domingo, 30 de junho de 2013

Afirmações injustas

                 
Afirmar que Portugal chegou a esta situação porque os portugueses têm vivido acima das suas possibilidades é uma acusação que além de ser muito injusta não é sério.
Que o digam os milhões de portugueses com reformas e salários entre os 200 e os 1000 euros. A realidade é que a maioria dos portugueses tem sido vítimas das estrondosas e infames mentiras, vindas do Governo sem escrúpulos, cujo único objetivo tem sido servir os interesses das elites dominantes deste país, onde impera a lei da injustiça e da impunidade! As malfeitoras do caso BPN têm sido uma das principais causas da ruína deste país e dos enormes sacrifícios da maioria dos portugueses. Um crime de lesa-pátria, perpetrado por um bando de malfeitores! Na verdade, já não há escritas, discursos ou sermões que consigam encobrir tanta mentira, tanto cimismo e tanta hipocrisia!...
Nuno Costa, Lamego

sábado, 29 de junho de 2013

Contrato rasgado

                 
Há milhões de portugueses, entre os 30 e os 60 anos, que descontaram para um sistema de pirâmide e que arriscam a ser burlados. São os contribuintes da Segurança Social. Os trabalhadores por contra de outrem descontam todos os meses (11%), enquanto o patrão entrega mais (23,75%). Em cada década, é uma pequena fortuna depositada, agora sem garantia de reembolso. Os sucessivos governos têm tratado a Segurança Social como se fossem Vale e Azevedo a rasgar contratos. A anémica demografia e a miserável economia esvaziam os cofres.
Nuno Costa, Lamego

sexta-feira, 28 de junho de 2013

As vantagens do especialista

                  
                                                              INÁCIO 
Sendo canhoto estava longe de ser um prodígio. Era apenas um defesa que transportava o grande segredo de um jogador que sempre foi: conhecia-se como a palma das mãos e sabia até onde podia chegar. Foi, durante toda a vida, o melhor avaliador de si próprio, razão pela qual não precisava de ouvir elogios ou recriminações no final de cada jogo para saber se jogara bem ou mal, cumprira ou não as instruções que lhe tinham dado.
Conhecia as limitações como jogador sem magia mas depurou a força do sentido posicional e da reação rápida; de lateral que caía bem sobre a bola e adversário; que definia com critério e sem correr riscos as subidas no terreno, nas quais revelava coordenação de movimentos e boa chegada à zona de definição. Era defesa-esquerdo, sem margem para dúvidas, porque não podia ser outra coisa. Foi um especialista de corpo inteiro.
No fim, soube lidar com a veterania: litou até poder, como lhe competia, mas rendeu-se a tempo de sair pelo próprio pé.
Não teve alternativa: contra o perfil de homem fiel à sua paixão de sempre, Inácio teve de trocar o clube do coração por outro que o valorizou mais e lhe deu a dignidade procurada.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Dúvida soberana

              
A Europa em geral e os Países do Sul da Europa em particular estão sobre pressão dos mercados devido ao crescimento da sua dívida soberana.
Verdade seja dita a parte deste problema se deve ao facto dos Países mais poderosos terem mudado as regras a meio do jogo e quebrado os princípios de solidariedade fiscal, sobre os quais assentava a dimensão política implícita à criação da moeda única.
A dívida soberana de Portugal é um constrangimento que tem de ser resolvido.
Esta pergunta é a dúvida soberana que nos deve preocupar.
Mas podemos deixar-lhes um País impreparado nas suas competências, nas suas estruturas, na sua capacidade de competir, de criar emprego qualificado e de se posicionar na nova economia global?
Com este Governo a dívida soberana ainda não diminuiu o nosso capital social reduz-se todos os dias.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Audácia e coragem

