sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Cabeça fria

                
                
Godinho Lopes é comparado muitas vezes com o primeiro-ministro Passos Coelho.
Como Passos Coelho, Godinho Lopes herdou, para além de uma situação económica e financeira catastrófica, uma crise anímica e existencial.
Como Passos Coelho, Godinho Lopes tem visto o seu projeto a sofrer descaracterizações e ajustamentos, para acorrer a necessidades imediatas de subsistência.
Como Passos Coelho, Godinho Lopes queria fazer bem as coisas, o certo é que nem sempre as coisas lhe saem bem.
Como Passos Coelho, os grandes inimigos e dissabores encontram-se dentro das portas e não fora.
Como Passos Coelho, Godinho Lopes contava com a sua equipa de gestão para o ajudar, mas uma parte da equipa não tem estado em altura.
Como Passos Coelho, Godinho Lopes confronta-se diariamente com a revolta, com a desilusão, com a amargura e o sofrimento.
Como Passos Coelho, Godinho Lopes teve muito pouco para dar a quem muito precisa.
Como Passos Coelho, Godinho Lopes tem muitas angústias e poucas respostas.
Como Passos Coelho, Godinho Lopes é mais vítima do que culpado.
Como Passos Coelho, Godinho Lopes é fortemente criticado, mas não teve projetos alternativos.
Como Passos Coelho, Godinho Lopes sabia que não podia falhar, se o fizer deixava de haver futuro.
Como Passos Coelho, Godinho Lopes sabia que é era muito ténue a linha que separa a salvação da desgraça.
Como Passos Coelho, Godinho Lopes disse que é um homem de fé, acreditava que fazia parte da solução.
Como Passos Coelho, Godinho Lopes disse que vai ficar na históriasó não sabia a que título.
Como Passos Coelho, Godinho Lopes disse que merecia ser ajudado, mesmo que chegue a essa conclusão, por exclusão de partes.
Como Passos Coelho, Godinho Lopes tem de, acima de tudo em todas as circunstânciasmanter a cabeça muito fria.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Educação e desenvolvimento

               
Quando é que será que o poder a nível nacional e regional perceba que a aposta para o desenvolvimento só atinge se valorizar definitivamente os domínios da educação, do conhecimento, da investigação e da inovação. Quando é que será que teremos poderes políticos corajosos, inteligentes e sensíveis ao ponto de assumir estes domínios como uma alavanca para uma sociedade mais solidária, justa e equilibrada?
A competividade almeja como solução para a crise e para superar a austeridade e o modo de enfrentar as novas questões levantadas pela globalização, na vida pessoal e profissional das pessoas, saber, conhecimento, talento e criatividade. É por isso que não percebemos e não aceitamos que, o nosso País seja o último, gastando apenas (3,8%) do PIB com a educação.
Por isso, temos que exigir à governação mais do que uma abordagem contabilística, um rumo que promova o sonho e uma maior coesão entre os atores do social.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

País asfixiado

                   
Esta sociedade é pensada, orientada e tutelada por economistas. Os trabalhadores portugueses estão a ser perseguidos pelos salvagens do Governo como se fossem gente de má índole e alvo duma ideologia ofensiva ultraliberal, onde não há cidadãos, há contribuintes fiscais... Pune-se os trabalhadores, em vez de punir sem piedade a origem desta demolidora e criminosa crise.
Não se pode acreditar neste Governo ladrão, nem confiar nele próprio. Nunca conheceram o pão que o diabo amassou. O País está a ser asfixiado pela fadiga e soma de austeridades e de impostos insuportáveis, descarados ou camuflados, colocando a nossa esperança na enfermaria de cuidados paliativos. A saúde e a educação pública resultam do pagamento dos nossos impostos, o Governo não nos dá nada, só nos tiram. O parco rendimento dos reformados tem sido saqueado. As reformas não são do Estado, são dos que contribuíram para a Segurança Social ao longo das suas vidas de trabalho. Nem os velhos se safam!
Nuno Costa, Lamego

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Povo enfiado numa só barricada

