segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Um quinto dos portugueses está em risco de pobreza

                              
Cerca de (20%) da população portuguesa encontravam-se em risco de pobreza, auferindo um rendimento por indivíduo inferior a 3 589 euros, ou seja 300 euros por mês.
Do universo desta população em risco de pobreza, uma fatia de (75%) já estava nessa situação nos dois ou três anos anteriores. Dessa forma cerca de (15%) da população portuguesa têm um risco de pobreza persistente. No conjunto dos Quinze cerca de (9%), ou três quintos, da população encontravam-se nestas condições.
Em Potugal, as famílias com maiores rendimentos recebiam mais de (6,5%) do que as famílias com remunerações inferiores, contra (6,4%).
Para além disso, Portugal detém a taxa de desigualdade mais elevada da distribuição do rendimento de (37%), quando comparado com os parceiro comunitários.
Nuno Costa, em 31/10/2011

terça-feira, 11 de outubro de 2011

"Zé do Boné" voltou às Antas em 1975

                                        
As portas das Antas voltaram a abrir-se para José Maria Pedroto, vulgarmente conhecido po Zé do Boné, a 21 de Março de 1975. Icone do clube, apoiado por Jorge Nuno Pinto da Costa, Pôncio Monteiro e Artur Santos Silva, Pedroto foi erguendo a pronúncia do norte. E a ideia de que o Porto, clube e cidade, é uma naçom foi crescendo.
Não espanta, assim, em 1974/75, para a Taça UEFA, recebendo o Wolverhampton, os portistas vencessem por 3 - 0 ao intervalo, com uma frente atacante constituída por Flávio, Gomes - ainda em início da carreira - e Cubilhas - que deixou a defesa inglesa à beira de um ataque de nervos.
A década prosseguiria com destaque para um FC Porto - Dundee United 1975/76, propiciando a Oliveira, dos melhores em campo, exibição prenunciadora da categoria de um dos mais ilustres futebolistas de sempre. Notável como fintava e progredia.
Nas Antas o FC Porto apresentou-se mais técnico e esclarecido.
Um senão: adepto de futebol na retranca, poderia hipotecar a passagem, dado o tom aguerrido do adversário. Segurar o resultado desagradou a Seninho, tábua de salvação desta contenda, que assinalou pela terceira vez em 14 temporadas de competições europeias a ida aos oitavos - de -final.
E, a encerrar a temporada, na antecâmara do fecho da maratona, abra de 45 mil contos, FC Porto - Hamburgo. Os alemães, demolidores e calculistas, eram fortes candidatos à Taça UEFA. Mas nem tudo foram rosas para os germânicos. Foi a arbitragem escandalosa que catapultou o Hamburgo para o limbo dos vencedores.
11/10/2011

sábado, 8 de outubro de 2011

Portugal surpreende no Europeu de 1984

                                 
Na fase de qualificação para o Europeu de 1984, a realizar em França, Portugal ficou integrado no grupo 2, a Finlândia e a Polónia. A comandar a selecção portuguesa estava, nesta fase, o treinador brasileiro Otto Glória - substituído, mais tarde, por uma comissão técnica chefiada por Fernando Cabrita.
O técnico brasileiro encontrou, no entanto, uma equipa fragilizada pela ausência de grandes competições e pelas guerrilhas internas entre os clubes do Norte e do Sul - nomeadamente o FC Porto e o Benfica. No início da década de 80 brilhava na selecção a equipa - de - ouro do Benfica, constituída por Bento, Pietra, Humberto Coelho, Bastos Lopes, Alves, Shéu, Carlos Manuel, Chalana, Veloso e Nené, são alguns jogadores do FC Porto, como Inácio, João Pinto, Franco, Eurico, Jaime Pacheco, Gomes e Sousa.
Mas o brilho das estrelas portuguesas perdeu força ao terceiro jogo da fase de apuramento com uma derrota, por 5-0. O desaire seguinte - uma derrota, por 4-0, frente ao Brasil num jogo particular - apressou a saída de Otto Glória.
No jogo de apuramento com a Finlândia, em Alvalade, o novo treinador - Fernando Cabrita - estreou Paulo Futre. Nesta partida, os portugueses atenuaram a má imagem e bateram os finlandeses por 5-0. A final do grupo 2 foi disputada a 13 de Novembro de 1983 entre Portugal. Portugal venceu por 1-0 e ficou apurado para a fase final do Euro 1984.
08/10/2011

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Pedroto: uma das glórias do FC Porto

                                 
Na galeria das maiores glórias da história do FC Porto, um dos nomes sempre referenciados, e mais acarinhados, é o de José Maria Pedroto (1928-1985). Esteve ligado aos momentos mais brilhantes do clube portuense, primeiro como jogador e depois como treinador, tornando-se uma importante figura do futebol português.
Controverso, colocou o FC Porto, a Invicta e o Norte no mapa do futebol lusitano, dominado por Lisboa, assumindo a guerra Norte-Sul. Começou a jogar como avançado, mas transformou-se rapidamente num dos melhores médios da sua geração, chegando a representar a selecção por 17 vezes. Terminada a carreira de futebolista, passou a treinador dos juniores, sendo campeão europeu em 1961.
Algum tempo depois, entre Abril de 1974 e Dezembro de 1976, tornou-se técnico da formação principal, comandando a renovada equipa na fase de qualificação para o Euro de 76. Como técnico principal cumpriu uma trajectória de sucesso que o levou de regresso às Antas. Após périplo bem sucedido pelo Setúbal e pelo Boavista, sagrou-se finalmente campeão pelos dragões - 19 anos depois do último título azul e branco. Afastado por Américo de Sá (ex-dirigente do FC Porto), naquele que ficou conhecido como o Verão Quente de 1980, José Maria Pedroto retornaria pela terceira, e última vez, ao clube portuense pela mão de Jorge Nuno Pinto da Costa. Nesse período viu a equipa na final da Taça das Taças, em 1984, apesar de só ter orientado a formação azul e branca até aos quartos-de-final. Razão: a doença grave (cancro) que haveria de lhe causar a morte um ano mais tarde.
04/10/2011

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Uma faca de dois gumes

                               
O desemprego, é dilatador de tensões, veio para ficar.
Demorará anos até a taxa de desemprego, colocada acima dos (6,0%), retomar a trajectória descendente, até aos cómodos (3,0%) - (4,0%).
A degradação do nível de vida, com a inflação a marcar penalidades no poder de compra, com um histórico de baixos salários e aumento de impostos, retirará patamares de auto-estima dos portugueses. Para nós, da pior forma, com consequências socias imprevisíveis. Essa bomba relógio de uma potência de 70 mil emigrantes, com o desemprego a servir de detonador, poderá estourar na hora menos conveniente. A nossa economia, aceita-se ou não, é baseada em baixos salários. Este ambiente do desemprego - tristeza é uma faca de dois gumes. Mas também costuma a ser o saco onde são despejadas as amarguras da vida. Enfim, veremos o que acontecerá.
Nuno Costa, em 03/10/2011