segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Os portugueses estão enfadados de tanta crise, contenção e austeridade

                   
Devo confessar que estou saturado da irracionalidade da economia, das imposições dos mercados financeiros, dos interesses duvidosos da finança.
Os portugueses estão enfadados de tanta crise, contenção e austeridade.
A Democracia nasceu para permitir que o Homem seja feliz e possa arriscar-se a ter uma vida mais rica e realizada e não para satisfazer os caprichos de alguns chefes do governo ou a soberba, a ganância e os privilégios de alguns investidores e especuladores que vivem esmagando e reduzindo os direitos, a ambição e a esperança de outros homens.
Está mais que comprovado que os mercados não são a solução para a resolução dos problemas da economia e que a sua ação desnorteada é perversa, gerando desconforto e incerteza na população mundial.
Por isso, é inconcebível que muitos ainda se comprometam e defendam este modelo económico e da globalização, quando o que ele oferece ao Homem é descontentamento, insatisfação e degradação das condições de vida. Já não é novidade para ninguém, o crescente aumento da miséria, da fome, do desemprego e a diminuição do investimento na saúde e na educação a nível mundial. Também não é segredo que o despertar de uma sociedade cada vez mais pobre e escrava é consequência de um sistema financeiro, mal concebido e mal orientado.
Está na hora de nos mantermos muitos atentos e desconfiados das armadilhas dos grupos de interesses políticos e económicos, que tratam com indiferença os problemas e as dificuldades do homem comum e estão aí para criar maiores desequilíbrios e maiores desigualdades.
É chegado o momento de resistir, de fazer face à resignação, com audácia e determinação, lutar por políticas e por líderes que garantiram o desenvolvimento integral ao Homem e a defesa de princípios e de valores que vão ao encontro das suas necessidades e pretensões.
A sociedade está a necessitar do envolvimento e da participação de todos. Se assim é procedermos, maior será a nossa capacidade para exigir respeito, responsabilidade e o cumprimento dos princípios em que deve basear uma vida com sentido e mais autêntica para todos os Homens.
Nuno Costa, Lamego  

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Mistério da luz e do gás

                 
As famílias portuguesas e as empresas já pagam uma elevada fatura nas contas da e do gás.
As operadoras dominantes são lucrativas, o mercado passa a ter concorrência mas a esmagadora maioria dos consumidores vai pagar ainda mais. E a autoridade reguladora, para empurrar os consumidores para esse tal mercado, vai subir os preços a um ritmo alucinante, quando os rendimentos dos consumidores são cada vez mais escassos. Tal como aconteceu no negócio dos combustíveis, a liberalização lusa da energia tende a criar cartéis que toda a gente vê mas nenhum autoridade consegue provar.
Nuno Costa, Lamego

terça-feira, 24 de setembro de 2013

O sal do futebol

                   
Os clubes portugueses provaram que ainda é possível chamar pessoas aos estádios com bons espetáculos a valerem a preço do bilhete.
Tal só costuma acontecer quando a matemática deixa de condicionar as táticas e os objetivos desportivos e financeiros dos clubes. As equipas apresentaram-se com cautelas e caldos de galinha, mais preocupadas em defender um precioso ponto do em aventurar-se na procura de vitórias. São exigências de um futebol que se transformou em negócio e que nem sempre se pensa na qualidade do produto que oferece aos seus consumidoresos adeptos.
São os golos que fazem vibrar quem gosta de futebol.
A idade faz com que muitos clubes desconfiem do investimento e retorno que possa dar.
Apesar da veterania, continua a ter ligação quase umbilical com os golos.
Os golos são o sal do futebol e costuma-se dizer que só os faz quem chuta

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Os exames

               
Ninguém gosta dos exames: os alunos, porque obrigam a estudar; os pais, pelo stress que provocam; os professors, porque vêem um ano de trabalho reduzido a 90 minutos de avaliação; os teóricos da educação, porque temem que passe a estudar para os exames; as equipas ministeriais, teimam em reduzir a mais um instrumento ao serviço da política.
Mal-amados e desprezados, os exams tornaram-se um ritual caro e desgastante nas escolas, professores e alunos são chamados a realizar, sem retirarem vantagem alguma
Fazem-se, mas ninguém sabe muito bem porquê.
Se pudéssemos confiar neles, seriam excelente barómetro para escolas e professores.
Já que os exames são para se fazer, porque não fazem bem?
Nuno Costa, Lamego

