sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A partida do nosso seguro de vida...

                   
Repetidas vezes, tem-se pedido no porquê de tanta austeridade, mas assistimos todos os dias ao papaguear de personalidades responsáveis pela actual situação, que mais não fazem do que esgrimir com as palavras para desresponsabilizar, chegando ao ponto de contradizerem.
Todos os dias Portugal vai vicando cada vez mais pobre, não só pelos juros astronómicos que nos fazem pagar, mas também pela partida dos jovens altamente qualificados e quadros essenciais da nossa economia, para sobreviverem e terem perspectivas para o futuro que têm de emigrar. Assistimos diariamente à partida do nosso seguro de vida, sim, o seguro de vida, porque, após a escolaridade obrigatória, todos fizemos sacrifícios para suportar a despesa da formação dos nossos jovens, e as comunidades internacionais vêm a Portugal abastecer-se de licenciados e do melhor que temos nas diversas áreas de trabalho, oferecendo-lhes condições que nosso país são proibitivas, o que prova são os trabalhadores portugueses são tão bons e produtivos. Sobram os idosos, os trabalhadores da baixa qualificação e os políticos medíocres, se nada fizerem, em poucos anos, Portugal já nem dinheiro terá para formar os jovens do futuro, para satisfazerem as nossas necessidades.
Nuno Costa, 28/09/2012

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Encerrar o comércio aos Domingos

                 
Caso a Igreja queira contribuir para que Portugal volte a ter os Domingos como o dia família por excelência, tem agora uma grande oportunidade, não o de exigir que o Governo acabe com 2 feriados civis em troca de 2 religiosos, mas, sim, exigir que todos os comércios sejam encerrados aos Domingos. Aliás, uma luta que a Igreja sempre teve receio de fazer devido às benesses que recebia dos grandes senhores do capital. Tem agora uma grande oportunidade de proporcionar aos portugueses o reencontro do verdadeiro espírito de família, como é sabido, foi destruído desde que implantaram no país as grandes catedrais do consumo - os centros comerciais... Seria uma troca justa e com muita dignidade, e com toda a certeza que ficaríamos todos a ganhar. E, se levarmos em linha de conta que o dinheiro não abunda, antes pelo contrário, seria uma ideia muito positiva e oportuna.
Nuno Costa, 27/09/2012

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O bebé e o monstro

                                                                                           
Deles se diz quanto pior jogam mais decisivos são, porque a eficácia não depende do conflito ou do amor na relação com a bola. Os goleadores não são grandes futebolistas? Alguns não serão, mas como podemos denegrir a forca de quem existe para dar nome próprio ao dado mais valioso do jogo? Hulk é um jogador incrível, que domina todos os segredos da velocidade e tem potência para demolir um prédio; mas não parece tão feliz nas vias congestionadas do centro como nas vastas pradarias das faixas laterais. De outra massa é Van Wolfswinkel, um jovem a consolidar argumentos numa função que não abdica dos valores adultos de experiência, saber e maturidade. Fenómenos à parte, um grande matador precisa de tempo para se expressar na plenitude.
Para manter acesa a chama goleador que o ilumina precisa de jogo para exercer. Sendo dele o papel principal no processo de integração na máquina, é solidário, corajoso e útil na grande área; antecipa os factos e sabe ler os indícios à sua volta; tem velocidade, sentido de orientação, ideias claras e uma técnica austera mas efetiva. Assente num estilo inocente e sedutor, chega a parecer distraído e até gentil. Mas jamais deve ser visto como emissário de paz.
Tem cara de menino bem comportado, daqueles que não fazem mal a uma simples mosca, mas é um assassino em potência, pronto para desencadear a guerra ao inimigo e fazer a festa para o seu lado da barricada.
Utilizando métodos diferentes, Van Wolfswinkel e Hulk servem a mesma causa e defendem a mesma bandeira. Um procura iludir o instinto assassino com ar de bebé perdido na selva que é a grande área, o outro é o monstro esmagador de processos lineares, cuja a potência o torna invencível, um passa hora e meia abrindo as brechas na muralha, o outro derruba-a pelo método de sucessivas explosões.
26/09/2012