                 
De cócoras perante as apertadas exigências dos credores, o País vive tempos de angústia e de turbulência política e social. Decisões canhestras e movimentos de apunhalamento que transformaram-se no caldo.
O País vive, em estado de choque, cuja o agravamento. Os portugueses só esperam do pior para o pior.
Dá-se de barato que o País está condenado a desfazer-se dos ativos, por alguns vendidos ao desbarato; mas é incompreensível tal suceder sem um crivo de exigência pública para tais negócios sem que processem de forma opaca.
A crise é uma boa razão para o povo estar concentrado no combate de decisões que lhes vão diretamente aos bolsos. Será, avisado a reservar-se um espaço para a exigência e a pressão dos decisores da venda do património ao Estado. E até é de desconfiar que não há nenhuma estratégia para focar os cidadãos num linha de combate enquanto se fecham negócios noutra barricada.
Nuno Costa, Lamego  

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Um terço sofre de obsidade

                 
Crónica e com maior impacto na saúde física e mental, a obesidade infantil é um dos grandes desafios das sociedades contemporâneas.
Um terço das crianças portuguesas entre os 6 e os 8 anos, cerca de (30,2%), tem excesso de peso, e cerca de (14,3%) são obesas.
A austeridade possa afetar a qualidade na alimentação das famílias e a obesidade pode agravar-se.
As crianças devem fazer pelo menos 5 refeições por dia, preferindo a sopa, o prato principal acompanhado de vegetais e fruta.
Praticar.
Nuno Costa, Lamego

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

A ousadia de querer a perfeição

                
                                          CRISTIANO RONALDO
Há em Cristiano Ronaldo um sinal dos novos tempos, configurando o craque do futuro: talentoso, versátil e decisivo, assente em físico impressionante, regularidade assombrosa e o dom extraordinário.
Para CR7, até as mais singelas etapas do quotidiano que tem algo de sobrenatural.
No resto, possui grande sentido teatral num tempo em que tudo é espetáculo e desenvolveu o culto da imagem num cenário global que também é dominado pela aparência. Empurrado por sucessivos sopros de inspiração, depurou um estilo, gerou sentimentos, criou emoções e tem uma eficácia obsceno, quando o futebol já não esperava os fenómenos goleadores com a expressão de outras eras.
Fruto de um estado de exaltação permanente, que ninguém conseguem acalmar, só ele descobriu a fórmula mágica de ser o goleador a partir das zonas periféricas à baliza.
A fama e o reconhecimento planetário têm aumentado em vida como só costumam crescer as glórias póstumas. Dobrado o cabo da maturidade, mantém o entusiasmo juvenil pela profissão que abraçou. Por detrás dos raios, coriscos, relâmpagos e trovões que provoca sempre uma luz de ternura que o devolve à infância, na adolescência e na pureza de quem, bem lá no fundo, não mudou assim tanto desde os tempos em que se agarrou à bola e a levou, colada ao pé, até ao topo do reconhecimento universal. Quando só ele e poucos mais acreditavam no futuroafirmou que queria ser o melhor do Mundo; chegando ao patamar divino, onde alimenta com Messi um duelo para a história do futebol, tem a ousadia de querer a perfeição. Por estilo, funcionalidade, mediatismo e eficácia nunca houve jogador como Cristiano Ronaldo.  

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O sol rouba o subsídio

                  
O que parecia ser um rendimento extra para algumas famílias, e agora transformou-se num verdadeiro pesadelo.
A instalação de painéis solares, para o consumo próprio, vai ser um verdadeiro pesadelo para quem tiver menos subsídio e agora vai aumentar 40 cêntimos por KW.
O Ministério da Segurança Social, Pedro Mota Soares, mudou as regras na atribuição do subsídio de desemprego e, agora, quem ficar sem trabalho e se continuar a tirar um rendimento da venda de energia elétrica de painéis solares não terá direito ao pagamento do subsídio. A justificação caricata: continua a ter um rendimento.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O nó que aperta à volta do nosso pescoço

                
Há um nó na nossa sociedade que ninguém é capaz desatar: os portugueses deviam domar o monstro que alimenta há anos.
O afundanço de Portugal é também o afundanço de um sistema que não está a ser capaz de dar respostas aos problemas do País.
O povo quer pureza, novas atitudes e caminhos alternativos, mas é como procurar virgens no meio de um bordel. E à falta de respostas, o nó continua a apertar. Em redor dos nossos pescoços.
O nó é absolutamente terrível e sufocante, no fundo, é também absolutamente verdadeiro.
Nuno Costa, Lamego  

