quarta-feira, 20 de março de 2013

Risco de haver uso indevido de apoios

                                  
Perante a uma estragnação da economia nacional, motivada pela crise mundial, os portugueses não encontram motivação para investir e arriscar no país. No entanto, o sector com tendência para crescer aproveitando a crise, alavancado por uma pobreza galopante e a destruição da classe média, é o da solidariedade social. As verbas, apoios, isenções e benefícios fiscais dados pelo Estado a estas instituições têm aberto espaço a quem sempre, atento às oportunidades, vê neste sector uma forma de negócio enfocando no lucro fácil e desleixando muitas vezes a não qualidade no apoio aos utentes. Receio que vá acontecer neste sector tão necessário em tempos de crise o mesmo de sempre: o uso indevido dos apoios em nome dos necessitados e dos excluídos.
Nuno Costa, Lamego

terça-feira, 19 de março de 2013

Um artista com pés de ouro

               
                                                JAIME GRAÇA
Foi um médio extraordinário, com a visão ampla e técnica superior, capaz de levar por diante quadros solitários deslumbrantes ou pôr a máquina a funcionar dando-lhe coerência coletiva. Era um chefe de orquestra discreto, por vezes triste, capaz de fazer explodir o jogo a favor das suas cores mas nem por isso se entusiasmava com o trabalho grandioso que efetuava. Jaime Graça iluminava a equipa, o espetáculo e o jogo, mas agia como se ficasse encadeado com o reflexo da luz que emitia, mas cometeu a proeza de ser referência para os próprios companheiros de equipa. O futebol nacional gerou uma estrela marcada pela contradição do seu brilhantismo, reconhecido unanimemente, não corresponder à sua imagem simples e de escassa intervenção pública. Ídolo eterno do Benfica, com qualidade ao nível das estrelas maiores do seu tempo, Jaime Graça tinha poder de síntese fabuloso e visão de jogo que poucos em Portugal conseguiram igualar.

segunda-feira, 18 de março de 2013

As macrocefalias deste país...

                 
Pondo de lado a secular macrocefalia, cito algumas das macrocefalias que deixaram este país na exaustão: BPN, BPP, off-shores, a não tributação das mais-valias bolsistas, o buraco financeiro da Madeira, os milhões em derrapagens, os milhões em estudo no TGVe no aeroporto, as fugas de milhões ao Fisco, gastos de milhões em campos de futebol sem serventia, os escândalos nas parcerias público-privadas, as faces ocultas, os submarinos, Portucale, Freeport, sobreiros, sucatas, fax de Macau, BCP, Furacão, etc. As imoralidades como: a taxação da banca em relação às pequenas e médias empresas, centenas de milhares de hectares de terras aráveis abandonadas e os donos a receberem chorudos subsídios para as não produzirem nem as deixarem produzir, o desmantelamento da indústria e das pescas, etc... Esta macrocefalia tem um nome - corrupção.
Uma macrocefalia que não pára de crescer como o beneplácito dos poderes democráticos que têm governado este país e o silêncio da maioria dos responsáveis da Igreja...
Quantas carências de bens essenciais não seriam satisfeitas com estes milhões?
Nuno Costa, Lamego

sexta-feira, 15 de março de 2013

Um terço dos mortos tinha álcool no sangue

                   
Quase metade das vítimas mortais (41,2%) dos acidentes de viação, encontravam-se sob o efeito do álcool e (31,1%) apresentavam níveis superiores a 0,5 - o limite permitido.
Um quinto dos autopsiados, exactamente (20,7%) estariam em estado de embriaguez avançado, o facto de excenderem 1,2 de concentração de álcool no sangue, o que é considerado crime. Apenas (58,8%) das vítimas não se encontravam sob o efeito desta substância. A mesma tabela lança outra conclusão curiosa: morrem os condutores: são quatro vezes mais do que os passageiros.
(42%) dos condutores portugueses submetidos a testes que registaram uma taxa de álcool acima dos 0,5.
Os acidentes de viação causaram 690 vítimas mortais.
Se conduzir não beba, previne os acidentes nas estradas.
Nuno Costa, Lamego

quinta-feira, 14 de março de 2013

Assim vai um grande país à beira-mar

                 
Servem-se de Portugal todos aqueles que dizem prestar um serviço social ou cívico ao país. As associações sociais e os bombeiros têm regalias como nunca se viu: ordenados chorudos, gasóleo e gasolina de borla, isenção de portagens. Os que servem Portugal são os mais lesados, começando pelo chefe de Estado, teve de abrir mão do seu ordenado para ficar com a sua reforma choruda, ainda diz que vai ficar com a reforma de miséria.
Outras duas pessoas que estão ao serviço do país é o autarca que foi nomeado para as Águas de Portugal, nomeadamente Manuel Frexes o presidente da Câmara Municipal do Fundão, que devia 7,5 milhões de euros a essa mesma empresa e passou de devedor a credor.
Assim vai um grande país à beira-mar.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 13 de março de 2013

Neste país

                  
Neste país, o Governo manda os portugueses emigrar. Em contrapartida, gosta que imigrem para cá pessoas endinheiradas. Neste país, somos obrigados a ir a inspeções periódicas com os carros, as estradas ninguém fiscaliza, são buracos, tampas de saneamento acima e abaixo. Neste país, quem é remediado tudo paga, quem é patrão passeia-se de carros de topo de gama, tem moradias sem recurso a empréstimo bancário e os filhos frequentam as escolas gratuitamente, não pagam almoços, livros visitas de estudo. Neste país, quem tem uma casa paga do IMI mais do que alguns pagam renda, apesar de pagar água, saneamento, resíduos sólidos. Neste país, os governantes querem aplicar reduções nas indemnizações por despedimento, aumento do tempo de trabalho gratuito, redução de dias de férias, como se a culpa da crise fosse culpa dos trabalhadores e estas fossem as roluções para a crise. Neste país, temos um ministro que vem anunciar com grande alarido 7 euros de aumento para reformados com pensões miseráveis...
Nuno Costa, Lamego

terça-feira, 12 de março de 2013

Gasóleo nunca esteve tão caro

                                    
A gasolina ultrapassou 1,60 euros e agora foi a vez do gasóleo atingir o valor mais alto de sempre, a cotação do petróleo chegou aos 150 dólares.
O gasóleo aproximou-se dos 1,50 euros, chegando aos 1,495 euros na Galp, aos 1499 euros na BP e aos 1,497 euros na Cepsa. Apenas a Repsol ainda não ajustou os preços, tudo indica que deverá rever em alta os preços.
A nova tabela da Contribuição de Serviço Rodoviária que passou de 6,4 para 6,547 cêntimos por litro na gasolina e de 8,6 para 8,798 cêntimos por litro no gasóleo. A isto acrescenta-se o aumento do IVA para (23%) e o fim da isenção ao biodiesel.
As perspectivas não são, animadoras. O crude devia ficar nos 100 dólares, um valor inferior aos 111 dólares.
Nuno Costa, Lamego