               
Os tempos em que vivemos reclamam de todos uma extrema atenção a cada passo que damos, a cada decisão é necessário tomar, tendo em conta o conjunto de crises que urge enfrentar com inteligência e audácia.
Quem tem uma família para sustentar, uma empresa para dirigir, uma doença para curar, um empréstimo para pagar, um desemprego para resolver... vive um dilema permanente. Apesar de tudo e contra tudo, procuremos na AUDÁCIA uma atitude de vida que pode funcionar como um verdadeiro suplemento vitamínico para enfrentar tantas crises!
Nuno Costa, Lamego

terça-feira, 25 de junho de 2013

Portugal tem 425 mil pessoas que querem trabalhar mais

           
Portugal tem muito mais gente do que se pensava com vontade ou capacidade de trabalhar. Bem mais do dobro, basicamente.
Afinal, eram 425 mil casos, bem mais do que os 184 mil anteriores.
Das empresas que não fecharam portas, a maioria está bloqueada no acesso ao crédito ou defronta-se com uma procura anémica. As que exportam também estão manietadas pelo clima de constrangimento bancário.
O problema é a parte dos beneficiários do RSI vai esbarrar num mercado de trabalho paralisado. O desemprego total já vai em (15%) da população ativa e o fenómeno atinge (35,4%) dos jovens com menos de 25 anos.
Nuno Costa, Lamego

segunda-feira, 24 de junho de 2013

País enfrenta turbilhão social e económico

                 
Os portugueses ainda não sabiam, mas começava ali o primeiro dia do resto das suas vidas. Nada mais foi igual no quotidiano dos cidadãos nacionais. A dimensão da mudança implícita, não foi de imediato percetível para o comum dos portugueses e os efeitos dessa espécie de tsunami abatido sobre a economia e a sociedade portuguesa estão longe de estar consumados.
Em nome da crise ou a pretexto da crise, começaram a ficar cada vez mais frágeis as paredes do Estado. O impacto do resgate reflete-se em níveis do desemprego nunca visto e no progressivo esvaziamento dos bolsos de quem trabalha. Sucedem-se os cortes dos salários, das prestações sociais, dos subsídios de férias e de Natal para os funcionários públicos. Aumento o número de horas de trabalho sem a correspondente retribuição salarial, diminui a duração e o montante do subsídio de desemprego, do rendimento social de inserção, do abono de família. Os preços dos transportes públicos aumentaram duas vezes e de forma expressiva, a eletricidade está cada vez mais cara e a gasolina já é das mais caras da Europa.
Nuno Costa, Lamego

sábado, 22 de junho de 2013

Uma no cravo outra na...

             
O atual Governo dá uma no cravo, outra na ferradura, porque a falta de informação e verdade face aos portugueses é tão evidente que coloca uma confusão e uma incerteza permanente nas nossas vidas, ora dizem que já não é preciso mais medidas de austeridade como de repente cortam tudo sem dó nem piedade. Quando o emprego e a economia estão completamente bloqueados, os jovens recémformados ficam atados sem trabalho como podem pensar em construir família num país, nem dá a possibilidade de sobreviverem sem ajuda dos pais.
O plano de emergência social é necessário e deveria ser uma prioridade do Governo, só que a verdadeira realidade, com a troika ou sem ela, está a destruir a motivação e a envelhecer uma população cansada de ser enganada por histórias da carochinha... que teêm sempre um final feliz, mas só nos faz de conta.
Nuno Costa, Lamego

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Um imperador de águia ao peito

                   
                                              FRANCISCO FERREIRA
Havia nele a contradição de homem simpático, de sorriso fácil que se transformava em líder implacável mal vestia a camisola e dava início às hostilidades. Quando entrava em campo, Francisco Ferreira era o líder implacável, o estratego com sentido de orientação que dominava o seu exército e, normalmente, interferia o resultado final das batalhas.
Sem aspirações artísticas, porque da relação com a bola nunca nasceram obras-primas, impôs-se pela autoridade que revelava nas quatro linhas. Não driblava, não fazia passes de morte, jogava só com o pé esquerdo mas foi sempre um dos soldados mais temidos pelos adversários. Francisco Ferreira foi um imperador de águia ao peito, que entrou na lenda como futebolista imortal à custa de argumentos pouco valorizados mas sem os quis o sucesso é muito mais difícil de atingir.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Futuro sem ambição

