sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Um orçamento para a desesperança

               
O Orçamento do Estado é um monumento à desesperança. Todos temos razões para acreditar que haverá mais de (16,4%) de desempregados, que a economia nacional vai contrair ou até, todas as famílias estarão mais pobres e, pior de tudo, estaremos ainda mais longe da possibilidade de imaginar o fim deste terrível ciclo de austeridade e da recessão. Quando se aumenta em 3,3 mil milhões de euros na carga fiscal, quando se agravam as taxas sobre os combustíveis ou a energia, quando se põe a máquina do Estado ou as empresas públicas a contribuir para o acréscimo do desemprego, não se pode acreditar que não haja margem de manobras. Deve recusar todos os caminhos que levem os cidadãos à fatalidade da pobreza, do dissenso político social e da desesperança.
Todos já perceberam, que o programa de ajustamento exige mais tempo, mais dinheiro para injetar na economia, mais folga para que o País respire e possa encarar com ânimo os terríveis desafios com que se confronta.
Os cidadãos fizeram tudo o que lhes foi exigido, resistiram estoicamente à asfixia da austeridade, cortaram despesas e perderam rendimentos, foram até capazes de debelar um dos principais problemas do País, o seu desequilíbrio nas contas externas.
Nuno Costa, Lamego

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