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Portugal vive a caminho de terror

                  
Portugal vive anestesiado pela indiferença, a ignorância e pelo medo. Por tal, estamos mansos e cercados...
Os trabalhadores precários no sector privado aproximam-se dos (40%). Se as empresas não tiveram manobra para fazer pequenos reacertos para encontrar 82 cêntimos por dia então o futuro dessas empresas é mais do que uma interrogação. Os salários pesam nos custos globais de produção, no nosso país, contando com todas as áreas e serviços privados e públicos, à volta de (3,5%)...
Estamos num caminho de terror.
Nuno Costa, 25/09/2012

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O grande dilema dos portugueses

                
Passos, Portas e até Seguro, embora estes andem por aí a chorar lagrimas de crocodilo e a fazer birrinhas, não couberam em si de orgulho. Portanto, os mercados, ou seja, os vampiros, são insaciáveis e querem mais. Querem nivelar o sector privado pelo público e sacar-lhe também dois meses de ordenado, querem retirar à legislação laboral o que ainda tem de decente, querem reduzir os paupérrimos salários e despedir milhares de trabalhadores da Função Pública e querem o que, aliás, Passos Coelho já prometeu fazer, retirar ao Estado todo o seu valioso pratrimónio.
Se tudo isto se cumprisse, imagine-se como seria a nossa vida! O grande dilema que se põe é este: ou fazemos frente aos vampiras, mas a sério! Ou eles sugam-nos o sangue até à última gota.
Nuno Costa, em 24/09/2012

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Ataques ao Serviço Nacional de Saúde

              
Ao mesmo tempo que reduzem as comparticipações do Estado nos medicamentos para asmáticos e nas próteses ortopédicas, ao mesmo tempo que as vacinas que previnem o papiloma humano, o cancro do colo do útero, a hepatite B e as bactérias que provocam a meningite e a pneumonia perdem totalmente a comparticipação, como se não bastasse, o ministro da Saúde aumentou as taxas moderadoras. Pois vão pôr em causa o estado de saúde dos doentes, a prevenção e o tratamento das doenças, além de serem anticonstitucionais.
Nuno Costa, em 21/09/2012

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Rebentos vegetais escondem perigos

               
O consumo de rebentos obtidos a partir de sementes pode constituir um risco.
Uma crise que acabou por atingir diversos países produtores, Portugal incluído.
Esses riscos estendem-se ao consumo de outras formas de brotos e pequenos espigos criados também a partir de sementes, seja em água seja em turfa.
Um dos problemas neste consumo decorre do facto de os rebentos serem comidos crus só levemente cozinhados. As bactérias perigosas podem contaminar as sementes logo quando estas são produzidas, atrvém da água de rega e partículas do solo, ou ainda durante a armazenagem e transporte. A temperatura relativamente alevada e a humidade necessárias ao processo de germinação são também favoráveis às bactérias patogénicas.
Nuno Costa, em 20/09/2012

terça-feira, 18 de setembro de 2012

O assobio do povo

               
O resultado são uns perdigotos na palma da mão. Para além de todas as dúvidas que esta limitação possa levantar sobre a masculinidade, ela transforma num peso morto numa bancada de um estádio. Mas o insulto, sejamos francos, limpando a alma, tem uma utilidade nula. É egoísta e sem qualquer eficácia comunicacional.
Outras culturas dão o devido valor ao assobio.
Em Portugal parece que esta arte é, como tantas outras, desprezada.
18/09/2012

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Medicamentos mais baratos nos hipermercados