               
Na Europa e particularmente o nosso país, congratulamo-nos com o aumento da esperança de vida, sem dúvida, é um facto notável da nossa civilização. Não obstante, os políticos que nos governam estão a destruir esse bem adquirido porque o empobrecimento da maioria dos portugueses é alarmante e tem sido promovido pelo aumento do desemprego, pela redução das reformas e isolamento dos mais idosos e pelos aumentos dos serviços de saúde, ou a falta deles, levando a esse aumento da esperança de vida se torne num pesadelo por não haver instituições suficientes que suportem as desigualdades e pela inércia dos nossos governantes perante as fragilidades de um povo.
Se nada for feito, o trilho que temos percorrido e do qual muito nos orgulhamos será o mesmo que nos irá destruir lentamente.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Um vintage colhido nas estrelas

                
Os cometas exercem sobre os humanos um fascínio irresistível. Ameaçam-nos com terramotos, tsunamis, furacões, chuvas... O astro brilhante tinha uma notável cauda, com um comprimento de 176 milhões de quilómetros, acrescidos de cerca de 1,8 milhões de quilómetros para o diâmetro de cabeleira.
As benesses deste cometa fizeram-se sentir um pouco por todas as cepas do planeta, nas mais afamadas regiões de vinhos generosos.
Tais ideias eram tão populares ao ponto de se acreditar que as epidemias não apareciam sem o aviso prévio da cauda luminosa de um cometa, forjando o adágio: céu de padra é ventania; cometa de rabo, epidemia.
Nuno Costa, Lamego

terça-feira, 18 de junho de 2013

Os fracos, os fortes e os outros

                  
Sim, é difícil reduzir as rendas das grandes empresas. Os contratos estão assinados e quem os pôs no papel é inimputável. A conta sobre para quem? No essencial para a classe média.
A sociedade não pode pôr em causa a compaixão e a justiça social. A conta sobra para quem? Os mesmos do parágrafo de cima.
A questão é esta: até que ponto estica o equilíbrio da sociedade? Quando a mesma classe média está avisada, apesar de todos os sacrifícios, pode chegar ao fim da vida e não ter proteção futura. A conta do Estado social e a pirâmide geracional são a maior ameaça no horizonte.
Por isso a expectativa de receitas do Governo fracassará sistematicamente.
Uma só certeza: o inimigo é o Estado.
Nuno Costa, Lamego

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Haverá solução para a crise?

                 
Todos reconhecem que o mundo moderno se encontra em profunda crise. Dificilmente na história da humanidade, passou por uma crise pior que a dos dias que correm. Crise, crise, crise, eis a palavra que se ouve por todo o lado.
Com resultado da crescente perda do senso moral do povo, este estende os braços para agarrar-se, neste naufrágio geral, a qualquer coisa que se assemelhe a uma tábua de salvação ou a um paliativo para os problemas pessoais. Na situação da crise moral reinante em todo o Mundo, a criminalidade no seio da juventude é um dos sintomas mais preocupantes.
Nessa situação de precariedade e (des) governo em que todos vivem, a classe política é das mais visadas pelos cidadãos.
Todas essas crises se agravarão ainda mais pelo simples facto de se buscarem soluções onde não podem encontrar. E tais crises não consistem senão numa consequência do afastamento sempre contínuo do homem.
Eis, a única solução para a crise moderna: o retorno à moralidade em todos os aspetos da vida humana.
Nuno Costa, Lamego

