Já não há mais formas de sacar dinheiro aos portugueses para tirar as contas públicas do abismo. Se não quer cortar na despesa, só vejo duas hipóteses: ou puxamos pela cabeça e inventamos novos impostos ou damos uma coça a sério nos gajos da troika e das agências de rating para não nos chatearem mais.
Como certamente saberão, somos um país de brandos costumes, apesar de podermos contar com outros do género, estamos reduzidos à primeira hipótese. Inventemos então um novo imposto.
Um imposto sobre o ar que respira é uma tentação, mas é difícil saber quanto cada um consome o oxigénio sem recorrer a equipamento sofisticado. Era mais simples criar um imposto sobre peões. Sim, é justo, porque todos desgastamos o chão, ainda que não com a mesma intensidade.
Quem calça um 44 ou um 46 pagaria mais imposto de quem calça um 38 ou um 40. O Fisco só teria de ver o calçado de cada um para aplicar a respectiva taxa. E quem usasse os sapatos do tamanho inferior ao pé pagaria uma pesada coima. Além as despesas no ortopedista.
Nuno Costa, em 02/04/2012
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