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Cowboyada

                 
Em Portugal, foi feito um remake do clássico O BomO Mau e o Vilão, um western que conta a história de três cowboys durante a guerra civil. Todos estão à procura da fortuna enterrada num cemitério, cada um detém apenas uma parte da localização exata do ouro. Embora odeiam-se, estão dependentes uns dos outros.
O casting já foi concluído, foram selecionados três, Cavaco Silva, Passos Coelho e Paulo Portas.
Por isso, tudo vai continuar como está. O BomO Mau e o Vilão lutam apenas pela sua sobrevivência e pelo tesouro, são indiferentes à sua tragédia que encontram à sua volta. Enquanto precisarem uns dos outros e se puderem estar nessa luta, ameaçará a sua cínica relação. E o filme tem de continuar.
Mais tarde, poderão matar-se. Por agoraO Bom não vai dar o grito do Ipiran-gaO Mau vai cair e o Vilão vai bater com a porta. O problema é que esta estabilidade é a instabilidade do povo. Manter esta paz podre é deixar o triângulo moribundo chegue ao cemitério, é levar o ouro e, em troca, é deixar por lá o País.
Nuno Costa, Lamego

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Tempo perdido

               
O desgoverno de Passos Coelho torna-se uma tragédia. O Governo perdeu e fez perder ao País, com os seus desequilíbrios abstrusas. A governar assim, não há forma de aumentar a competitividade económica de Portugal.
O défice político provocado é clamoroso. Com a desconfiança entre políticos e a rotura, é ainda maior do que o financeiro. O Governo engana-se nas contas e trabalha muito mal.
Planeou a gestão ao País a pensar num primeiro prémio do Euromilhões e os credores da troika lhe pediram responsabilidades espalhou a confusão no País.
Pensava que os problemas de Portugal se podiam empurrar com a barriga. Age, como uma cábula em vez de trabalhar perde o tempo a bajular o professor. O Governo não sabe o que é conseguir o êxito com o trabalho.
Nuno Costa, Lamego

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Secret Story: coscuvilhice global no ecrã

                  
No tempo das aldeias, no falar do lavadouro, na taberna ou à porta da igreja, a curiosidade pela vida alheia nascia e morria pela passa-palavra. A curiosidade corresponde à necessidade de saber como é a vida.
A boa e má: entre a troca de informações e a coscuvilhice vai a um passo.
Os media compensaram o isolamento contemporâneo com informações privadas, frívolas e coscuvilhice. Em vez do passa-palavra, passou-se ao vira-páginas cor-de-rosa ao zapping entre canais para saber coisinhas de vidas privadas.
De conversa no lavadouro, a curiosidade tornou-se global nos ecrãs e no papel impressado.
Tem uma construção manipulada da narrativa para promover a expulsão dos concorrentes é menos interessante, aumentando o suspense para quem sai. Sendo um jogo, que não regras fixas até ao final; ninguém controla a veracidade dos votos.
Não poderia haver acção judicial mais patética, a Casa dos Segredos é ela mesmo um acto de pirataria contra os valores éticos da sociedade.
Nuno Costa, Lamego 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A maior Pobreza

                 
Se alguém parasse e se lhe perguntasse: o que é a pobreza? - o que responderia?
Penso que muitos diriam primeiramente que a pobreza é não ter de comer, não ter onde morar ou não ter o que vestir. Sem dúvida que isso carateriza um cenário de pobreza. Se dermos ao faminto os alimentos e lhe oferecermos moradias e roupas, estará a sua pobreza a ser erradicada?
Uma coisa é certa: uma mente sadia tem um mecanismo totalmente diferente de uma mente empobrecida.
A mente sadia recusa-se a tomar decisões com a emoção, as decisões precisam ser pensadas e não sentidas. Já as mentes empobrecidas, ignoram o raciocínio para dar vazão aos sentimentos.
Lembre-se: o coração não pensa, só sente.
A mente sadia olha para a rosa e vê as pétalas, as folhas, imagina o seu perfume e percebe a sua textura.
A mente pobre não consegue ver nada disso, mas apenas o perigo dos espinhos.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Passos Coelho e a fábrica de chocolates

                   
Passos Coelho, Paulo Portas e Vítor Gaspar estão a ser acusados de governarem em nome das fantasias abstratas, como a subida da Taxa Social Única das empresas que os trabalhadores vão pagar. Como se o País fosse uma fábrica de chocolates onde os governantes foram experimentar as receitas.
Sem compreenderem por que é que os destinatários dessas receitas acham cada vez mais amargas. Ou estão a virar-se contra os feiticeiros.
Mas a pressão não abranda. Ao primeiro-ministro já só resta em resistir. Não há receita que esconda a crise política na fábrica de chocolates. Mas também não há receita para saber como sairemos dela.
Nuno Costa, Lamego