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A aspirina e os impostos

                 
A aspirina é um remédio poderoso contra a dor, não resolve a causa que a provoca. Não há muitos que assentem a solução de todas as suas queixas dororosas na aspirina, que não ponderem nos efeitos secundários que ela pode provocar quando abusa da sua utilização.
Nunca ninguém se lembrou, de resolver o problema alimentar substituindo a alimentação por aspirina que combateria a dor de estômago provocada por não ter comido.
A aspirina faz passar a dor de estômago vazio, mas não mata a fome.
Se esse imposto não atingisse os endividados e os de baixos rendimentos, a receita seria irrisória.
Os impostos são a solução para muitos problemas, na mesma proporção em que se transformam na causa de muitos deles. Tal como a aspirina, aliviam o sintoma, não matam a causa e adiam a cura.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Vocação de extremo com espírito rebelde

                    
                                              SÉRGIO CONCEIÇÃO
A reivindicação, o sentido de justiça e a fraqueza ríspida foram traços de personalidade que trouxe do berço e orientaram pela vida fora.
Porque teve pouco em menino, tornou-se muito zelozo do espaço e das conquistas que foi conseguindo, sempre orientado pela memória de uma infância difícil. Sérgio Conceição agarrou-se à bola para ajustar contas com a vida. Olhar para trás fez parte dos seus hábitos, memo quando chegou ao topo do reconhecimento, como um dos melhores e mais desejados jogadores do futebol europeu. Sérgio personificou a vocação de extremo e adaptou-a ao espírito rebelde que o caracterizou e nunca foi totalmente compreendido.
Sérgio foi um fenómeno absoluto pelas constantes explosões em qualquer dos flancos; pelo modo como ia direito à linha para executar o cruzamento perfeito ou fletir para dentro e aplicar o tiro temível; por físico espantoso, articulação motora excecional e precisão sumptuosa a utilizar ferramentas indispensáveis para o tipo de intervenção que tinha: receção, finta, passe, cruzamento e remate. Num país de extremos grandiosos, cometeu a proeza de ser distinto.
Desde esse dia agarrou à bola para derrotar o destino e ser alguém na vida.
Peregrinações menores para quem merecia permanecer mais tempo no topo do futebol europeu.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

O Pântano...

                
A situação é verdadeiramente dramática em que se encontra o País não é derivada só das políticas erradas. Começou tudo com a adesão à moeda única. A euforia inicial deu lugar posteriormente a um pesadelo. As promessas feitas pelos países fundadores não vieram a ser concretizadas. Dizia-se que o euro traria um crescimento elevado de (3%), mas o crescimento médio anual foi de apenas (1%). Tornaria o crescimento de emprego, mas deu lugar a 16 milhões de desempregados na zona euro. Os desequilíbrios agravaram-se com o reconhecimento de dificuldades na aplicação de uma política extremamente ruinosa comum a países com profundas disparidades nos níveis de desenvolvimento económico e social. Foi o que aconteceu com Portugal. Estamos a sofrer a irresponsabilidade de políticos. Na zona euro, esteve um fraco crescimento, altas taxas de desemprego, défice de orçamento com várias economias. O euro não conseguiu, assim, travar o mal-estar económico. O pântano em que se tornou a zona euro está assim a pôr em pânico os vários governos. Portugal nunca deveria ter aderido à zona euro. Portugal quis fazer parte do clube dos ricos, mas agora está na pobreza com a sua economia débil, de grandes fragilidades, não aguentou o impacto da adesão.
Nuno Costa, Lamego 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Assombrados pelo desemprego

                
Os frutos frutificaram apenas em sementes do desemprego, sendo este calamitoso, e o qual colocou os desempregados em situações de extrema calamidade constante, sendo que este afeta quer os jovens quer os restantes estratos da sociedade. Os desempregados correm permanentemente atrás de emprego, mas em vão. As respostas dos empresários são sempre as mesmas.
Não quero desiludir, mas devo dizer que tal medidas não vêm resolver o aflitivo problemas dos portugueses desempregados, mas sim adiar por alguns meses que já é bem real.
No seguinte alerta: os portugueses com mais de 36 anos não têm direito a medidas das complementares e mais bem refeitas, para enquadrarem o mais urgente possível no mercado de trabalho?
Nuno Costa, Lamego  