domingo, 16 de junho de 2013

O retângulo esquecido

             
No meio desta crise já quase ninguém fala dos nossos recursos naturais.
Pescas, agricultura, gado, florestas, biodiversidade, solos, minérios, águas subterrâneas, combustíveis fósseis, património paisagístico foram a base da nossa subsistência.
Faltam políticas coerentes para o aproveitamento a curto e longo prazo.
Mas foram postos num limbo, após extinções, fusões e reorganizações que só comprovam a incompetência de quem as fez.
(30%) das nossas explorações agrícolas desapareceram! A desertificação humana, o desemprego e as importações crescem, enquanto os melhores solos são destruídos pelo betão. (80%) das nossas povoações dependem das águas subterrâneas, as quais não devem, ser exploradas ou estão contaminadas.
A haver petróleo ou gás, como as nossas preocupações atuais seriam diferentes!
Nuno Costa, Lamego

sábado, 15 de junho de 2013

Um verdadeiro Einstein do futebol

                 
                                           MARIANO AMARO

Dele se diz que conduziu o futebol a uma nova etapa do seu crescimento, iluminando a estrada que levou a uma nova era do jogo. Foi ele quem entendeu, valorizou e dimensionou o papel decisivo de quem vivia naquela vasta planície entre as duas grandes áreas, onde poucos sabiam verdadeiramente o que, como e quando fazer.

Nem mais nem menos, um cientista desenquadrado com o seu tempo e que reúne unanimidade em todos quantos o viram em ação. Exímio condutor da bola, sempre de cabeça levantada e com precisão surpreendente no passe à distância, dado não muito frequente no reportório dos médios da época. Mariano Amaro entrava em campo na qualidade de capitão do Belenenses mas não demorava até tornar-se dono e senhor do jogo. Foi, também por isso, um fenómeno inesquecível.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

O abusar do Estado

                  
As sociedades democráticas têm de ser implacáveis com os seus serviços de informações. Deles exige correção absoluta, já que eles dão prerrogativas únicas. Mas não é assim que Portugal está a lidar com as suas secretas. Já tinha constatado a total incapacidade do Estado para precaver os abusos; já tinha percebido que houve reiterados excessos; já tinha comprovado que as entidades fiscalizadoras que apenas veem o que os serviços não se importam de mostrar.
Houve uma enorme falta de critério na nomeação de responsáveis, que não hesitam em tirar proveito pessoal dos privilégios que o Estado lhes concede. Em nome de um falso interesse nacional, os escândalos que envolvem os serviços de informações estão a ser protegidos pelo segredo do Estado.
Nuno Costa, Lamego

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Metade dos portugueses não ganham o salário mínimo

            
Baixas qualificações, alto desemprego e muita pobreza são os traços marcantes de quem mora nas habitações sociais.
Uma das dificuldades em encontrar emprego poderá estar nas baixas habitações.
Com tantas pessoas sem emprego, obviamente que os rendimentos não poderiam ser elevados. Assim, mais de metade das famílias (54%) não têm sequer o equivalente a um ordenado mínimo por mês.
Com tão pouco dinheiro a entrar nas casas no final do mês, as rendas não poderiam ser elevadas: 2.719 famílias pagam entre 5 e 49 euros, 929 entre 50 a 99 euros, 499 entre 100 a 200 euros e só 98 pagam rendas acima dos 200 euros. Apesar dos baixos rendimentos, a grande parte dos moradores (77%) tem as rendas em dia.
Quanto ao tipo de famílias que residem nas habitações camarárias, destacam-se as monoparentais e as pessoas sós constituem (19%) do total.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Portugal e a economia

