segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Rota de colisão com lixo especial ameaça satélites

                                     
O risco de entrada em colapso de telecomunicações, sistemas de segurança científica da Terra é tomado a sério por governos, empresas e agências especiais. Não é para menos: basta um objecto com um a dez centímetros de diâmetro, dos muitos que andam perdidos a orbitar a Terra, para causar graves danos num satélite de comunicações e silenciálo. Tais corpos de pequenas dimensões, os mais difíceis de rastrear, podem atingir velocidades até 50 mil quilómetros por hora.
A reentrada na atmosfera já ocorreu com algumas peças em zonas pouco povoadas. Mas, por normal, tal como  os meteoróides que atrevam a descer, a reentrada na atmosfera provoca a desintegração.
Isto envolve a procura de soluções logo na concepção dos satélites, num momento em que são já dez as potências com capacidade para os colocar em órbita e lançar outros veículos espaciais.
A disrupção que pode ser causada pelo embate de um corpo do tamanho de uma moeda num satélite teria impactos em tudo o que na nossa vida depende das comunicações por essa via, desde os transportes, à saúde, segurança, trabalho ou lazer.
Nuno Costa, em 28/11/2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O ataque social

                               
A maior parte das pessoas em Portugal está zangada. Os outros estão assustados e tristes. Neste período, mais do que nunca, é necessário espírito lúcido, cabeça fria, imaginação serena. Tudo isto é incompatível com medo, tristeza e sobretudo raiva.
Razão da fúria é o suposto o ataque ao Estado social. Alegadamente os terríveis neoliberais querem usar a crise para desmantelar os direitos laborais, de saúde, protecção e outros benefícios. Autopromovidos defensores da justiça e solidariedade chegam a proclamar uma guerra santa contra a ameaça. Mas os seus argumentos são falsos, enganadores e perversos.
Todos os portugueses que pretendem um sistema de saúde, segurança social e apoios anexos. O que está em causa é, não matar o sistema, mas fazer-lhe uma dieta.
Num regime de emagrecimento parece sempre passar-se fome, mas por vezes é indispensável.
A única forma de salvar os sistemas de protecção é torná-los financeiramente sustentáveis, defendendo sobretudo os mais pobres e acautelando as receitas que permitem um funcionamento saudável. Porque aqueles que as fazem são precisamente os que criaram a actual situação insustentável. O presente desequilíbrio demonstra, antes de tudo, a enorme incompetência dos responsáveis e agentes que operaram o Estado social nas últimas décadas. Os responsáveis iam apresentando resultados excelentes, que ignoraram as leis básicas da artimética. Apôs décadas de somas desacertadas, acusam-se agora as reformas indispensáveis de matar o Estado social.
A começar pelo primeiro-ministro, que baseia no medo da suposta demolição do Estado social, até aos funcionários que querem manter mecanismos, trava-se uma luta de morte, não à volta dos direitos sociais, mas dos privilégios burocráticos.
A maior parte das pessoas em Portugal está mesmo zangada. Mas há quem esteja a aproveitar-se dessa zanga e da falta de lucidez que ela gera. Podemos até deduzir uma regra geral que vale a pena começar a usar: quando alguém fala de neoliberalismo, é bom proteger a carteira. A maioria dos que nos assustam com o supremo papão pretende apenas defender benesses, obrigando-nos a mais despesas.
Nuno Costa, em 23/11/2011

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A evolução dos dinossauros

                                   
Os saurópodes, os maiores e mais compridos dinossauros que viveram na terra, podem ter desenvolvido os seus enormes pescoços para atrair as fêmeas?
A evolução destes gigantes herbívoros, que andaram na terra durante 140 milhões de anos, acaba de cair por terra.
A teoria mais comum é o longo pescoço destes animais - que podiam chegar aos 30 metros de comprimento e pesar mais de 70 toneladas - com a necessidade de se alimentar melhor e em grandes quantidades. Os saurópodes foram ao longo do tempo desenvolvendo os pescoços cada vez maiores dominar os rivais e assim garantir o acasalamento.
Vivendo em terras secas, a tese que prevaleceu foi o longo pescoço que servia para garantir uma maior quantidade e qualidade de vegetação. Os saurópodes, que tinham pescoço mais compridos, devido a uma mutação casual, teriam mais sucesso no acasalamento.
O comprimento do pescoço era um indicador da sua virilidade, e da capacidade de se defender e proteger os descendentes. Primeiro porque os vestígios fósseis não revelam que os machos teriam pescoço mais longos do que as fêmeas. Por outro lado, não se encontram nos fósseis quaisquer vestígios de que os pescoços fossem usados para lutar, já que não têm marcas de agressão.
Nuno Costa, em 21/11/2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Taxas moderadoras vão subir mais nos hospitais do que nos centros

