sexta-feira, 29 de abril de 2011

Dormir com o FMI

                                    
Os portugueses, além da morte dos impostos, têm uma terceira certeza, nos próximos anos vão dormir com o FMI. As causas são um amargo caldo de irresponsabilidade política, calculismo partidário e consequências de crédito bancário barato vendendo a ilusão na zona euro o défice externo deixara de contar. É um passo na vingança social do liberalismo especulativo após  o valente susto da queda em cadeia dos bancos gulosos. Como se vê, o único internacionalismo florescente é o da submissão da vontade democrática aos obscuros ditames dos mercados sem rosto. O nosso problema é de loucura bancária, crédito fácil e défice externo devido sobretudo aos combustíveis para o nosso delírio automóvel. Passos Coelho é o menino ingénuo que fará tudo para poder fingir que manda. Sócrates tem de provar que sabe ouvir para liderar Portugal com agenda própria. Passos dormirá com o FMI por prazer, Sócrates por inevitável conveniência. Quem não for capaz de falar claro e gerar consensos tornará os próximos anos dos portugueses vai ser um pesadelo.
Nuno Costa, em 29/4/2011

Laicidade europeia

                                   
Laico é quem não é religioso, matendo independência relativamente às diferentes confissões religiosas. Não é a favor nem contra as religiões; respeita-as, não se envolvendo nelas, nem se deixando envolver.
Portugal também é um estado laico, onde não se coloca esta questão devido ao exíguo número de mulçumanos no nosso país e à não utilização de tal peça de vestuário. A presença de símbolos religiosos nas escolas públicas, por exemplo, é algo que não faz sentido num estado laico, porque é uma forma de pressão sobre a população que as frequenta, nomeadamente as crianças e os jovens. As escolas do Estado deveriam ter crucifixos pendurados nas paredes das salas de aulas como ainda se encontram em muitos sítios.
Num estado laico, na Europa ou em qualquer outro continente, dever-se-á favorecer as atitudes razoáveis e flexíveis, no respeito pela diferença, evitando posições intolerantes, radicais ou obsessivas. Mas o aproveitamento da religião- ainda que seja a predominante-é incorreto e deverá ser corrigido, em benefício de todos, dos próprios infratores, mas, sobretudo, do coletivo, ou seja, do país.
Nuno Costa, em 29/4/2011

Para onde tem ido o dinheiro dos nossos impostos?

                                  
Para onde vão as verbas da receita dos nossos impostos, que deveriam ser para aplicação, entre outras áreas, na saúde, que tem sido maltratada, por todos os governos, oa longo destas três décadas e meia? Somente para a ostenteção de vaidades, na compra de boa frota de carros, para os menbros do Governo? Para sustentar um número elevado de deputados, que nada vem acrescentar, como mais-valia, para o estado das Nações? Para sustentar as instituições que albergarem os "amigalhaços" do partido, quando este é governo? E já alguma vez foi feito um levantamento sério para sabermos para que servem essas instituições, qual o número de funcionários, e principalmente as grandes realias que usufruem os altos funcionários (gestores públicos) que se encontram à frente dessas mesmas instituições?
Nuno Costa, em 29/4/2011

quinta-feira, 28 de abril de 2011

No dia 5 de Junho façamos ouvir as nossas vozes

                                      
"No dis 5 de Junho façamos ouvir as nossas vozes". O aumento da energia vai representar mais uma penalização para 1 milhão de consumidores domésticos e para muitas empresas. Sectores como o da cerâmica, do vidro e parte do sector têxtil serão os mais atingidos.
Os combustíveis atingiram  o seu preço mais alto de sempre: 1,619 euros na gasolina 95 e 1,449 no gasóleo.
Estamos perante  um roubo descarado que penaliza a nossa economia e a população do país. Neste, como em todos os sectores da vida política, económica, social e cultural, os comunistas têm sempre as
 melhores propostas. Assim, o PCP exige o estabelecimento de um regime dos preços máximos no sector da energia. No que respeita ao consumidores domésticos, esses preços devem estar ligados ao valor da inflação. Portugal vive uma situação em que aqueles que são responsáveis pela governação do país em todos estes últimos anos- PS, PSD e CDS- já não conseguem disfarçar a gravidade dos problemas que o país enfrenta.
Afinal acentuaram-se os factores da crise e recessão. E a dilatação do próprio défice das contas públicas que dizem querer combater.
As eleições legislativas antecipadas de 5 de Junho constituem, por isso, uma oportunidade para os trabalhadores e o povo fazerem-se  ouvir a sua voz. E para afirmarem, com o seu voto na CDU, a exigência da necessária e indispensável ruptura com este rumo de desastre nacional.
Nuno Costa, em 28/4/2011