             
Como pode a economia portuguesa crescer se o motor da mesma está parado? O motor da economia é o poder de compra que as famílias possuem. Desenganem-se, políticos e patrões, sem consumo não existe dinheirinho na vossa caixa registadora.
O povo português e as empresas continuam a ser sugados sempre pelos mesmos milhões do Estado, EDP e petrolíferas. Estas entidades sem dó nem piedade e pelos mais absurdos motivos só pensam nos seus milhões.
O Estado nada faz para mudar a situação estando a cometer piores erros do que os anteriores Governos...
As empresas não precisam de leis laborais nem mais dias de trabalho dos seus trabalhadores, mas sim de vender os seus produtos. Estas também estão a sofrer as consequências dos erros cometidos por falta de aumentos salariais aos trabalhadores.
Cada vez os portugueses vão ficar mais económicos e prometem dar tréguas, vão andar a pé, vão deixar de comer...
Nuno Costa, Lamego

terça-feira, 11 de junho de 2013

Desconfiança atira milhões de euros em vacinas para o lixo

             
Portugal comprou 2 milhões de vacinas contra a gripe A, por 15 milhões de euros, mas mais de metade acabaram por ir para o lixo. A desconfiança dos doentes faz com que, todos os anos, se desperdicem as vacinas.
E das 350 mil doses de vacinas disponibilizadas gratuitamente nos Centros de Saúde para os idosos mais carenciados, mais de 100 mil acabaram por ser destruídas.
A cobertura da vacina antigripal foi de (17,5%) na população geral, (48,3%) nos indivíduos com 65 anos ou mais anos e (28,8%) nos indivíduos de portadores de doenças cronicas.
Nuno Costa, Lamego

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Regra e excepção

                
Uma regra não pode ser uma ilha rodeada de excepções por todos os lados. Quando se pede um esforço coletivo para sair da crise, em que todos são chamados a participar, nada mina mais o sentimento de coesão e justiça social do que começar a constatar, à volta, começam a surgir excepções atrás de excepções, e afinal a regra não é para todos. A situação, já é excepcionalmente difícil, e por isso é de evitar este tipo de excepções que tornam os sacrifícios ainda menos suportáveis para os não excepcionados. Porque é muito simples: se a lei permite excepções ao esforço de todos, então o esforço já não é de todos. O bom senso e a solidariedade deviam falar mais alto quando a lei pia mais fino face às excepções.
Não há regra sem excepção?
A excepção não pode nem deve transformar-se na regra.
Nuno Costa, Lamego

domingo, 9 de junho de 2013

Mais qualificadas, com menos emprego e cada vez mais sós

                 
É um retrato bipolar: mais qualificadas, mas também as que sofrem de maior desemprego e de pobreza. As mulheres portuguesas adiam o casamento e maternidade e vivem cada vez mais sós.
O número de mulheres portuguesas a viver sós aumentou (27%) - elas são praticamente 2 terços da população sozinha.
É ao nível da educação que é visível o maior salto qualitativo na população feminina portuguesa.
Esta dualidade reflete-se na inserção no mercado de trabalho. Há mais desemprego, de uma forma geral, entre as mulheres, mas é entre as mais jovens e com menos qualificações académicas  que as clivagens são mais significativas. As licenciadas têm uma taxa de atividade que é o dobro das que possuem escolaridade até ao Ciclo.
Apesar de terem uma empregabilidade mais baixa do que os homens, as mulheres ocupam mais funções dirigentes e de caráter intelectual e científico.
Com salários e prestações sociais mais baixos, são as mulheres quem mais incorre em risco de pobreza, com agravamento substancial entre as mais idosas.
São elas que asseguram preferencialmente o cuidado de crianças e idosos dependentes, quem mais recorre a reduções de horário, licenças e baixas para cuidar da família.
Nuno Costa, Lamego

sábado, 8 de junho de 2013

Emprego: procura-se

                   
A percentagem de (35%) de desemprego entre os jovens e os quase 7 mil casais que vivem a mesma experiência amarga de não terem trabalho para ganhar honestamente o pão para a sua família, são um murro no estômago de qualquer país que tem na sua Constituição o direito ao trabalho!
Sem crédito bancário para os projetos viáveis de investimento, sem empresários dinâmicos e inovadores, sem tempo de mercados sem poder de compra, a margem para gerar emprego é muito curta. Apesar de todas as dificuldades, talvez se comecem a acender algumas luzes no fundo do túnel!
Será que, desta vez, a economia solidária irá ter a sua oportunidade?
Nuno Costa, Lamego

