sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Um orçamento para a desesperança

               
O Orçamento do Estado é um monumento à desesperança. Todos temos razões para acreditar que haverá mais de (16,4%) de desempregados, que a economia nacional vai contrair ou até, todas as famílias estarão mais pobres e, pior de tudo, estaremos ainda mais longe da possibilidade de imaginar o fim deste terrível ciclo de austeridade e da recessão. Quando se aumenta em 3,3 mil milhões de euros na carga fiscal, quando se agravam as taxas sobre os combustíveis ou a energia, quando se põe a máquina do Estado ou as empresas públicas a contribuir para o acréscimo do desemprego, não se pode acreditar que não haja margem de manobras. Deve recusar todos os caminhos que levem os cidadãos à fatalidade da pobreza, do dissenso político social e da desesperança.
Todos já perceberam, que o programa de ajustamento exige mais tempo, mais dinheiro para injetar na economia, mais folga para que o País respire e possa encarar com ânimo os terríveis desafios com que se confronta.
Os cidadãos fizeram tudo o que lhes foi exigido, resistiram estoicamente à asfixia da austeridade, cortaram despesas e perderam rendimentos, foram até capazes de debelar um dos principais problemas do País, o seu desequilíbrio nas contas externas.
Nuno Costa, Lamego

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Vivemos de contradições

                  
Vivemos em momentos tão incertos pelas medidas do Governo. Vivemos em situação dramática com as saídas dos jovens que procuram um futuro mais promissor noutros países, por sua vez, consideram-se injustiçados.
Vivemos de contradições. Os que são obrigados a sair por não terem emprego são uns sacrificados.
São formas diferentes de encarar a mesma realidade em função das oportunidades que a vida nos proporciona a cada um.
Os nonos antepassados conseguiram ultrapassar os tempos mais difíceis e, certamente que alguém encontrará a solução para esta crise criada por sucessivos erros políticos.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Cabeça de burro

                   
Ninguém acredita no orçamento.
Toda a gente já explicou, tudo vai piorar, tem de encontrar alternativa, a Europa tem que mudar, preservar a estabilidade política é incendiar a instabilidade no País.
A ideia de Vítor Gaspar era um orçamento bom e barato é difícil, raro, quase impossível ou mesmo impossível, e tem uma fatura alta, paga-se bem, qualquer coisa como: um orçamento bom e barato é raro. Tudo o que é raro é caro. Um orçamento bom e barato é caro. O problema é que isto chama-se o paradoxo falsídico do burro, são resultados incorretos baseados em raciocínios subtilmente errados. A brincadeira vai sair-nos bem caro. Ao preço dos olhos da dita.
Nuno Costa, Lamego 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O ódio aos ricos

                  
O assalto fiscal desencadeado pelo Governo, ciosamente unido na manutenção de um Estado do insaciável, amesendado e perdulário, descobriu os ricos de que não suspeitava. Começam nos 700 euros de rendimento de trabalho por mês. A medida lembra a forma como os proprietários rurais do Centro e Norte do País que trabalhavam a terra de sol a sol e recolhiam o que a terra dava.
Em Portugal, também há casos que fazem pensar: Negócios do Freeport, manigâncias no Face Oculta, desvios de dinheiros nos bancos, corrupção na evasão fiscal e o que mais descobre em cada dia.
Os pobres têm ódio aos ricos e os ricos têm ódio aos pobres. O melhor é os ricos pagarem a crise era trabalhar por um Portugal onde não atirassem as pessoas para a pobreza.
Nuno Costa, Lamego

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Casamentos caem de novo e há quem os faça só com lanche

                 
Adiam-se os casamentos ou optam-se por festas modestas, realizadas nas traseiras do jardim da casa de um amigo. Chega ao ponto de pedir às empresas de eventos o orçamento ou para um simples cocktail.
A quebra de casamentos está a atingir um mínimo histórico em Portugal. Os serviços de copo de água queixam-se da redução do número de celebrações e dos pedidos de orçamento low-cost.
Os casamentos estão em crise, a crise está a afeta-los, mas esse fator não está isolado da descida de uniões oficiais.
Nuno Costa, Lamego

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Angústia de não perceber

                  
Viver no limite da sobrevivência é uma grande angústia; em medida bem menor, passar de remediado a pobre. É essa, a situação, entre a sobrevivência e a pobrezaaflige a maioria dos portugueses, os desempregados, o salário mínimo, as pensões sociais e o rendimento social de inserção.
Todo isto, e para os outros milhões que passaram a viver modestamente, era importante perceberem em que consiste o ajustamento que estamos sujeitos e qual o seu impacto previsível; que alternativas têm sido apresentadas e com que consequências; justas ou injustamente, nos sentimos tão maltratados. Não falta quem saiba, fazer o guião, tão imaginativo e atraente que conquiste o prime time, semana após semana, permita matizar a angústia com a inteligência do mal que nos é feito.
Nuno Costa, Lamego  

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Inferno dos bancos

                   
Diz o ditado as meninas boazinhas vão para o céu e as meninas más vão para todo o lado. É algo semelhante se passa com o sistema financeiro.
A figura do banco mau, junta todos os créditos problemáticos e limpa a carteira dos bancos bons para eles continuarem a emprestar às famílias e empresas para pagarem as prestações a tempo e horas, é mais uma invenção dos génios que estiveram na origem da crise, e que arrastou o Mundo para a crise que ainda se vive.
Os bancos maus estão por todo o lado. E chegam agora a Portugal pelas mãos da própria entidade de supervisão, a missão é castigar os bancos que fazem asneiras e não fornecer-lhes um instrumento para esconder as asneiras na banca portuguesa. Basta olhar para o imobiliário para ver a irracionalidade dos empréstimos que foram concedidos. Isto significa que o banco mau é mais do que o somatório das asneiras dos bancos bons.
Então ficamos a saber porque é que foi aumentada em mais de (30%) a taxa efetiva de cobrança do IRS. Ora vão para o diabo que os carregue!
Nuno Costa, Lamego