                  Dilma aprova isenção de impostos sobre aparelhos para deficientes e veta venda de medicamentos em supermercados Alvarélio Kurossu/Agencia RBS
A factura total dos 19 medicamentos custa, em média, 96 ou 95 euros na farmácia, 96,03 euros numa parafarmácia e 80 ou 74 euros num hipermercado.
Em alguns casos, há medicamentos que chegam a custar na farmácia o dobro daquilo que custariam num hipermercado. Este é o caso, do Thrombocid onde pagará mais (43%) numa farmácia; e o caso do Aero OM que custará mais (36%).
Alguns dos medicamentos são bem mais caros do que nos hipermercados. É o caso, do Bisolvon, da Mebocaína forte, do Antigrippine, do Trifene 200 e do Zovirax. Os preços dos três primeiros são mais caros (27%), (18%) e (17%) respectivamente. Já o Teifene 200 e o Zovirax são (8%) e (6%) mais caros, respectivamente, em parafarmácias do que em hipermercados.
Certo é que, além destes medicamentos serem mias caros nas farmácias, também os preços mais subiram.
E em média subiram (21%), contra os (17%) nas parafarmácias e o (1%) nos hipermercados.
Nuno Costa, em 17/09/2012

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Portugal já está a perder o motor que lhe resta para crescer

                   
Há muito com os motores do consumo e do investimento parados, a economia portuguesa está a começar a ver o seu pior pesadelo concretizar-se, com o único motor que ainda lhe resta.
O agravamento da crise do ouro está a afectar gravemente a confiança de empresários e consumidores e uma das consequências é uma retracção da proura interna nos vários países, mesmo aqueles que não são directamente afectados pelas crises orçamentais. Assim, é provável que Portugal, venha a perder, de forma progressiva, que vinha de uma procura externa forte.
A situação difícil que Portugal enfrenta é decorrente do elevado défice externo, das grandes dificuldades de implementação prática de medidas capazes de concretizar um ajustamento desta magnitude.
Nuno Costa, em 14/09/2012

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Segurança deve ser uma prioridade

              
Os crimes violentos têm aumentado assustadoramente em Portugal.
O país caminha para o abismo, não só em termos económico-financeiros, como, é principalmente, no aspecto da segurança. E pergunto: quando os milhares de desempregados deixaram de ter direito a subsídio de desemprego, o que irão fazer para sobreviver num país que perde tempos infinitos a discutir hipóteses e não abre janelas de oportunidades para a criação de emprego? A resposta é só esta: a maioria deles, gente séria, honesta e trabalhadora, vai esconder-se na vergonha de uma tijela de sopa. Mas uma boa parte pode passar à marginalidade e aos autênticos gangues que têm vindo a aterrorizar o povo...
Aqui deixo o alerta, porque dá-me sensação de que as pessoas responsavéis pelo bem-estar do povo não querem ver o que toda a gente está a ver...
Nuno Costa, em 13/09/2012

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Falar em folgas é uma brincadeira

                 
Num país que possui uma enorme dívida que muito dificilmente vai pagar, juros e mais juros sempre a crescer constantemente, um enorme problema em resolver a situação calamitosa das empresas públicas, com grandes dificuldades em financiar a economia, falar de folgas parece ser uma brincadeira de alguns que estão na política com irresponsabilidade e facilitismo. Será que nas próximas décadas teremos alguma folga? Se a tivermos, e logo que isso ocorra, convém começar a pensar baixar os impostos para quem cria riqueza e não fazer como se costuma gastar ao desbarato tudo o que é cobrado ao cidadão. A folga será bem-vinda se for colocada ao serviço da recuperação económica, dos trabalhadores e das empresas bem geridas. Se assim não for, receio bem que só conseguiremos pagar aos credores com robalos e alheiras, produtos com enorme mizeria no nosso país para substituir o papel da moeda.
Nuno Costa, em 12/09/2012

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Está na hora de nos mantermos atentos