sábado, 14 de setembro de 2013

No peixe também há gato por lebre

                 
Se lhe pedirem pouco dinheiro por uma massada de cherne, desconfie. É provável que se trate de perca-do-Nilo, um peixe com características, preço e sabor bem diferentes. Também pode pensar que está a comer uns filetes de pescada, afinal são de peixe-gato. Ou que degusta umas lulas à sevilhana, quando se trata de potas. No tão tradicional bacalhau-à-Brás ou com natas também é possível que a ementa não corresponda ao que lhe aparece no prato, onde poderá encontrar migas de paloco.
As trocas de espécies marinhas de estatuto elevado pelos seus parentes pobres do rio sucedem-se tanto nas tascas mais baratas como nos restaurantes de cinco estrelas; e podem apanhar desprevenido o consumidor num mercado municipal, num super ou num hipermercado.
Os produtos trocados são próprios para o consumo e não seriam alvo de apreensão se correspondessem ao que está nos rótulos ou nas ementas. O problema é que se assiste a fraude económica e a burla ao consumidor, que compra gato por lebre.
Nuno Costa, Lamego

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

A galinha dos ovos de prata

                     
A esmagadora maioria dos desempregados pertence ao setor privado. O Governo, ao mesmo tempo é asfixiador deste setor.
O Governo não consegue resolver o desemprego porque não têm capacidade. É um Governo de funcionários públicos que não sabem o que é o desemprego. Quando saírem do Governo, ou vem reformados ou com bom complemento de reintegração.
Somos governados por funcionários públicos que não têm salários em atraso.
É um Governo de galinha dos ovos de prata.
Nuno Costa, Lamego

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Santa Pachorra

               
Jó era um fazendeiro abastado e o Diabo apostou com Deus que lhe tirasse tudo menos a vida desse homem não continuaria a ser um servo. O Diabo perdeu a sádica jogada.
Toda e qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência, já nem os portugueses são ricos, nem o Passos Coelho é Deus, nem a Merkel o Diabo, mas parece que o primeiro-ministro está convencido em tirar tudo aos cidadãos, salários, bens, escolas, saúde e até a dignidade, eles aguentam com a paciência de Jó.
Afinal, considerava o seu povo piegas, queixinhas, lamechas, e, agora, entende que somos muito tolerantes e submissos. Talvez o problema maior seja mesmo esse - Passos não tem a mais pálida ideia de quem são os portugueses. É um primeiro-ministro que ignora os que governa. E isso sim, é de tirar a paciência a um santo.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O monstro sagrado do futebol português

                 
                                              MÁRIO COLUNA
Não precisava da braçadeira para mandar ou de elevar a voz para se ouvir - era, ele próprio, a imagem da liderança e autoridade.
Exercia no centro de operações do jogo, com a entrega de quem sempre viveu o futebol com seriedade e o talento adequado a um dos melhores centro - campistas mundiais de todos os tempos. Sendo marechal em pleno campo de batalha, Mário Esteves Coluna manteve pela vida fora o sorriso tímido e a expressão nostálgica dos seus amores, uma figura simpática e reconhecida muito para lá da cor da camisola. O seu futebol tinha a grandeza de um estilo comprometido, de uma atitude ditatorial em relação aos acontecimentos e de qualidades raras do ponto de vista técnico, tático e físico. Senhor de abrangência territorial sem limites geográficos, decidia sempre em função dos interesses da equipa.
Coluna, tornou-se num dos mais sublimes administradores futebolísticos de sempre. Por intuição mas também por conhecimento adquirido, sabia quando devia jogar curto ou longo; a um/dois toques ou entregar-se à condução da bola; a dobrar companheiros ou a atacar a baliza contrária. Um dia, para sintetizar tanta a grandezachamaram-lhe Monstro Sagrado. É isso mesmo que será para sempre

terça-feira, 10 de setembro de 2013

A perversão da democracia

                 
Ligados à política e às finanças internacionais, e outros até mais domésticos, e por todos os meios que produza som, eco, onda de chicote. A ladainha vai sempre acompanhada de velada ameaça. A democracia atual, luxo herdado dos helenos, está eivada do mais perverso e imoral e da maior falta de respeito pelo homem que deve haver na sociedades modernas.
O recado da política capitalista que tem governado a Europa é simples de descodificar.
Assim os portugueses, quando forem chamados nas próximas eleições, antes de votarem, pensem duas vezes, se azedar ainda mais o pão que o diabo nos tem dado amassado para comer.
Nuno Costa, Lamego

