Passear pela zona comercial, em dia de grande consumo, pode tornar-se um exercício deprimente. Rostos taciturnos, olhares vagos, lojas meio vazias com gente a espreitar as montras sem entrar.
Formigas em desordem, sem carga às costas para levar para casa.
Há quem se queixe da falta de luzes, quem denuncie a ausência de animação... Umas coisas e outras não põem dinheiro nos bolsos das pessoas, mas talvez ajudassem a tirar dos rostos o negrume da incerteza. Seja como for, outras iniciativas foram feitas, para aproximar os consumidores do comércio tradicional, mas o êxito é pouco.
Em Portugal, há uma quebra de (5,4%) nas vendas a retalho, que é de (0,3%).
A tonalidade sombria, nestes dias que esperavam de luz, torna ainda mais intenso o temor que se lê em cada transeunte. Desemprego que cresce, empregos precários, notícias alarmistas, assim são os traços que, nestes dias que esperavam de festa, modificam os rostos das pessoas.
Nuno Costa, Lamego
Sem comentários:
Enviar um comentário