segunda-feira, 30 de abril de 2012

Mudam-se os tempos e mudam-se as vontades...

                  
É tempo de achar as certas alterações que passam diante dos nossos olhos são perfeitamente normais e ninguém vai a tempo de alterar o ritmo da vida dos cidadãos. Não é normal, não pode ser normal, num país como o nosso se tenha permitido a construção e a abertura de tantos centros comerciais.
Além disso, todas as câmaras municipais criaram facilidades de estacionamento, gratuito, e estrangularam o acesso aos principais centros das vilas e cidades e taxaram o estacionamento. Por força dessas alterações, os hábitos dos portugueses mudaram gradualmente, e agora ninguém vai ao comércio local. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.
Nuno Costa, em 30/04/2012

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Zonas de caça à beira da ruína

                
As zonas de caça enfrentam uma grave crise e muitas estão à beira da ruína. Numa época, o sector perdeu 30 milhões de euros em receitas. Nas reservas turísticas, compram-se cada vez menos caçadas, e nas associativas os sócios diminuem a olhos vistos. Os caçadores praticantes são menos 55 mil do que os necessários para manter a actividade economicamente viável.
A totalidade dos praticantes, apontam a crise económica e os entraves legais e burocráticos no acesso à actividade como as principais razões para o panorama pouco optimista.
A fileira da caça, se bem aproveitada, poderia render por ano, ao País, 500 milhões de euros. O negócio actual ronda os 310 milhões de euros.
Um novo praticante gasta, no início, entre 1000 e 4000 euros, dependendo da arma e do número de cães. Para caçar em zonas associativa, o caçador pode pagar mais de 1.200 euros.
Em Portugal, 287 mil caçadores, mas cada vez menos praticam. Nesta época, apenas 133 mil pagaram a licença que permite exercer a actividade, o número mais baixo.
Nuno Costa, 27/04/2012

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Caça movimenta milhões de euros

                  
O Estado não contabilizou ainda o valor económico da caça, apesar de as organizações de caçadores desejarem vê-lo quantificado.
O praticante pode gastar uma caixa de 25 cartuchos num dia de 6.35 euros.
Antes, já tiveram que pagar o seguro de 20 euros de licença nacional de 60 euros e 50 euros por mês ao longo do ano como sócio de uma zona de caça associativa. Se puderem optar por uma zona de caça turística, desembolsará em média 500 euros, com almoço e ajudante (mochileiro) incluídos. Se pagarem à peça e esta for grossa, o custo poderá ser de 250 euros ou 750 euros por um veado.
As perdizes ficam por 30 a 40 euros e o coelho a 20 euros.
Para fazer o gosto ao dedo, o praticante tem de ter pelo menos uma arma: em média, ela poderá custar 2.500 euros. Mas há algumas que podem chegar aos 100 mil euros.
Mas há outros custos: metade dos 143 mil praticantes tem cão, pelo menos um, e um atrelado para o transporte até 1000 euros. Depois, há o combustível, não só para o carro, como para o próprio caçador.
Nuno Costa, em 26/04/2012

terça-feira, 24 de abril de 2012

Brincar com os portugueses

                   
Quando se discutia a criação de um imposto especial sobre os titulares de rendimentos superiores, veio o presidente da República tentar desviar o foco da atenção para a necessidade de se reactivar o imposto sobre as sucessões e doações. Estranha-se porque no fundo o que o mesmo propõe é mais um imposto universal e perene. Mas afinal, como pode o senhor presidente chegar a tal conclusão?! Como pode ele excluir abinitio a participação dos herdeiros na criação da riqueza familiar? Afinal de contas, quem anda a brincar com os portugueses?! Já chega de pouca - vergonha, não?!
Nuno Costa, em 24/04/2012

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A situação dos mais desfavorecidos