A igreja universal do reino de Sócrates

                                         
O dito no congresso serviu a única e exclusivamente para colocar Sócrates num andor, tentando reunir as tropas em torno da sua estéril liderança. Em contrapartida muita luz. muita retórica e muita raiva contra tudo e todos.
Não teve um assomo de responsabilidade sobre o estado desgraçado a que conduziu o país. Mesmo quando afirmava uma coisa e o seu contrário, logo a seguir. Aquilo não foi um congresso foi uma "homilia" proferida por um actor que já demonstrou que as suas "vistudes" arrastaram o país para a lama e para a maior humilhação de sempre. Estamos certos que esta "religião", os portugueses não querem voltar a professar.
Nuno Costa, em 28/4/2011

O trinfo da asneira

                                      
 A semana passada conseguiu unir o PS, inventar uma história justificativa para a campanha eleitoral e pôr em pé de guerra um partido que estava a desfazer. Contra todo o senso e toda a razão, Passos Coelho deixou seguir a banda do PS e mesmo, muito simpaticamente, ajudou à festa com meia dúzia de asneiras desnecessárias.
Não se vê qualquer motivo para esta manobra pueril, excepto o convencer os portugueses a não acreditar nele e transferir o centro da polémica política para um assunto sem importância, quando Sócrates precisava de uma lição rápida e ardente pela horrível demagogia que não pára de nos servir. O certo é que as páginas de Nobre se candidatou a Belém e, no meio da confusão da esquerda, ganhou meio milhão de votos, com uma propaganda populista e antipolítica. Não vale a pena explicar sobre Fernando Nobre não trará mais do que uns milhares de votos ao PSD e, nesta operação, Passos Coelho alimentou e reforçou o desprezo que os portugueses já sentem o regime.
Nuno Costa, em 28/4/2011

terça-feira, 26 de abril de 2011

Levar a igualdade a sério nas novas democracias

                                     
Algumas das pessoas mais corajosas nos países que hoje lutam por um futuro democrático são as mulheres. São médicas e advogadas, secritoras e activistas dos direitos humanos. Aspiram a uma forma de democracia em que as pessoas desempenham um papel tão importante quanto a dos homens. Se pensarmos no desperdício de um talento que resultaria de uma recusa em pôr ao termo à desigualdade e ao sexismo.
Esperamos que a ausência de qualquer referência à igualdade das mulheres tenha sido apenas um lapso, e não a um sinal de que alguns dos maus hábitos do passado irão persistir.
Passaram a poder ir à escola, candidatar-se aos postos de trabalho de responsabilidade e a ter assento no Parlamento. Mas os progressos são lentos e frequentemente não lineares.
Formalmente, as mulheres têm os mesmos direitos do que aos homens. E algumas delas desempenham funções importantes. É directora do Gabinete para a Igualdade do Género e os Direitos Humanos e das Crianças no Ministério do Interior, mas reconhece que muito é ainda necessário fazer para erradicar a cultura da superioridade masculina. É um facto que as mulheres que trabalham para o Governo afegão ou para empresas estrangeiras, ou até mesmo na escolas locais, são frequentemente o alvo das ameaças dos revoltosos. As que têm mais sorte recebem uma carta a avisá-las de que devem abondonar as suas funções, e querem continuar com a vida.
Também elas estão conscientes dos difíceis desafios com que as mulheres nessa região se encontram confrontadas na via para a democracia, lutando por uma sociedade aberta em que todos sejam respeitados.
Possuímos as competências necessárias e, em parceira com outros, os recursos para fazer mudar as coisas.
Em termos puramente práticos, não seria sensato em qualquer nova democracia fechasse a porta às competências da liderança de muitas mulheres que desempenharam um papel activo do primeiro plano para os seus países trilhassem o caminho da liberdade. Para uma verdadeira democracia, não basta existirem partidos políticos livres e eleições livres. É necessária a abertura de espírito e a vontade de cada um considerar os seus concidadãos como seres fundamentalmente iguais.
Em muitos países, após desaparecida o antigo regime, a batalha pelos direitos das mulheres está a tornar-se numa luta decisiva entre os preconceitos e ademocracia. Um dos grandes desafios com a União Europeia se encontra confrontada nos próximos anos consiste em contribuir para a vitória da democracia plena.
Nuno Costa, em 26/4/2011

