segunda-feira, 11 de março de 2013

Um fenómeno de toque oriental

                          
                                                 AUGUSTO ROCHA
Nasceu à medida de um clube, da sua essência nobre e, não menos importante, da sua história.
Sem outras pretensões para lá de ser feliz jogando futebol, Augusto Rocha encontrou Académica o ninho de conforto para toda a vida. O seu talento encerrava o toque oriental exótico, porque seguia uma linha de raciocínio diferente da habitual para resolver determinadas situações de jogo, não obstante assentar nos argumentos universais dos grandes criadores: magia, instinto, drible, visão, velocidade e imaginação. Tornou-se um ídolo para os adeptos, uma referência de prestígio para o clube, um herói para os companheiros e um adversário temível para quem o defrontava.
A partir de determinada fase, Rocha passou a multiplicar por todo o campo a influência de um jogo sedutor, repentista e explosivo que o conduziu à galeria dos imortais do clube e do futebol português.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Mais 63 mil pessoas à procura de trabalho

                      
O agravaento do desemprego foi particularmente violento para as pessoas com ensino superior, o aumento foi de (27,4%), tendo atingido 20.769 licenciados.
Mas os maiores aumentos não ficaram por aí. Acorreram aos centros mais homens (+15,6%) do que mulheres (+8,3%), embora o género feminino continue a liderar entre os inscritos à procura de trabalho.
Os jovens com menos de 25 anos também foram mais penalizados (+14,8%) do que os adultos (+11,35%).
Foi igualmente maior o aumento do número de desempregados inscritos com (+19,2%) do que os da longa duração (+1,2%).
Nenhuma escapou à subida do desemprego, com acréscimos brutais nas regiões autónomas: nos Açores, a subida anual foi de (54,4%) e, na Madeira, de (21,5%). O Norte continuou a ser a região com maior número de inscritos, com 254.514  pessoas à procura de emprego, mas foi a que teve o aumento mais suave (+8,7%). Seguiu-se Lisboa e Vale do Tejo, com 182 mil inscritos, mas com um acrescimo anual de (13,3%).
Os centros de emprego de todo o país receberam 5.981 ofertas de emprego, menos (8,8%) em relação há 2 anos, e menos (10,9%). Mas o número total da oferta por satisfazer ficou nas 9.074, mesmo assim, menos (30%).
Nuno Costa, Lamego

quinta-feira, 7 de março de 2013

Gondomar tem as piores escolas da Região Norte

                     1.229 escolas portuguesas ganham prémio ambiental
Gondomar é o município com piores resultados da Região Norte, e não é só nas pautas de notas. Era ainda o município com menos taxa de cobertura de educação pré-escolar.
Apesar do problema vir a decrescer, o município continuava, ainda assim, com uma taxa muito baixa. A nacional era de (83,4%) e em Gondomar de apenas (55,7%).
Em termos de taxa bruta de escolarização, em todos os graus de ensino, continuava, com o mais baixo da região: dos (107,8%) no município, e relativos ao Ensino Básico, a taxa nacional era de (130,6%) e no Norte (131,8%). No caso do Secundário, a taxa local era de (109,8%), (146,7%) a nível nacional e (140,5%) no Norte.
Problemática é a taxa de desistência de alunos entre os 14 e os 16 anos, sendo a situação mais crítica é aos 14 anos, com uma diferença percentual negativa quando comparada com os níveis nacionais, de (13,6%).
Relativamente aos problemas formativos no concelho, verifica-se que mais de (50%) dos desempregados inscritos no Centro de Emprego têm habilitações até ao 2.º ciclo, havendo muitos adultos sem o 4.º ano de escolaridade.
Cerca de 6.350 pessoas em situação de desemprego têm habilitações literárias até ao 2.º ano e 474 não têm o 4.º ano. Dos 12.020 desempregados no início do mês, apenas 5.667 possuíam habilitações superiores ao 3.º ciclo.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 6 de março de 2013

