Haverá sempre pensões milionárias, tanto entre os funcionários públicos quanto entre os trabalhadores da privada.
Mas as pensões de reforma por velhice em Portugal, são mais baixas de 367 euros.
Ou seja, é inferior ao salário minimo nacional de 485 euros brutos e está abaixo do limiar da pobreza, a rondar os 415 euros mensais.
A média nacional esconde, profundas diparidades regionais e de género. Uma mulher ganha de reforma, sistematicamente, menos do que um homem que viva no mesmo distrito.
Comparando com um homem de Lisboa a uma reformada a viver em Bragança ou em Viana do Castelo, a diferença dispara: ela leva para casa pouco mais de um terço da reforma dele.
Pelo contrário, na disparidade entre géneros, quanto maior a pensão média, maior é a disparidade.
Em Bragança, uma mulher ganha (88%) da pensão de um homem; mas em Lisboa as pensões das reformadas são menos de metade do que os reformados.
É certo que, as pensões mais altas também têm de fazer face a despesas maiores, com habitação e transportes.
E também é certo que, nos meios rurais, os laços de vizinhança são maiores é mais fácil cultivar um quinhão de terra, mas a dificuldade com que estas pessoas conseguem viver assim.
Some-se os medicamentos que a larga maioria dos idosos tem de comprar, para não exagerar, mais uns 30 euros. No caso da reformada média de Bragança, sobram 130 euros para tudo o resto.
Nuno Costa, Lamego
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