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A banca manda que o PS, PSD e CDS se ajoelhem

                                                 
Portugal foi arrastado para uma crise política que era totalmente evitável. Essa crise foi provocada no pior momento possível. Sabemos por que provocaram essa crise: por ambição de poder.
Poucos momentos haverá em que a leviandade política e o calculismo partidário provocaram danos tão graves e tão profundos no interesse nacional. Poucos momentos haverá em que são tão evidentes as consequências devastadoras para a vida das pessoas, da irresponsabilidade e da sofreguidão pelo poder.
Não há fuga possível às responsabilidades políticas por esta crise!
Na Assembleia da República não foi aprovada nenhuma moção de censura.
Esta realidade expressa bem como a mentira, a manipulação e o cinismo são elaboradas, planeadas e sistematizadas por estes senhores. A banca manda e o Governo obedece, PS, PSD e CDS que se ajoelham-se! Os banqueiros vieram dizer ao país que já não aguentavam mais os sacrifícios. A dívida líquida externa do Estado creceu 122,6 por cento, menos de metade do crescimento da dívida do país. Mas a dívida líquida da banca e das empresas ao estrangeiro aumentou 629,2 por cento (!!!), isto é, cinco vezes mais do que o aumento percentual da dívida externa do Estado.
Uma das características da actual crise é a transformação da dívida privada, contraída pelo sistema financeiro com as suas trampolinices e "lixos tóxicos", em dívida pública a ser paga por todos nós. Entretanto, o comissário europeu para os Assuntos Económicos relevou o que é "quase certo" que parte dos 80 mil milhões da chamadas de ajuda para Portugal será canalizada para a banca portuguesa. Os portugueses não estão condenados a ter que aceitar as saídas daqueles que até hoje conduziram o país para a dependência e para o crescente endividamento. São necessárias e possíveis outras soluções.
Nuno Costa, em 21/4/2011

Mais um que casou com a Pátria

                                 
Nas cenas de apoteose de Sócrates, a televisão obteve no pavilhão planos fantásticos, com força plástica, boa encenação, cheios de figurantes agitados de bandeiras nacionais. Ao substituir as bandeiras partidária pelas bandeiras nacionais, a central de propaganda de Sócrates deu o passo lógico, final, da ideologia socratista.
Nunca, desde Salazar, se processara esta identificação do país com o chefe indiscutível. O mito de Salazar "casado com a Pátria" era o corolário desta estratégia de propaganda.
O congresso de Sócrates sugeriu visualmente o mesmo casamento.
Nos últimos anos, a publicidade usou-a em anúncios de bancos, telecomunicações, bebidas alcoólicas ou supermercados.
Trata-se de propaganda pura, e é isso que se pode esperar de Sócrates até 5 de Junho. Ele não tem nada para propor e muito menos tem passado para invocar. A desinformação e a propaganda surreal, afastando os eleitores da realidade, são as suas tábuas de salvação.
Nuno Costa, em 21/4/2011

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A democracia está doente?

