O risco de entrada em colapso de telecomunicações, sistemas de segurança científica da Terra é tomado a sério por governos, empresas e agências especiais. Não é para menos: basta um objecto com um a dez centímetros de diâmetro, dos muitos que andam perdidos a orbitar a Terra, para causar graves danos num satélite de comunicações e silenciálo. Tais corpos de pequenas dimensões, os mais difíceis de rastrear, podem atingir velocidades até 50 mil quilómetros por hora.
A reentrada na atmosfera já ocorreu com algumas peças em zonas pouco povoadas. Mas, por normal, tal como os meteoróides que atrevam a descer, a reentrada na atmosfera provoca a desintegração.
Isto envolve a procura de soluções logo na concepção dos satélites, num momento em que são já dez as potências com capacidade para os colocar em órbita e lançar outros veículos espaciais.
A disrupção que pode ser causada pelo embate de um corpo do tamanho de uma moeda num satélite teria impactos em tudo o que na nossa vida depende das comunicações por essa via, desde os transportes, à saúde, segurança, trabalho ou lazer.
Nuno Costa, em 28/11/2011