                   
Desde a anuência de Portugal ao memorando da troika do novo Governo têm surgido uma série de medidas económicas e sociais que estão e irão agravar a vida dos mais desfavorecidos. Vejamos: as reformas estão congeladas, mesmo as reformas mínimas com valores abaixo do mínimo de subsistência; os medicamentos de doenças crónicas que eram comparticipados a (100%) deixaram de o ser; as isenções das taxas moderadoras deixarão brevemente de o ser; em muitos casos, situações de extrema carência, fome, falta de alojamento estão a ser minoradas por instituições de solidariedade social privadas e cooperativas e não por organismo da Segurança Social que teriam estas obrigações...
Nuno Costa, em 23/04/2012

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Mais militares no desemprego

                    
Mais de duas centenas de militares contratados na Força Aérea estão em vias de serem despedidos. A não renovação dos contratos está integrada na redução do efectivo das Forças Armadas, que obrigou o Exército a dispensar cerca de 2 mil efectivos e a Marinha e a Força Aérea quase 500 cada.
Os 213 militares da Força Aérea, praças e oficiais, requerem a renovação do contrato.
Os militares sentem-se defraudados e alvo de um verdadeiro despedimento, uma vez, que cumprirão apenas um mês do último ano de contrato.
Nuno Costa, em 20/04/2012

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Bloqueio

                       
Os maus exemplos estão aí, por toda a parte, a provar que o barco está à deriva, qualquer dia, ninguém o consegue conduzir. Veja-se o que tem passado com os cortes salariais no setor público.
E quando tal acontece, está aberto o caminho para a desobediência civil, um risco que já esteve mais longe de se concretizar.
A menor brecha, o navio afunda-se, com consequências dramáticas para o futuro dos portugueses.
O País está em suspenso, paralisado na trágica constatação de que já não depende de si próprio.
Nuno Costa, em 19/04/2012

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Comércio está em grave crise

                       
O desemprego no sector do comércio ultrapassa já as 100 mil pessoas e encontra-se acima da média nacional. O problema tem-se vindo a acentuar de tal forma que se assiste por dia ao fecho de cerca de 100 empresas.
O encerramento de empresas em Portugal.
Precisamente no mesmo período em que desapareceram 1.250 lojas, 720 imobiliárias e 423 restaurantes.
O aumento do peso e do poder negocial da grande distribuição - que representa (25%) do volume de negócios e (19%) do emprego de toda a atividade comercial em Portugal - afeta a economia no seu conjunto e tem vindo a destruir parte significativa do tecido produtivo nacional, em especial nas pequenas e médias empresas e em sectores como a agricultura e indústria.
As famílias portuguesas consomem cada vez menos, e essa é uma das principais causas da contração da economia portuguesa.
Nuno Costa, em 18/04/2012

terça-feira, 17 de abril de 2012

Estradas da morte

                    
A sinistralidade não para de aumentar nas nossas estradas portuguesas, os acidentes acontecem sempre na mesma configuração pelos condutores, pelos números dos acidentes, mortes e feridos que nos são divulgados pela Polícia não cumprem o código da estrada.
O execesso de velocidade e o álcool, as ultrapassagens mal executadas, são sempre as causas de todos estes acidentes. Reflectindo, os avisos das autoridades para o cuidado na condução parece ter caído em saco roto, assim, e é de lamentar, não há férias seguras.
Nuno Costa, em 17/04/2012

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Festas do povo para esquecer as desgraças

                   
O povo precisa das festas, folis e tradições que estão a decorrer em Portugal para esquecer a realidade de uma crise que tem destruído a tranquilidade de muitas famílias. É contagiante a participação e o emvolvimento nas festas populares que sempre foram uma realidade, mas nos nossoa dias gerou-se um elo de ligação tornando-as mais aceites em todas as classes sociais.
As festas e romarias são o antítodo perfeito para a dureza do dia-a-dia que afecta negativamente o quotidiano, ficando a troika esquecida juntamente com as medidas de austeridade graves que prejudicam o pobre trabalhador e o português de classe média.
Nuno Costa, em 16/04/2012