                                   
A situação caricata em que estamos não é derivada apenas da necessidade de recorrer ao Fundo devido ao quase colapso financeiro. Face ao pântano político em que estamos, as próximas eleições são prematuras, pois ninguém está verdadeiramente preparado para elas. A ideia de que somos todos culpados é aviltante para a maioria dos portugueses.
Há quem tenha maiores responsabilidades no estado a que o país chegou, e esses não são a classe política, a quem deveria caber cuidar da coisa pública.
Esta situação revela é que as elites políticas fracassaram em toda a linha, como será demonstrado pelos níveis de abstenção, votos brancos e nulos das próximas eleições. Se a política fosse competitiva, um novo partido credível arrebataria a insatisfação popular.
O pior pode acontecer, chegados a este ponto, é a fuga para a frente, e "como vamos sair desta". Chegámos por um misto de más instituições e algumas más políticas. O principal erro para o país, porém vantajoso para os partidos que têm exercido o poder (PS,PSD e CDS), tem sido a política de obras públicas e a gestão do sector público empresarial.
É aqui o principal sorvedouro e descontrolo de dinheiros públicos. O cidadão português está a ficar mais pobre, com a subida de impostos, o corte dos salários, no caso dos funcionários públicos, e o crescente endividamento.
A democracia esá mesmo doente e necessita de propostas que façam os cidadãos acreditar nela.
Nuno Costa, em 20/4/2011

Estranha forma de jogar futebol

                                     
É incrivel como alguns benfiquistas podem proclamar do apagão da Luz foi uma boa ideia. É estranha forma de jogar futebol, sem dúvida, sobretudo quando estamos a falar de um clube português de maior dimensão social e que deveria ser capaz de perder tudo, menos a degnidade. Sim, o tal treinador que foi corrido da Luz e vetado em Alvalade. Entretanto, Pinto da Costa diverte-se a dobrar, beneficiando com os erros dos rivais dentro e fora de campo.
Em 2034 ainda vamos ouvir os comentadores alinhados a falar das escutas que aconteceram em temporadas omde os títulos nacionais e internacionais do P.C. Porto foram conquistados, sem espinhas, com José Moutinho ao leme.

terça-feira, 19 de abril de 2011

As duas condições de Sócrates

                                                                                                                                                  
Esta é a semana em que começa a definir-se o que será a nossa vida nos próximos anos. A Comissão Europeia desta vez irá iniciar a discussão com os partidos políticos e parceiros sociais sobre as medidas que o Governo, seja ele qual for, será obrigado a pôr em prática para poder ter nos cofres do Estado dinheiro que chegue para pagar a quem deve, para garantir os salários dos funcionários públicos e para assegurar que os órgãos do Estado. O Bloco de Esquerda e o PCP não puseram-se à margem das negociações. O país não tem tempo a perder - e discutir com eles é, na verdade uma perda de tempo...
A margem de manobra que nos resta para reclamar o que quer que seja é muito, muito escassa.
Cada vez mais escassa, à medida que o tempo passa e os dois principais partidos continuam sem dar aos negociadores europeus provas de que têm juízo para levar por diante a ingente tarefa que lhes caberá em mãos. Ainda assim, há duas condições de que, para nosso bem, dos nossos filhos e dos nossos netos, não podemos abdicar. Ou melhor: de que devemos fazer finca-pé, na medida em que tal for possível.
A economia portuguesa dificilmente aguentará o impacto de um empréstimo de 80 mil ou de 100 mil milhões de euros a pagar num prazo de três anos. Juntar este aperto financeiro aos apertos que a recessão provocará nos sectores públicos e privado é, basicamente, passar por antecipação um atestado de óbito ao país. Ao menos que os deuses decidam bafejar-nos com um milagre, o crescimento económico dos próximos anos não permitirá em ordem e o desarranjo das nossas finanças. Sobranos, portanto, a esperança de amenizar os danos.
Nuno Costa, em 19/4/2011

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A tenda vem abaixo

                                               