                                     
O aumento das taxas moderadoras e o fim da isenção de pagamento para alguns grupos, em Setembro, vai afastar muitas pessoas dos cuidados de saúde. A revisão substancial das isenções actuais, recorrendo à condição de recursos, e o aumento das taxas moderadoras em determinados serviços. Actualmente, uma urgência no hospital varia entre os 9,60 e os 8,60 euros. Nos centros de saúde o valor é de 3,80 euros.
Um acréscimo que vai afastar as pessoas dos cuidados de saúde.
Se todos pagam por igual ou terão valores diferentes de acordo com os rendimentos.
É com estas medidas do Governo que o povo português estão preocupados.
Nuno Costa, em 18/11/2011

domingo, 13 de novembro de 2011

As abelhas também sofrem de stress

                                   
Cães solitários, aves aprisionadas e roedores encurralados, todos eles, tal como os seres humanos em situações difíceis, sofrem de stress, com todas as emoções negativas. Mas, ao contrário do que poderia pensar-se, esta complexidade emocional não é exclusiva de mamíferos. As abelhas também podem sofrer de stress.
Mas ficarão as abelhas mesmo deprimidas?
O que é possível afirmar que elas se comportam como se estivessem deprimidas e como se vissem mesmo o copo meio vazio.
As abelhas foram primeiro treinadas para a associarem um determinado odor com uma recompensa doce e um outro com o sabor amargo do quinino. A partir daí passaram a demonstrar a maior apetência pela primeira situação. Face ao odor associado ao doce, preparavam-se de imediato para recolher a recompensa.
Um deles foi então violentamente abanado durante um minuto, numa simulação de um ataque por um predador, como poderia ser o caso de um urso, enquanto o outro grupo não sofreu nada.
Depois disso, e face aos odores anteriormente aprendidos as abelhas do grupo que tinha sido agitado, mostraram-se muito mais retraídas do que as outras em recolher a recompensa doce, perante o odor que lhe estava associado.
Ou seja, as abelhas evidenciaram um comportamento de tipo pessimista e de retracção, idêntico ao um ser humano.
Nuno Costa, em 11/13/2011

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Vivemos no país do faz - de - conta

                                              
Depois dos diversos governos andarem anos a desperdiçar o dinheiro dos contribuintes dos portugueses, e a engordar o Estado, prepara-se o actual governo, para voltar a atacar o bolso de todos nós, colocando, mais uma vez, um garrote nos salários, nas pensões, nos benefícios sociais, bem como no aumento de impostos, etc., etc..
Continuarão os trabalhadores e pensionistas portugueses a verem diminuídos os seus salários e pensões e os pobres continuarão a ficar mais pobres. Ou seja, mais uma vez aumentam impostos e reduzem os saláriosÉ caso para perguntarmos aos portugueses, se deparam com uma crise económica/financeira, desta vez considere mais uma catástofe. É o caos e é a crise que os mais pobres vão ter que sofrer e pagar! Não existem metas nem horizontes planeados a médio e a longo prazo.
Nuno Costa, em 11/07/2011

domingo, 6 de novembro de 2011

A estrela universal que veio de África

                                               
Eusébio da Silva Ferreira nasceu em Lourenço Marques (Moçambique), filial dos leões de Alvalade. Cedo despertou o interesse dos rivais de Lisboa e em Dezembro de 1960, contava ainda 17 anos, aterrou em Portugal, mas para representar o Benfica. Chegou envolto em grande segredo (nome de código: Ruth), após a polémica da transferência, pois o Sporting havia chegado a acordo com o clube moçambicano. A estreia oficial na Luz aconteceu apenas a 28 de Maio de 1961 e o embaraço da transferência fez com que não participasse na edição da Taça dos Campeões ganha nesse ano.
Eusébio tornou-se essencial na conquista de vários títulos e foi o herói em muitas partidas. Em 1964 tinha ganho fama e respeito na Europa e a Juventus apresentou uma proposta ao Benfica - milionária na altura (16 mil contos) - para contratar o temível goleador.
Mas a ida para o clube transalpino não chegou a concretizar-se porque Salazar, chefe do Governo, considerou-o «Património do Estado» e inviabilizou o negócio.
Sempre no coração dos adeptos, 17 anos mais tarde, na comemoração do seu 50.º aniversário, teve direito a uma estátua de homenagem em frente ao antigo Estádio da Luz. Recebeu da FIFA a, nomeação para um dos dez maiores jogadores do último século.
06/11/2011