                
Devo confessar que estou saturado da irracionalidade da economia, das imposições dos mercados financeiros, dos interesses duvidosos da finança. Estou enfadado de tanta crise, contenção e austeridade. A Democracia nasceu para permitir que o Homem seja feliz e possa arriscar-se a ter uma vida mais rica e realizada e não para satisfazer os caprichos de alguns chefes do Governo ou a soberba, a ganância e os privilégios de alguns investidores e especuladores que vivem esmagando e reduzindo os direitos, a ambição e a esperança de outros homens.
Está mais do que comprovado que os marcados não são a solução para a resolução dos problemas da economia e a sua acção desnorteada é perversa, gerando desconforto e incerteza na população mundial. Por isso, é inconcebível que muitos ainda se comprometam e defendam este modelo económico e de globalização, quando o que ele oferece ao Homem é descontentamento, insatisfação e degradação das condições de vida. Já não é novidade para ninguém o crescente aumento da miséria, da fome, do desemprego e a diminuição do investimento na saúde e na educação a nível mundial. Também não é segredo que o despertar de uma sociedade é cada vez mais pobre e escrava é consequência de um sistema financeiro, mal concebido e mal orintado. Está na hora de nos mantermos atentos e desconfiarmos das armadilhas dos grupos de interesses políticos e económicos, e as dificuldades do Homem comum e que estão aí para criar maiores desequilíbrios e maiores desigualdades. É chegado o momento de resistir, de fazer face à resignação, com audácia e determinação, lutar por políticas e por líderes que garantam o desenvolvimento integral do Homem e a defesa de princípios e de valores que vão ao encontro das suas necessidades e pretensões. A sociedade está a necessitar do envolvimento e da participação de todos. Se assim procedermos, maior será a nossa capacidade para exigir respeito, responsabilidade e o cumprimento dos princípios em que se deve basear uma vida com sentido e mais autêntica para todos os Homens.
Nuno Costa, em 11/09/2012

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Estes políticos têm cá uma lata...

                      
O ministro da Economia veio a público dizer que a crise ia começar a deixar de ser sentida já em 2012.
Pergunta-se: então já se goza com o esforço dos funcionários públicos? Rouba-se-lhes dois meses de salários para que a riqueza aumente no bolso daqueles que não contribuíram para nada, que têm altos rendimentos? Pois, quem ganha o seu ordenado não tem aumento de rendimentos.
Estes políticos têm cá uma lata...
Nuno Costa, em 10/09/2012

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Trigueirão em alerta pela pressão Agrícola

                    
As vincadas transformações das paisagens agrícolas na Europa, devido, entre outros factores, à intensificação das culturas e à mecanização das mesmas, tem vindo a pôr em perigo alguma da biodiversidade existente nessas áreas.
O trigueirão, uma pequena ave semelhante ao pardal, que predomina em pastagens, forragens em campos de cereal, é um dos casos da fauna que está a sofrer repercussões com a transformação das paisagens agrícolas, uma redução de (66%) no número de exemplares.
Este pássaro, particularmente visível na Primavera, quando os machos entoam os seus cantos estridentes empoleirados em vedações e arbustos, ainda não atingiu o patamar da perigo de extinção, continuando a ser abundante.
Em Portugal, o trigueirão ainda é uma espécie que abunda, nas paisagens do Sul do País. Mas tal não significa que as autoridades estejam de braços cruzados.
No que toca ao trigueirão, as transformações das paisagens agrícolas podem interferir na forma como esta pequena ave - que se confunde no meio pela plumagem escura, de cor cinza-pardo, fortemente malhada de castanho - constrói os seus ninhos, muito perto do solo, escondidos entre tufos de erva, uma vez que é uma ave que prefere campos abertos, com cobertura arbustiva e arbórea pouco densa. Perante este cenário, se não forem tomadas medidas a nível da Política Agrícola Comum, apoiando agricultores com maiores dificuldades, isso poderá ter efeitos negativos na fauna.
Nuno Costa, em 07/09/2012