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Fomos enganados

                
O que têm em comum o Conselho de Supervisão do Banco de Portugal, o Conselho de Fiscalização dos Serviços Secretos e o Tribunal de Contas? Todos foram enganados por aqueles que tinham a obrigação de fiscalizar. O problema é que estes enganos custaram ao País milhares de milhões de euros, acelerando e muito a crise que vivemos. Mas como é possível as entidades que têm a seu cargo a fiscalização de sectores tão relevantes da sociedade possam ser enganadas?
Não nos venham dizer que essa fiscalização altamente qualificada se baseava em pedir uns documentos, marcar inspeções, analisar contratos, ver documentos contabilísticos. Se esta era a fiscalização, então temos sido muitas vezes enganados.
Nuno Costa, Lamego

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

A perigosa apatia sobre a crise do euro

                
A espiral da crise tornou-se a rotina e, deixou-nos sobressaltar.
A tragédia europeia acomodou-se ao quotidiano, aos apontamentos avulsos dos políticos, aos quais a cidadania cansada e desesperada pela inação já não reage. A crise é uma forma da vida europeia tão normal como qualquer outro ato do dia-a-dia.
Esta apatia, tornou-se tão perigosa como a crise real. Um dia, os custos da paralisia política, da falta de visão e da irresponsabilidade dos líderes incapazes de construir um destino poderão chegar numa fatura excessivamente pesada. Aí talvez seja possível constatar como estes dias de alheamento também ajudaram à catástrofe.
Nuno Costa, Lamego  

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Trinta e três mil

               
Trinta e três mil pessoas perderam o emprego no sector da restauração. Uma parte destes novos desempregados devem a sua situação ao inopinado aumento do IVA da restauração para (23%), uma medida que lançou a depressão no sector e reduziu a cobrança de impostos.
O caso da restauração no que refere ao emprego, à criação de valor e às receitas fiscais é um retrato exemplar do falhanço da política dos baixos salários, do despedimento fácil e da fiscalidade opressiva.
São os que têm baixos salários em sectores dependentes da procura interna. A nossa economia está a ser asfixiada por políticas de empobrecimento interno e não pela concorrência externa. O Governo encolheu a economia. O abismo económico e social espera-nos mais cedo ou mais tarde.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Medalhas

                  
Passou sem a fanfarra o enterro do programa das Novas Oportunidades. Melhor assim: não é fácil digerir um buraco de 1800 milhões de euros que entregava diplomas escolares. Não seja importante nas sociedades adolescentes onde vivemos.
Inevitável: quando pouco se aprende, pouco se aprende a fazer. E, além disso, os próprios empregadores conheciam o que a casa gastava e preferiam não gastar um tostão com ela. Há medalhas que mais vale não pôr ao peito.
Nuno Costa, Lamego

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Médio que punha a equipa a funcionar

               
                                                    MANICHE
Nunca aspirou a ser solista, maestro ainda menos, mas ninguém lhe negou a preponderância tremenda nas orquestras de que fez - safa-se no violino mas não se diminui nos ferrinhos, se for preciso, toca bombo mas não se intimida com o piano. Dele se dirá que não foi o mais brilhante em qualquer instrumento a que se dedicou mas também não houve outros músicos tão completos, versáteis e talentosos. A maior virtude de Maniche é a capacidade para coordenar todos os movimentos da equipa, dar-lhe orientação técnica, harmonizar o seu funcionamento e gerir a produção coletiva. Para exercer influência tão esmagadora recorria a diversidade de estilo assombrosa e a um campo de ação que chegava a ser escandaloso: surgia atrás e à frente; na direita, no meio e na esquerda; jogava a um/dois toques e em exercícios solitários; curto e longo; depressa e devagar. Nunca depurou conceitos estéticos mas a eficácia na aproximação à baliza e o acerto das decisões que tomava eram verdadeiramente extraordinários.  

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Preocupações reais

                  
O País está a viver uma situação insólita, porque por várias vezes em manifestações de fé ou grandes concertos musicais as pessoas aderem em força como desta forma pudessem esquecer algumas das preocupações e os problemas da vida.
A fase é muito preocupante e quem nos governa está a esquecer os problemas reais que afetam tudo e todos e quando já nada conseguir distrair o povo das suas preocupações nem antidepressivos, nem uma boa dose de paciência vai salvar os nossos governantes.
Nuno Costa, Lamego