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Pesadelo da crise

                 
As pessoas estão tristes e revoltadas, a pobreza ainda não é total e absoluta mas está prometida.
O otimismo e a esperança pessoais são praticamente desfeitos com mais austeridade e a desconfiança dos exames da época, que nunca foram de a fiar.
Aos euros de roubo no ordenado somam-se a descrença, o desânimo, a desmotivação, o desacreditar.
Pior do que viver na ilusão, no engano de uma falsa política, governados pelas mentiras, más políticas e oportunismos de uma classe e sistema orientados por interesses de uma minoria que quer controlar e manipular em seu benefício? Equidade entre empresas e trabalhadores, só nos utópicos dos governantes. Equidade numa taxa igual, transversal e cega para o governo, só em teoria, na prática sem solidariedade. Equidade só se for no aproximar dos salários baixos ao desemprego. Temos de acordar!
Nuno Costa, Lamego

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Gaspar, o Kama Sutra

                  
Gaspar, especializado em Kama Sutra, pôs ao País uma bomba atómica de austeridade. A mosca indiscreta ensaia discreto um voo pelas janelas de várias famílias portuguesas.
Em voo acelerados por casas, casitas, andares, barracas e palacetes, a indiscreta mosca corada de vergonha, pudor e indignação face aos reformados e pensionistas, funcionários públicos e professores, trabalhadores pendentes e independentes, empresários e empregados. Escuta palavras e palavrões, choros, suspiros e promessas de vingança.
Gaspar, o Kama Sutra, em todas posições, cada movimentodisse que a nova austeridade é democrática: a Kama partiu-se.
Nuno Costa, Lamego  

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A Pátria e o futebol

                  
O conceito de Pátria sofre, entre nós, um mal difuso.
De tanto insistirem com a Pátria, tornaram-nos do contra e tem sido difícil recupera-la.
Os políticos, desaprenderam, os financeiros, como nos seus capitais, não a têm.
Não sei se o povo é asno e alguns intelectuais são génios, ou vice-versa. Nem sei quem tem razão neste discorrer metafísico sobre o patriotismo e o futebol.
Ou seja: gente que pouco ou nada deve à Pátria, de quem recebe dificuldades, desemprego, vida amarga, gestão ruinosa dos dinheiros públicosescândalos financeiros e outras baixezas que ofendem o Bem Comum, ainda mantém, nos interstícios de uma realidade estilhaçada pela descrença e a humilhação do empobrecimento, uma réstia de esperança na vitória e na alegria de ganhar. Sobretudo, um certo apego ao símbolo de uma ideia transcendente chamado Portugal.
Nuno Costa, Lamego

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Válvula da paciência

                   
O Governo parece ter meia dúzia de soldados que estão a marchar com o passo trocado num pelotão, mas acham eles que estão bem. A panela vai ebulir, ao mesmo tempo que nos chamam de piegas e mansos. É uma questão de tempo que torne insustentável e a válvula da paciência liberte os nossos instintos mais primários.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Crise económica na Saúde

                 
As crises económicas têm como consequências negativas na Saúde e nas populações, nas doenças mentais, como no acesso aos cuidados de saúde.
Em simultâneo, as medidas na Saúde são mais uma restrição financeira, criando dificuldades e custos aos doentes. A crise económica, pode aumentar a incidência e na mortalidade por tuberculose.
O futuro de Portugal e da Saúde dos portugueses está em risco graves.
Nuno Costa, Lamego

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

A retórica da austeridade infinita

                
Esta retórica mitigada da austeridade infinita é um erro político é um atentado contra o País e os portugueses. Como não bastasse o Estado vai confiscar os portugueses, tem sido todos os dias massacrados e desmoralizados pelo inferno que ainda pode ser maior.
Não tenhamos ilusões: a pesada herança existe uma governação que roçou na delinquência, mas os portugueses já não encaixam esse chico-espertismo político de os governos justificarem uns contra os outros. Passos Coelho, Paulo Portas e Vítor Gaspar têm de dizer de uma vez por todas onde vai tudo isto parar e acabar com a retórica insultuosa do controlo de danos.
Nuno Costa, Lamego

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Guardanapo, impostos e cegueira