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Banco de terras

                
Inebriados pelos fundos europeus, governantes e governados foram levados pelo canto da sereia que prometeu mundos e fundo a quem abandonasse os campos e o mar, como meios de sustento, optando por receber abastados subsídios, prestando-se a moços de recados! Moral da história: a terra e o mar lá continuam à nossa espera, enquanto os prometidos subsídios acabaram e o desemprego acampou entre nós em percentagens assustadoras! Despovoar e abandonar as terras foi do pior que nos podia ter acontecido!
Nuno Costa, Lamego

quinta-feira, 6 de junho de 2013

O euro do medo

           
Talvez chegámos ao ponto em que, finalmente, se tornou evidente para quase toda a gente que era melhor o euro não existir.
É agora fácil de perceber que apenas o euro explica uma crise europeia.
Bem podemos atribuir-lhe a responsabilidade da crise, mas sobre isso prevalece o medo das consequências do seu fim. É um pouco como o que Erasmo disse das mulheres: não se pode viver com ele, não se pode viver sem ele. Ou melhor, não se sabe como viveríamos no momento em que acabássemos com ele. Sabemos a desgraça que trouxe, mas temos medo da desgraça que o seu fim traria. O que não lhe confere qualquer mérito e revela apenas a armadilha em que caímos.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 5 de junho de 2013

O guarda-redes que dominava o céu

                                
                                                COSTA PEREIRA
O tempo apaziguou o espírito rebelde de um homem que não quis ser apenas mais um. Alberto da Costa Pereira começou por ser um guarda-redes alto, elegante, espetacular, com sentido estético apurado, que adaptou à função de guarda-redes alguns dos elementos físicos e técnicos da sua formação como basquetebolista - era exuberante no modo como dominava o céu. A ideia peca omitir o fundamental do seu estilo: ajudou a mudar o paradigma da intervenção no jogo do homem, enredado na prisão da sua pequena área de jurisdição, tem o privilégio de equipar de modo diferente e jogar com as mãos onde os outros não podem. Tornou-se mais sóbrio e adptou o conceito de brilhantismo a um estilo menos exuberante, evolução que o confirmou como homem lúcido, ponderado e inteligente.
Costa Pereira foi herói de muitas jornadas nas lendárias campanhas europeias encarnadas.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Deputados a pão e água não!

                
Há uns tempos, um grupo parlamentar lembrou-se de propor, a propósito da austeridade necessária, que os deputados da nação passassem a beber água da torneira em vez de água engarrafada.
Se a Assembleia pretende poupar, deixem os deputados beber a água que quiserem da torneira ou da garrafa, mas cortem-lhes outros benefícios principescos. Porque não gostaria de os saber a pão e... água.
Nuno Costa, Lamego

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Até os fogos chegaram mais cedo

               
Neste país tudo acontece, agora até os grandes fogos florestais. O motivo, é a falta de chuva, como se a ignição da vegetação da seca fosse por combustão espontânea. Nem as reservas naturais e protegidas escapam a esta onda de terra queimada.
Todo este incremento obriga a que sejam disponibilizadas verbas extraordinárias para que a máquina possa avançar para o terreno com a maior número de meios possíveis. Faço daqui um apelo para aqueles criminosos que vêm provocando a grande maioria das ignições que respeitem mais as populações do interior, que veem a suas vidas em risco e os seus haveres conseguidos com muito sacrifício e trabalho destruídos.
Mas a culpa não é dos criminosos, é do Governo que só pensa em austeridade e nem investe nas florestas, assim o país deixava de a ver incêndios.
Nuno Costa, Lamego