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O certo e o incerto

                
A incerteza tem quase sempre um efeito mais negativo do que a certeza de algo mau. Os portugueses sentem-na quanto ao futuro das suas vidas, dos seus empregos, das suas empresas, do seu país.
Apesar de vogarmos num oceano de incertezas, temos um rumo. Não depende só de nós chegar-mos a bom porto. Mas pior do que não dominarmos o nosso destino, é não querermos saber que temos um destino, é não querer lutar por ele mesmo nas condições mais adversas.
Mas que não nos impeça de fazer o que está certo.
Nuno Costa, em 06/09/2012

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Governo corta salários a chefes

                
A redução em (27%) dos dirigentes superiores e intermédios. Dos 1.712 chefes que perdem o lugar, os que optarem pela mobilidade especial terão um corte no ordenado.
Actualmente quem é colocado em mobilidade especial tem direito ao salário-base em totalidade.
O número de extinções e fusões, num total de (38%).
No corte de dirigentes: 495 chefes serão afastados da Administração Pública
Nuno Costa, em 05/09/2012 

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Mais licenciados no desemprego

                 
Portugal está no topo da lista dos países com mais licenciados no desemprego.
A percentagem de desempregados na população activa, com idades entre os 25 e os 64 anos, é entre os licenciados portugueses de (5,8%) nos homens e de (5,4%) no sexo feminino.
O polémico programa Novas Oportunidades, que permitiu os (96%) dos alunos inscritos concluíssem o secundário, mais de um terço com mais de 25 anos.
O esforço realizado por Portugal para aumentar a taxa de escolarização: subiu de (70%), para (85%), na população com idades entre os 15 e os 19 anos. A taxa anual de crescimento dos alunos com o secundário completo foi de (4,1%).
Nuno Costa, em 04/09/2012

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Pinoquiolândia

                 
É mais difícil mentir do que dizer a verdade. Mentir exige uma atitude mental suplementar, acelera o ritmo cardíaco e o metabolismo, força a adopção de uma forma teatral
Este fenómeno teria justificação no facto da mentira bons dividendos, a julgar pela subida social e económica dos que mentiam.
Quanto mais alto se subisse na escala social, política e financeira, maior eram as mentiras. E a multidão dos mentirosos aumentava, aumentava, ao povo da minoria dos que falavam a verdade ser vista com maus olhos, como sendo uma seita desestabilizadora e subversiva.
Não tinham da vida a noção da acumulação exacerbada da riqueza nem admitiam que o Poder fosse um meio de enriquecimento.
Não tardou que a multidão mentirosa, enraivecida pelas críticas cada vez mais agudas desta minoria, os expulsasse da sociedade, obrigando-os a viver em desterro, longe dali.
Poucos dias depois, algo de estranho acontecia: de cada vez que dizia uma mentira, o nariz do mentiroso crescia um pouco. E começou a ver-se por todo o lado enormes narigões que não paravam de crescer, porque ninguém parava de mentir. E os narizes iam crescendo, crescendo, até se tornarem insuportáveis, inestéticos, aberrantes. Até que, um dia, uma estranha moléstia apareceu com sintomas de asma, bronquite, tosse, sinusite, falta de ar, enfraquecimento, insuficiência cardíaca, etc.
Mas havia um contra: se continuassem a mentir, os narizes decepados continuariam a crescer. Mas os mentirosos não quiseram saber: exilaram de novo os que não mentiram, e continuaram com a mesma vida de mentira que os tinha deformado. E foi o que se viu: por todo o lado e abriram as clínicas onde se procedia à cirurgia periódica de narizes, como se fossem barbearias, onde se cortavam os narizes como o cabelo ou a barba.
Queriam construir a sua nova sociedade, onde a mentira não tivesse entrada, pois sabiam, mais tarde ou mais cedo, a sociedade que os exilara cairia em desgraça, apodreceria no seio da sua própria degradação.
Nuno Costa, em 03/09/2012