-se construindo como um País condenado a resistir, onde as pessoas cada vez consomem menos, onde não há ambição nem confiança para investir. Portugal continua a depender do financiamento externo para subsistir e, para obter esse financiamento, tinha que ficar mais pobre, tem de equilibrar a sua balança externa, tem de ser mais capaz de competir no exterior, tem de acreditar que a crise do euro não vai ser superada. Todos sabemos que esse esforço e essa fé têm um preço da recessão. O problema é que não sabemos ao certo quantos mais trimestres o País pode aguentar com o estoicismo. Nenhum País consegue aguentar indefinidamente esta sensação da morte lenta que se agrava a cada trimestre que passa.
Nuno Costa, Lamego  

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O trono eterno do Pantera Negra

                  
                                        EUSÉBIO, O PANTERA NEGRA
Muito mais do que o melhor jogador português de todos os tempos, ele foi o ídolo que o povo elegeu como representante nas mais altas instâncias da humanidade, a quem concedeu um trono eterno e chamaram-lhe, simplesmente, o Rei. Eusébio aceitou a coroa, correspondeu à distinção e, num país miserável e atrasado, extravasou a competência futebolística  para se universalizar como uma das poucas bandeiras nacionais reconhecidas e aceites nos quatro cantos do planeta.
O mito do Pantera Negra não se reduz ao que fez nas quatro linhas, continua a fazer parte da memória coletiva da gente que ainda o venera. Essa é a vantagem comprovada sobre muitos dos parceiros, velhos e novos, desta caminhada secular: foi herói de um tempo restrito mas uma celebridade para toda a vida; um tesouro muito nosso, ao mesmo tempo, património da humanidade, gera perpétua nostalgia só de ouvirmos soletrar o nome.
Eusébio foi um fenómeno arrasador, um felino imperturbável, civilizado no comportamento, elegante nos gestos, com olhar doce mas de instinto agressivo e matador. Um génio que não escolhia o dia, nem o local, nem adversário para pintar quadros solitários que transformava, com espantosa regularidade, em obras-primas definitivas. Raros são os que permanecem para sempre no coração do povo.
Eusébio tornou-se num dos mais apetecidos futebolistas do Mundo. Mesmo sabendo, ele e todos nós, na Luz será, sempre foi, a sua casa

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O pequeno génio do tamanho do Mundo

                  
                                               JOÃO VIEIRA PINTO
Na universidade da vida de grandes dificuldades, agarrou-se à bola como único meio de evitar a derrota social a que parecia condenado; com ele viajaram sonho, talento, revolta e picardia, fatores que haviam de alimentar-lhe o instinto de sobrevivência e o sentimento de vingança que lhe serviram para dar ainda mais sabor a cada vitória obtida num longo caminho de luta e glória. Um dia chamaram-lhe pequeno génio, mas o título só explicava parte da história: continha a omissão, não sendo de facto robusto, era um artista do tamanho do Mundo.
Feitas as contas, entre as obras de arte que assinou e os pecados que cometeu, nunca poderá fugir ao destino que contruiu. O de estar condenado à eternidade.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Caça ao dinheiro

                   
A Autoridade Tributária acaba de atiçar as feras aos contribuintes em falta: os funcionários para cobrarem mais e passam a ter direito a um prémio em dias de férias.
Os portugueses estão cercados por uma gigantesca operação de caça ao dinheiro. Não há hipótese de fuga, nem fuguir. Das Finanças à ASAE - o objectivo é mesmo: caça ao dinheiro. A PSP e a GNR desdobram-se em operações na estrada. Explicam, amavelmente, que se trata de prevenção. Uma espécie de senhor feudal implacável com os mais fracos e insensível à pobreza à sua volta. Só falta o cadafalso para quem não pode ganhar.
Nuno Costa, Lamego

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Cura agrava a doença

                 http://imagens1.publico.pt/imagens.aspx/736841?tp=UH&db=IMAGENS&w=749
A maior parte dos trabalhadores, principalmente os que dependiam de horas extraordinárias, já sentem a diminuição dos rendimentos. O corte nas indemnizações e a facilidade para despedir também baixaram os salários, mas isso ainda não aumentou o emprego. No comércio, restauração e na contrução, a quebra do dinheiro disponível das famílias está a provocar uma subida desesperante do desemprego.
Neste ajustamento, a doença agrava-se com a cura.
Nuno Costa, Lamego

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O crédito e a bolha

               
Cada vez mais famílias ficam impossibilitadas de honrar os compromissos bancários que todos os dias os portugueses devolvem 18 casas. Por outro lado, os bancos acumulam um stock de casas novas do crédito malparado dado aos promotores. Os bancos que pedem spreads pornográficos a quem procura crédito, fazem condições especiais se o cliente comprar uma das suas casas. Esta dualidade distorce ainda mais o mercado, o que pode rebentar uma perigosa bolha.
Nuno Costa, Lamego