                 
Um guardanapo de papel pode ter múltiplos de usos. Não, não é apenas um utensílio concebido para absorver lágrimas ou limpar os beijos.
Uma queda a pique no pecúlio dos impostos, especialmente do IVA, traduz-se da necessidade de mais sacrifícios para que não fique em xeque definitivo na meta dos (4,5%) do défice.
Enfim, a carga fiscal caustica os portugueses, fá-los sofrer na pele das políticas recessivas. Engrossou o batalhão de desempregados e de empresas a correr para os taipais todos os dias.
Uma tal conclusão, nua e crua, carece a existência de fraqueza para continuar. E nunca como agora foi preciso colocar tudo em pratos limpos.
Não existindo inversão nas políticas, haja quem ponha fim a cortinas de fumo e preparem os portugueses para assoarem ao guardanapo para mais pobreza. A mentira tem perna curta.
Nuno Costa, Lamego

domingo, 5 de janeiro de 2014

Portugal continua ainda mais desigual...

                 
Passos Coelho, prometeu o céu e agora dá o inferno. Aumentou os impostos e o saque fiscal em tudo o que mexe, cortar os salários dos trabalhadores do Estado e nos pensionistas. O custo de vida agravou-se, aumentando o gás, a água, a luz e os transportes. A brutal subida do IVA de (23%) para (24%) o que destrói as empresas e postos de trabalho. As instituições de caridade já não conseguem responder a todas as solicitações diárias de quem pede uma tijela de sopa ou pão. O empobrecimento em curso, transforma-se a grande parte da classe média em gente pobre. Os direitos e deveres continuam ainda mais desiguais. Há uma justiça para os ricos e outra para os pobres. A saúde e educação públicas vivem num economicismo completamente dramático e demolidor.
Nuno Costa, Lamego

sábado, 4 de janeiro de 2014

A vida vai ser muito dura

                  
Não podemos mais: as contribuições sobem, a comida está cada vez mais cara, e o preço da eletricidade dispara. O problema está a tornar-se cada vez mais grave; se não houver um recuo nos cortes, não poderão mesmo sobreviver à crise. Não haverá dinheiro para salários e quem tratará dos doentes? São os milhares de professores sem colocação. As vindimas no Douro tornam-se uma dor de cabeça, encoberta por umas festas tradicionais para os turistas verem, ou para inglês ver. Por alguns dias os 3.400 trabalhadores sazonais das vindimas ficarão de novo desempregados. Economicamente, continua a miséria e o suor do trabalhador a escorrer pelas encostas. E o pobre ficará sempre cada vez mais pobre.
Nuno Costa, Lamego

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Desnorte no Governo

                   
A austeridade não recuperou o défice. A nova austeridade não o conseguirá. A teimosia do Governo retira-lhe a objetividade. A Segurança Social nunca foi um encargo do Estado, mas foi o seu financiador, noutros tempos...
É urgente abrir a caça ao coelho. É urgente mudar os passos para operar uma mudança governativa que respeite os direitos dos trabalhadores e também a Constituição.
Nuno Costa, Lamego

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

As espadas enfiadas no Governo

                  
O Governo estragou mesmo tudo. Estragou a estabilidade política, a paz social, estragou tudo à sua volta e ao seu redor aquilo que revolta e o pasmo agregava o País: o sentido de que tínhamos de sair disto juntos. Agora sairemos disto separados?
Fizeram de conta que se esqueceram-se que lá fora há pessoas. Pessoas de verdade, de carne e osso, pessoas com dúvidas, dívidas e com famílias, pessoas com expectativas, esperanças, pessoas com futuro, pessoas com decência. Quando o primeiro-ministro pedir agora para irmos à luta, quem correrá às trincheiras?
Será que não percebem que o pacote da austeridade vai matar algo mais do que a economia, do que as finanças, do que os mercados - mata a força para levantar, estudar, trabalhar, pagar os impostos, para constituir uma sociedade?
E assim sucedem-se os erros que sacrificam o País para não perderem a face.
É impensável que lance o País numa crise política. É imperdoável que não perceba que matou a esperança a milhares de pessoas.
Foi isto que o Governo estragou. Estragou a crença de que esta austeridade era medonha e ruinosa, mas servia ainda para um aumento bruto de impostos e de corte de salários públicos e pensões. Foi a austeridade que falhou, foi a política que levou ao corte de salários transferidos para as empresas, foi a política fraca, foi a política cega, foi a política de Passos Coelho, Vítor Gaspar, e de Paulo Portas, foi a política que não é política.
Esta guerra não é para perder, é para ficar. Assim ela será perdida. Não há mais sangue para derramar. E onde havia soldados já só estão as espadas.
Nuno Costa, Lamego