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Famílias à rasca com o consumo

                   
As cobranças duvidosas aumentaram para (3,05%) do total dos empréstimos.
Os portugueses estão cada vez com mais dificuldades em pagar o que pediram emprestado à banca.
São já mais de 660 mil famílias em incumprimento, sendo que a maioria vê-se nessa situação devido ao crédito ao consumo, em que as taxas cobradas são superiores. O total do empréstimos consideramos os créditos malparados ao consumo era de 1,356 mil milhões de euros.
O que significa que os portugueses estão a fazer de tudo para continuar a pagar as prestações da casa, deixando em falta os outros empréstimos.
Nuno Costa, em 13/04/2012

quinta-feira, 12 de abril de 2012

A contaminação

               
Parece o começo de um conto: tudo ia bem, e, de repente, vem uma série de acidentes e desgraças... Os escândalos, os tumultos, os rumores sobre as falcatruas e injustiças que choveram sobre a sociedade e a política portuguesas.
Pela primeira vez desde que é Governo, a equipa do primeiro-ministro que deixou de controlar a agenda política; mais: porque os factos marcantes são artificiais e naturais, imprevisíveis, aparentemente caóticos, - criaram-se um clima político, em detrimento da imagem do Governo.
Ideia inteiramente irracional, quando um meio se forma, e torna propício o alastrar dos rumores e suspeitas: as vítimas tornam-se agentes, todos são salpicados e manchados. Ora, antes de este pequeno caos político se esboçar.
Curiosamente, a desconexão entre os acontecimentos que desestabilizaram o clima político do primeiro-ministro, não só atingindo a pessoa moral do primeiro-ministro, mas o poder que tomou das decisões injustas que beneficiaram uns e outros.
Nuno Costa, em 12/04/2012

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Erro de 1 milhão nos utentes sem médico

                                
Em primeiro lugar, há mais 11,4 milhões de utentes inscritos, quando a população residente no Continente é pouco mais de 10 milhões. Em segundo lugar, o número de inscritos com médico atribuído ou sem médico por opção própria era de 9.517.837 de utentes.
Ora, se considerarmos que a população residente é de 10.041.813 pessoas, conclui-se que afinal há 523.976 sem médico de família.
Isto acontece porque há um número elevado de pessoas que já morreram e continuam inscritas ou estão inscritas em duplicado.
A primeira limpeza reduziu-o em (25%), expurgando os duplicados mais óbvios. Outros estão assinalados como prováveis, mas compete aos centros de saúde corrigir manualmente as situações, havendo muitos casos por resolver.
As taxas de utilização global de consultas médicas, com valores acima dos (65%).
Nuno Costa, em 11/04/2012

terça-feira, 10 de abril de 2012

Doentes da crise

             
O efeito multiplicador que a crise tem nas doenças mentais.
Abstraindo-nos do facto de sermos humanos e termos necessidades de ser felizes, há também um efeito que as mentes mais economicistas deviam ponderar. Quem está doente, quem se sente mal, nunca produzirá o que poderia produzir em condições normais.
A crise é doentia e da doença que possam tirar grandes vantagens. Seres humanos saudáveis e felizes são seres humanos mais produtivos.
Dois e dois são quatro por muito que os arautos da economia insistam que são cinco.
Nuno Costa, em 10/04/2012

segunda-feira, 9 de abril de 2012

(30%) sofrem com ouvidos tapados

                              
A disfunção crónica da trompa de Eustáquio, que se caracteriza pela sensação de ouvido tapado, atinge (30%) da população, a maioria são as crianças. Quando a obstrução se torna persistente, podem-se desenvolver complicações, como otites, perda de audição e, no caso mais grave, meningites.
Quando está obstruída, o ar não passa, provocando sintomas como autofonia, sensação de ouvido tapado e zumbido. Numa fase posterior, pode levar a inflamações e infecções crónicas do ouvido.
A disfunção é mais frequente em crianças, onde está associada à hipertrofia de adenóides com acumulação de líquido no ouvido médio, nos mergulhadores e nos profissionais de aviação, porque lidam com as mudanças de pressão.
Actualmente é possível tratar a causa do problema através de uma cirurgia.
Nuno Costa, em 09/04/2012