O animal feroz que Sócrates fazia gala em que transformou-se num vira-lata de latido débil. O primeiro-ministro é líder socialista já não é o maestro de vontade incontestável, mesmo que o próximo congresso o reeleja por aclamação, consoante o ritual anunciado e costumeiro. Ao descrédito em que o Governo, há muito, caiu a confirmação da deficiente coordenação das políticas e a certeza da desorientação estratégica. A defesa da redução do número de deputados é razoável e lógica, ainda para mais num momento em que o País atravessa a situação desgraçada que se conhece. O PS actue de forma errática, com avanços e recuos incongruentes, só é explicável à luz da necessidade de preservar pontes de entendimento com os partidos da esquerda, nomeadamente o Bloco. Enfrentando um ano em que a sua sobrevivência no Poder está em causa, o PS de Sócrates sabem, por exemplo, somente com a ajuda dos bloquistas ou, eventualmente, dos comunistas conseguirão inviabilizar moções de censura que CDS ou PSD decidam lançar.
Mais uma vez, o pensamento de curto prazo que garante a sobrevivência sobrepõe-se sobre a políticas de fundo. Podem, assim, ficar descansados uns quantos boys, porque não é desta que a supressão de muitos dos tachos que pesam no erário público serão eliminados. As tendências de desagregação cada vez mais vincadas e o acentuado divórcio entre o eleitorado e o PS que as sondagens vêm expressando e as eleições presidenciais confirmaram e conduzirão, em breve, a eleições, revestindo qualquer cenário alternativo características de mero adiamento. Nenhuma medida paliativa já funcionará, num quadro geral negativo e a economia vegeta, o desemprego se institucionaliza e a banca mostra fragilidades que assustam. Um Presidente apenas espectador em Belém não parece possível, nem muito menos aceitável.
Nuno Costa, em 18/4/2011

Uma semana deprimente

                                  
Fernando Nobre é capaz de ter razão: ou chega a presidente do Parlamento ou não está interessado no lugar de deputado.
Afinal de contas, ao estado a que coisas chegaram, ou há um tacho como deve ser ou de que vale um lugarzinho de deputado, possivelmente - atendendo à experiência do dito - na terceira ou quarta fila, sem mordomias e condenado à mais pura penumbra?
A maioria de nós já percebeu que os deputados não vão estar pelos ajustes e mesmo no PSD não serão muitos os que estarão dispostos a ceder ao capricho do condidato e menos ainda os que se reverão num presidente, num democrata deste calibre.
Apesar dos fracos não rezar da História, o fenómeno Nobre salvou, pelas piores razões, da semana. Repare-se nisto: quando Passos protestou por não ser ouvido, a maioria de nós não deu-lhe razão; afinal de contas, ele dispusera-se a aprovar outros pacotes de austeridade e era credor de uma palavra do primeiro-ministro. Quando revelou que se tinha encontrado com Sócrates, a maioria das pessoas devolveu-lhe as acusações de pouca seriedade que tem dirigido ao primeiro-ministro, só não se percebendo por que ficou Sócrates calado e acabou por ser o próprio Passos a dar conta do encontro numa entrevista na televisão.
Mas a semana do PSD correu mal também por causa de Fernando Nobre e pouco entusiasmo que a revelação de outros independentes provocou. Mas a situação deficitária de Portugal começou antes, muito antes disso e os socialistas não perderam muito tempo com essa questão, como se ela fosse menor. Assim que o FMI traçar os contornos da austeridade que nos vai impor, ficaremos a saber a margem que resta para os partidos.
Nuno Costa, em 18/4/2011

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O gozo nórdico

                                 
Pedro Passos Coelho contava, há dias, a seguinte história, a propósito da provável recusa em participar na ajuda financeira a Portugal: recentemente, estava ele a jantar na Madeira com Alberto João Jardim, e ter-lhe-á dito, com a máxima das latas, qualquer coisa como isto:
" Espero que a vossa refeição não seja paga pelos impostos dos finlandeses".
Para lá do sorrisinho azedo que nos possa provocar, a graçola nórdica acentua, com uma eficácia mordaz, a actual condição de Portugal: para  os chamados países da Europa desenvolvida, não passamos de uns arraçados de primata com apetência para gastos desmesurados que agora vão salvos pelos povos ricos, os que pruduzem, os que são brutalmente organizados na sua gritante ausência emocional.
 Mas os mesmos cidadãos agradecem - com comedimento nórdico, claro - as bonesses do espaço comunitário e da moeda única para dar uns saltinhos até este lado deprimido e barato da Europa para apanhar banhos de sol e provar das fartas iguarias de uma gastronomia a que, para já, o FMI ainda não deitou mão. Uma espécie de visão económico - colonialista dos tempos modernos.
A Europa volta a estar encurralada numa camisa - de - forças que ameaça resgatar mais vezes ao armário.
Lição número 1: no estado a que isto chegou, já nem nos nossos parceiros podemos confiar.
A lição número 2: resulta da convicção que se vai formando sobre a espiral de loucura em que estamos enredados.
Se aqueles que nos vão salvar dizem isto, ficamos nas mãos de quem, senão de nós próprios?
Nuno Costa, em 15/4/2011