Há mais de 2.500 nomes proibidos pelo registo civil

                    
Bela Deusa é um belo nome para atribuir à sua filha? Mas não é possível registá-la assim. A lista dos nomes proibidos do Instituto de Registos e Notariados não o admite. Não cumpre as regras legais. Há, neste momento, 2.500 nomes recusados.
Alcíone, Leite, Pitágora, Querida, Tchaina, Trebaruna ou Varusa são algumas das entradas na lista de recusados.
Os nomes têm que se adequar à tradição onomástica portuguesa. Sendo filho de pais estrangeiros, a criança pode ter um nome não português, desde que se prove que ele existe no país de origem dos pais.
Pais, ainda portugueses, mas praticantes de uma qualquer religião que não a católica, podem atribuir nomes dessa confissão, desde que provem praticá-la. Com o novo acordo ortográfico, vários desses problemas já não se porão.
Passando o alfabeto a incluir o Y, W e K, será possível chamar Kátia a uma rapariga, quando, até agora, só era permitido Cátia.
Salta à vista a quantidade de crianças com nomes que mais ninguém tem.
Welwitschi, Catchinué, Christiano, Habibata, Vivacio, Saionara, Eakmpreet, Ahmadou ou Dinamene são alguns. É fruto da imigração. Mas salta igualmente à vista os que persistem: Maria e Rodrigo acupam o topo da lista.
Nuno Costa, Lamego

terça-feira, 5 de março de 2013

Cortes levam o fecho de cursos no Superior

                 
Há instituições do ensino politécnico que estão a encerrar cursos devido aos cortes no financiamento.
É o corte de (8,5%) no financiamento das instituições que já está a afectar a qualidade do ensino: há politécnicos que estão a fechar mestrados e cursos de especialização tecnológica.
O problema, é diversas instituições que não renovaram os contratos com os professores convidados, que estavam a tempo parcial.
O peso da despesa pública nas instituições de ensino superior era de (96,5%), a par de países como a Dinamarca (99,4%), na Finlândia (97,8%), a Noruega (93,7%) ou a Áustria (96,1%). Era de (62,1%) - uma redução de (34,4%) que fez Portugal cair do topo para os últimos lugares da tabela europeia.
Nuno Costa, Lamego

segunda-feira, 4 de março de 2013

Famílias falidas para toda a vida se o juiz quiser

                  
É sinal da crise: há mais famílias do que empresas a abrir falência. Logo à partida, perdem a casa, mesmo que já tenham quase paga, ajudando a afundar mais ainda o mercado imobiliário.
Acontece que nem sempre o pedido é feito, que tem dado palestras por todo o país alertando os colegas para a obrigatoriedade de entregar o pedido mal o processo de insolvência dá entrada. E, ainda que seja feito, nada garante que o juiz aceite.
Uma vez na Relação, a maioria dos casos é decidida a favor do insolvente: 38 vão conseguir livrar-se das dívidas; mas 17 continuarão a dever tudo o que não pagarem.
A lei enumera as circunstâncias em que o juiz pode recusar o pedido, mas a realidade não é linear. Uma é a apresentação à insolvência demasiado tarde.
Mas a esperança de que possam endeitar a vida pode levar as pessoas a adiar a decisão que, para mais, irá mudar radicalmente a sua vida.
Terá que dar contas da sua vida financeira ao fiduciario indicado pelo tribunal para o acompanhar e, por norma, é o administrador que trata da fase inicial da insolvência.
Uma das consequência da venda automática da casa é a entrada no mercado de habitações, a preço de saldo, contribuindo para baixar o valor da imobiliário. Para mais, quando a pessoa deixe de pagar as prestações, é frequente o banco executar a hipoteca e tomar conta da casa.
Nuno Costa, Lamego

sexta-feira, 1 de março de 2013

Bailarino sem medo das alturas

               
                                                 BEN DAVID
Foi um fenómeno no futebol português, em primeiro lugar porque, sendo um jogador extraordinário, preferiu viver tranquilo na modéstia de uma arrebatadora carreira e aventura-se no que podia ser a glória em clubes com outras ambições. Ben David quando entrou na curva descendente de uma vida desportiva que prometia o céu.
Era um avançado completo, rápido, bem relacionado com a bola, objetivo, habilidoso e eficaz. O seu jogo aéreo era deslumbrante: a elegância de cada gesto dava-lhe a imagem de bailarino sem medo das alturas, que chegava mais alto e melhor do que os adversários.
Adquiriu então o estatuto de fenómeno e conquistou um lugar na Seleção. Um lugar só roubado pela fatalidade que lhe bateu à porta.
Uma luta desigual, porque a lesão foi muito mais forte do que a sua persistência. Aguentou 3 épocas a cair e a levantar-se, período ao fim do qual deu por vencido.