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Esquizofrenia

                  
Podia ser da crise mas não é. Este mal bipolar que atinge muitos adeptos do futebol, doentes que vivem entre o desespero e a euforia, é mesmo próprio da natureza dos portugueses.
Se a equipa de um clube que luta com dificuldades económicas, e tenta fugir da zona de despromoção, consegue derrotar os leões e reduzir a pó as suas ténues aspirações.
Mas derrotados, logo novas alterações no contacto com a realidade se consumaram, numa esquizofrenia que esquece ser a tarefa.
Técnicos e jogadores não se deixarão envolver nesse delírio, que poderia, ele sim, redundar em catástrofe. Se mantiver a atitude e a determinação, a capacidade de sacrifício e a concentração que exibiu. Mas vai ser preciso correr, lutar e sofrer muito e sem quebrar.
05/04/2012

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Hospitais com falta de material clínico

                         Bastonários dos médicos e enfermeiros denunciam falta de material clínico
Relatos de falta de material clínico básico no hospitais, como luvas, compressas ou saringas.
O que gera um círculo vicioso, no sentido em que estes deixam de poder pagar aos fornecedores, por sua vez, perdem crédito junto dos bancos.
Neste momento já há fornecedores a ameaçar cortar no fornecumento de material às unidades de saúde ou exigem o dinheiro no momento da compra.
As dificuldades nas unidades de saúde enfrentam uma grave crise financeira, podem pôr em causa os salários dos trabalhadores.
No total, deve cerca de 3 mil milhões de euros a fornecedores.
Estão a ser feitos levantamentos de todas as dívidas para ser elaborado um plano de pagamento.
Nuno Costa, em 04/04/2012

terça-feira, 3 de abril de 2012

Centros sem saúde

                    Centros de Saúde poderiam poupar 900 milhões de euros
Temos centros de saúde sem médicos, sem meios de diagnóstico, sem capacidades de rastreiros do cancro, sem nada.
Os doentes são deixados ao abandono, dependentes do acaso e entregues a si próprio. Na maior parte dos casos, são os doentes de parcos recursos, idosos, que vivem sozinhos, sem a informação necessária para contornar as dificuldades adicionais que os próprios serviços públicos que lhes colocam. São as pessoas e os rostos que os burocratas da Saúde tratam como números.
Nuno Costa, em 03/04/2012

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Um novo imposto

                      
Já não há mais formas de sacar dinheiro aos portugueses para tirar as contas públicas do abismo. Se não quer cortar na despesa, só vejo duas hipóteses: ou puxamos pela cabeça e inventamos novos impostos ou damos uma coça a sério nos gajos da troika e das agências de rating para não nos chatearem mais.
Como certamente saberão, somos um país de brandos costumes, apesar de podermos contar com outros do género, estamos reduzidos à primeira hipótese. Inventemos então um novo imposto.
Um imposto sobre o ar que respira é uma tentação, mas é difícil saber quanto cada um consome o oxigénio sem recorrer a equipamento sofisticado. Era mais simples criar um imposto sobre peões. Sim, é justo, porque todos desgastamos o chão, ainda que não com a mesma intensidade.
Quem calça um 44 ou um 46 pagaria mais imposto de quem calça um 38 ou um 40. O Fisco só teria de ver o calçado de cada um para aplicar a respectiva taxa. E quem usasse os sapatos do tamanho inferior ao pé pagaria uma pesada coima. Além as despesas no ortopedista.
Nuno Costa, em 02/04/2012