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Sport Europa e Benfica

                                        
Na última semana, viveu-se na Luz uma deslumbrante jornada europeia.
O expressivo triunfo do Benfica, numa exibição categórica frente ao reputado PSV, criou condições para aumentar o otimismo na conquista da presente edição da Liga Europa.
Avassalador, dotado de uma dinâmica ofensiva fantástica.
Esperamos mais uma legítimo que a magia do futebol atacante benfiquista assine mais uma grande exibição.
Muito bem posicionado para vencer duas provas no campeonato (a Taça de Portugal e a Taça da Liga), o Benfica pode chegar a um triplo objetivo.
Todos os benfiquistas famos acreditar e vibrar com mais uma gloriosa exibição, para chegar à final da Liga Europa.
Como vai ser, amanhã, na Holanda?
Nuno Costa, em 13/4/2011

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O electricista prodigioso

                                   
 A Comissão de Arbitragem ao eleger vergonhosamente uma arbitragem para dirigirem todos os clássicos do futedol nacional, como do Benfica - F.C. Porto. Foi nesse ponto que o F.C. Porto sagrou-se campeão, por causa da arbitragem vergonhosa.
E assim, choveram pedras na estrada, aqueles confrontos com a Polícia, junto ao estádio, durante o jogo, deitam objectos para o relvado. Foi aquele electricista não identificado alegrou os jogadores e adeptos portistas, também foi a porção de raiva, dor, ressentimento e frustração do rival. Pior: são os arbitros fazendo a pior arbitragem de sempre em todos os jogos, também tem-se criticado muito. Porém, quando acontecem coisas destas nós ficamos a saber que eles não estão apenas à margem, na sombra de um viaduto mal vigiado, mas também em lugares de responsabilidade e decisão dentro dos clubes, fazendo parte de uma geração à rasca dos dirigentes, uma gente que vem de zonas também mal iluminadas da existência e cuja a única qualificção consiste em ter chegado rapidamente.
Nuno Costa, em 11/4/2011

Contra o ódio e a violência em Portugal


"Quem anda no futebol entende, sobretudo se entre adeptos, têm no sofrimento dos outro uma fonte de prazer, por muito errado que isso nos pareça uma vez passada a embriaguez das emoções. Ir para um estádio munido de objectos, sejam bolas de golfe, pulseiras ou o que for - e poder entrar com eles! - para atentar contra a integridade (no limite contra a vida) de alguém não pode ser permitido e quem o faz tem de pagar caro por isso. Mais absurdo ainda é que os alvos desse ódio animalesco passem a ser os jogadores, indefesos no campo para onde se dirigem como artistas deste espectáculo que a tantos apaixona.
A violência trazem sempre problemas para aqueles que vêem futebol tranquilamente sem grandes evidencias maiores.
O que se pode é, hipocritamente, justificar comportamentos animalescos das cores que não são simpáticas com a violência com outros, das outras cores, também já cometeram. Primeiro está o ódio, alimentado também por comentadores clubistas que, vesgos de ambição, desportiva e não apenas, juram e negam as mesmas realidades, semana após semana, em função do que lhes dá jeito."
Nuno Costa, em 11/4/2011

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Patrimónios históricos estão a cair aos pedaços

