quinta-feira, 17 de abril de 2014

Bebés precisam-se

               
A espécie humana estão condenadas aos fracassos. Os incentivos são cada vez mais escassos. Se continuar assim, a que futuro podemos prever? Viveremos num País cada vez menos povoado e envelhecido, o que tornará mais penoso o apoio social.
Nos tempos em que a miséria era uma constante, as verbas da Segurança Social eram emprestados ao Estado, logo que é possível, retribuía-as com juros! Ainda assim, os empréstimos são feitos em retornos não são efetuados na mesma proporção. Não será este Estado a duas velocidades, ineficiente?
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 16 de abril de 2014

O Estado da crise

                
Um Estado que vive na penúria é um Estado sedento de dinheiro.
É um Estado capaz de negar refeições a crianças nas escolas por dívidas de 4 euros. Que solta os seus cães à caça dos últimos cêntimos de quem não pode fugir.
Multa, bloqueia e reboca com a arrogância típica de um Estado prepotente, que deitou para o lixo as garantias dos particulares e joga tudo na inversão do ónus da prova. É com gente assim, apenas com maus políticos, os regimes também naufragam. A falta de bom senso é por vezes mais trágico do que a incompetência pura e simples.
Nuno Costa, Lamego

terça-feira, 15 de abril de 2014

Antigo templo cristão esquecido em Lamego

               
No Bairro da Ponte em Lamego sentimo-nos imediatamente dominados pelo domínio visigótico, no escarpado do vale do Balsemão, o mais antigo templo cristão do País - Capela de S. Pedro de Balsemão, emoldurada na vertigem paisagística, o rio manso, os salgueiros, dulcificam a rudeza. Construída no séc. VII, os capitéis acontíneos e o arco cruzeiro em ferradura, assente no duplo ábaco, assinalam-lhe a vetustez pré-românica, respeitada, na essência, pelos vários reconstrutores. Quem a visita pela primeira vez fica com uma ideia errada, atendendo a existirem no referido bairro duas placas com a sinalização a capela e não o monumento. Os visitantes ficam incrédulos com aquela situação, o que não corresponde à verdade, ficam sem saber o que fazer! Assim espero que as placas sejam retificadas com a celeridade. Não podemos dar-nos ao desplante desta infantilidade dos serviços que superintendem os monumentos nacionais - a sabedoria é um bem e a ignorância é um mal nada mais simples.
Nuno Costa, Lamego  

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Traçadinho de subsídios

                
Para quem não saiba, um traçadinho não é mais do que uma mistura de duas bebidas. Na versão mais radical, são duas bebidas fortes o uísque e aguardente.
Para que o povo não sinta que está a pão e água vão servir-lhe, todos os meses, um traçadinho que mistura metade do subsídio de férias e metade do subsídio de Natal. Sempre é um aconchego, para disfarçar a cruel realidade: os impostos que vão levar, uma daquelas prestações. Mais, o subsídio de Natal ameaça não regressar nunca mais, pelo menos na sua versão original.
O efeito etílico do traçadinho dos subsídios esgota-se no final de cada mês, e terá a sua primeira ressaca, quando as férias baterem à porta e o dinheiro não responder do outro lado.
Cabe agora às famílias gerir o novo orçamento com sobriedade de modo a salvaguardar o tempo de descanso e as festas não sofrem com esta nova redistribuição.
Nuno Costa, Lamego   

sexta-feira, 11 de abril de 2014

O coelhinho suicida

              
Os portugueses são mais sádicos ou com um sentido de humor retorcido sabem do que se trata o do Livro O Coelhinho Suicida. São capazes de traumatizar a qualquer criança que receba este presente de um familiar distraído, envolvem mortes por esmagamento, eletrocussão ou empalhamento. Mas nenhum chega aos pés daquele em que o coelho se prepara para lançar um bumerangue ao qual atou uma granada.
Existiria um primeiro-ministrocujo o último nome faz lembrar as suas personagens, imbuído de uma pulsão para o suicídio da economia portuguesa, arrastando para uma espiral de desemprego e falências à medida dos consumidores que vêm desaparecer o seu rendimento.
O coelhinho suicida está a lançar o bumerangue com a granada atada.
É pena que estejamos todos atrás dele.
Nuno Costa, Lamego   

quinta-feira, 10 de abril de 2014

A tragédia silenciosa

               
Se houve dúvidas no impacto dos custos do empobrecimento a que o Governo tem sujeito a sociedade portuguesa. A taxa da mortalidade que passou de 2,5 por mil nascimentos para os 3,1 por mil nascimentos. Morreram mais 46 crianças. Se houvesse em Portugal um acidente que matasse 46 crianças com menos de 1 ano isso provocaria uma comoção nacional. O aumento da mortalidade infantil é uma tragédia silenciosa, mas é uma tragédia. Acresce que a mortalidade infantil reflete a saúde de uma sociedade e não apenas a eficácia do seu sistema de saúde. Reflete as condições dadas às famílias em geral e às mulheres em particular, quer na fase da gestação quer no primeiro ano de vida dos seus bebés.
Portugal é um País que nascem cada vez menos crianças e onde morrem cada vez mais.
Que triste tragédia silenciosa.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 9 de abril de 2014

O economista jeitoso que entende que isto tem de ser, mas não pode ser

             
Como o povo sabe, 2 tipos de economistas: os que dizem que isto não pode ser e os que afirmam que isto tem de ser.
Os primeiros dizem, se continuarmos assim, acabamos por ficar mais falidos do que já estamos; os segundos juram, para não acabarmos mais falidos do que já estamos, devemos continuar assim.
Os primeiros sustentam que isto é uma ofensiva para deixar os ricos mais ricos e os pobres cada vez mais pobres; os segundos reafirmam, se não for assim, os principais prejudicados serão os pobres e os grandes beneficiados serão os ricos.
Os primeiros recorrem à teoria económica como sustentação das suas teses; os segundos recorrem, também à mesma teoria.
Por tudo isto, é muito difícil encontrar um economista equilibrado. Depois de muito procurar, foi o que conseguiu descobrir: um economista jeitoso, diz que tem uma posição equilibrada sobre a crise portuguesa. O que se segue são os extratos de uma conversa que levou muitas horas.
Os resultados têm sido péssimos, nomeadamente a taxa do desemprego a aumentar! Se o Governo persistir neste caminho, vai ser uma desgraça para todos, e Portugal vai à ruína completa.
Nuno Costa, Lamego