                                    
De mais de uma dezenas de edifícios, pelas suas características ou simples ligações às terras, fizeram histórias, como mosteiros, casas brasonadas ou simplesmente antigas fábricas, mas hoje, não passam de montes de pedras, esquecidos e a cair.
A Associação de Defesa do Património já alertou para o estado de degradação e abandono até ao momento ainda não obteram qualquer informação.
No entanto, as ruínas tomaram conta do teatro Jordão, a casa do Diogo Cão, a cerâmica Rocha, o Mosteteiro de Rendufe, a casa das Selores, o Cine-Teatro, a cerâmica Rosa, Antiga casa da Jae, o Convento de S. Francisco, o Castelo de Monforte, a casa Margaças, a casa do Passal, a Ponte de Abadim, a casa de Eça de Queirós e o Solar dos Condes de Vinhais, estes foram alguns dos Patrimónios que o estado agora não querem saber deles.
Alguns são particulares, outros são públicos, foi assim simbolizaram as danças, músicas, cinema e outros espectáculos dos concelhos por todo o país.
E agora são todos patrimónios com uma coisa em comum: as ruínas.

Portugal é o pior país com mais violências no futebol

                                     
A magia da bola no relvado contou sempre com os momentos mais feios que vinham da bancada.
Aquilo que vi no domingo, é muito feio que vi em directo na RTP, sentenas de pedras a voar em direcção à polícia, dezenas de carros destruídos, garrafas de vidro usados como armas de arremesso numa batalha entre adeptos e a poícia. O exterior do estádio da Luz era um teatro de guerra. Ao ver aquelas imagens na TV impressionou-me ver a polícia de shotgun na mão a disparar tiros de balas de borracha e ao mesmo tempo, dezenas de pessoas a avançar para a autoridade. Antes, uma cassetete metia medo... agora, já nem as balas assustam estas gente que não tem nada a perder.
A polícia também provocou confrontos com os adeptos benfiquistas, fazendo assim enjustamente algumas detenções, desde fazer a segurança.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

As despesas e os gastos do Primeiro Ministro, José Sócrates

                                      

- 436,70 ¤/dia em combustíveis (aos preços de hoje são 454,9 km/dia);
- 382,00 ¤/dia em chamadas de telemóvel (são 53 horas/dia ao telefone);
- 370,00 ¤/dia em deslocações e estadas;
- 750,00 ¤/dia em despesas de representação; [no orçamento de 2011, aumentram estas em 20%]
- 276,00 e/dia em refeições;

Só aqui já vamos em cerca de 2.216 ¤ por dia, mas há mais:
- 220,00 e/dia em locação de material de transporte;

- 72,81 ¤/dia em telefone fixo;
- 1.434 ¤/dia em aquisição de bens;
Já vamos em cerca de 3.940 ¤ por dia.
E então que dizer do seguinte:
- 448 são as viaturas da presidência do Conselho de Ministros (gabinete do sr. sócrates e do sr. pedro silva pereira);
- Desde Outubro de 2009 Sócrates nomeou 71 pessoas para o seu gabinete, onde se incluem 13 secretárias e 20 motoristas;
Vale a pena ver o artigo. No total é um gasto médio diário de 11.391.                                          
                                                   RUA!!
Preparem-se porque parece que está próximo e apliquem o  pontapé com força.
Nuno Costa, em 6/4/2011

sexta-feira, 1 de abril de 2011

"As 30 camas do novo hospital de Lamego não serão suficientes"


                                     

O Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lamego, Francisco Lopes, só agora é que deu conta dos problemas na contrução daquele hospital.
A Câmara Municipal gastou tanto dinheiro no projecto para dar  muitos problemas às pessoas que vão deslocar naquele hospital.
Este modelo hospitalar não vai ser assim tão bom, mas "não corresponde a uma população de mais de 80 mil utentes, de facto vai agravar pela ausência de transportes colectivos de passageiros, entre todo o Douro Sul e Vila Real".
O novo hospital de Lamego não será o primeiro edifício hospitalar de proximidade do país, não vão conseguir reduzir o impacto do internamento na vida dos doentes e das suas famílias.
A população das outras localidades do país vão ter algumas dificuldades em manterem-se naquele serviço hospitalar.
Nuno Costa, em 1/4/2011