sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Renegociação com a troika

                 
Com juros de (3%) contra os (5%) a pagar pelo povo português. Entende que renegociar um contrato o põe numa posição de pedinte, de chapéu na mão a solicitar que baixem uns míseros (2%) nos juros a pagar pelos esbanjadores que gastaram mais do que deviam.
Esquece o primeiro-ministro quem gastou mais do que devia foi a classe política, os governos de Portugal e não os trabalhadores e pensionistas que se limitaram a gastar o pouco que ganharam honradamente no trabalho, mas afinal irão ser estes a pagar aos financiadores usurpadores e não os governantes porque a crise para eles passa ao lado.
Nuno Costa, Lamego

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

País e pais agradecem

                
O drama de um jovem desempregado é necessariamente diferente do drama de um pai ou de uma mãe de família desempregados.
Um jovem sem emprego, tenha curso superior ou não tenha, é um jovem com a vida em suspenso, em stand-by, num limbo que o impede de avançar mas também de recuar. É muito futuro adiado para um País que precisa de um futuro como de pão para a boca. Os pais e o País suportam com dificuldades o custo de um jovem em casa sem trabalho. É por isso que todas as iniciativas que criem emprego e oportunidades profissionais para os jovens são sempre bons impulsos. Bons para os jovens, bons para as empresas que os acolhem, bons para o País. Há quem argumente que esses empregos são mal pagos, que exploram os jovens e que promovem a precariedade. Mas, à falta de soluções ideais, haja soluções possíveis. Porque precário mesmo é um jovem sem emprego.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Os portugueses correm para a saída

              
Há uma coisa que deve ser dita: procurar uma corrida aos bancos não é um ato criminoso. É por isso que é importante separar o trigo do joio: lançar uma corrida aos bancos não é um crime, mas juntar-se a esta corrida para defender as poupanças não é uma coisa de histéricos. Em Portugal, temos assistido ao movimento contrário. Os depósitos das famílias até têm vindo a aumentar (0,6%), embora as empresas estejam a fazer o contrário (-5,8%).
Até nisto a moeda única foi mal pensada.
Nuno Costa, Lamego 

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Ver-se grego e andar às aranhas

                          
Cada vez mais, os dizeres do Povo vão de encontro à razão.
Assim, a Europa e o Mundo vão encontrando muitas dificuldades para segurarem de pé.
Saraivadas daqui ciclones dali, tudo abana e haverá um tremer constante.
Nota-se perfeitamente que os Comandantes dos vários Pelotões de gente séria para alguns que não saberão sair das encruzilhadas onde nos meteram. Reúnem-se, nos mais diversos cantos do Mundo, dizem sempre o mesmo e aquilo que toda a gente já sabe. Será preciso produzir mais, exportar mais e importar menos.
O máximo que poderia acontecer, por este ou aquele motivo, não houvesse crescimento de riqueza nacional.
Escondem-nos muitas verdades para não serem, merecidamente, mal tratados e bem insultados.
Isso não será difícil, pois já estaremos a ver-nos gregos nas mais diversas formas de vida.
Os Países do Velho Continente parecerão um vasto aranhal, onde todos, todos os dias e por culpa de alguns, andamos às aranhas.
Talvez seja para as libertar as teias com que se prenderam, isolaram ou se alimentaram.
Na vida política, também encontraremos redes e teias que nos afastarão da participação na vida coletiva.
A quem tanto, por maldade ou por ignorância, nos desagrada, dará vontade, no mais curto espaço de tempo, manda-los irem pantear macacos ou darem banho ao cão.
Diminuíram-se os tamanhos dos bifes, as quantidades de sardinhas e pronto.
Os que não morressem, poderiam dizer que eram muitos fortes, pois escaparam ao vendaval de quem não saberá tapar as correntes de ar.
Nuno Costa, Lamego   

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Falhas no resgate

               
A euforia do resgate dos 100 mil milhões à Banca foi sol de pouca dura. O principal índice bolsista começou a sessão a subir mais de (5%) e acabou por perder (0,54%). Costuma dizer-se que o diabo está nos pormenores que tramam este resgate suave. A linha de crédito aumentou a dívida pública porque o destinatário do dinheiro é a Banca, mas o devedor perante a Europa é o Reino e os seus contribuintes. A economia europeia afunda-se, o desemprego dispara, os bancos têm problemas, os governos apressam-se a acudir, mas só resgatam os bancos, não os desempregados.
Nuno Costa, Lamego

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Emancipação do povo

               
Povo é a população mais pobre do país e quantos mais pobres, mais povo. Para que chegue à democracia popular é necessário muito povo, como está a acontecer, é preciso que a democracia volte ao lugar onde ela nasceu. Se é por isso que Passos Coelho e Cavaco Silva querem o empobrecimento do país, um aumenta mais a austeridade e outro nem tem dinheiro para as despesas, ficaram asfixiados e encurralados.
Pobreza não é sinónimo de incultura e o povo terá um dia a cultura suficiente para chegar à emancipação. A continuar assim, a luta de classeseles dizem que é um mito, aparece, cada vez mais, como uma realidade inexorável. A classe média, a caminho para a extinção, será integrada no povo e com a cultura que possui.
A pobreza é a única razão da riquezae esta sem ela não subsiste, ao contrário da pobreza que a riqueza cria. Seguindo este conceito, temos assim duas democracias: a dos ricos e a dos pobres. Só devido à manipulação, falsas promessas e um sistema económico ignóbil é que os pobres têm elegido sempre os ricos para governar.
Nuno Costa, Lamego

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Turismo à beira da falência

                  
Os turismos portugueses estão afundadas em dúvidas e à beira do colapso financeiro. Muitas perderam créditos junto aos fornecedores, a quem devem largas centenas de milhares de euros.
Algumas dessas entidades nem dinheiro têm para pagar as despesas de representação, ajudas de custo e senhas de presença dos dirigentes.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Crise atinge melhores praias do País

              
As praias com melhores qualidades e concessionários com dificuldades em contratar nadadores-salvadores e em garantir financeiramente os serviços de apoio.
A quebra de clientes e a subida do IVA deixaram muitos concessionários aflitos para se manterem à tona.
Além disso, muitos concessionários ainda não conseguiram contratar os necessários nadadores-salvadores, que fixa 3 por praia.
Nuno Costa, Lamego

terça-feira, 20 de agosto de 2013

A trave mestra de uma geração

             
                                                 FERNANDO COUTO
No seu perfil de lutador houve um gene competitivo que o caracterizou, como se cada despique envolvesse questões de honra pessoal que ele interpretava como ofensa à bandeira que defendia - cada lance que disputava era como se fosse o último e dele dependesse a felicidade dos seus pares. Para Fernando Couto o futebol sempre foi valioso de mais para ser encarado com leveza, razão pela qual o viveu no limite de coragem, compromisso, risco e dedicação. Com ou sem exageros, acedeu à lenda como guerreiro infalível, símbolo de uma era e jogador mais fiável do seu tempo. Em boa verdade, mesmo sem ter sido o mais brilhante, foi ele a trave mestra da geração de ouro.
Porque atribuiu à camisola da Seleção a força representativa de um povo e sentiu-a como parte fundamental dos princípios que lhe moldaram o caráter, Fernando Couto interpretou com a perfeição cada passo vivido com as quinas ao peito.
No cálcio impôs-se com o seu estilo vigoroso e aproveitou para aperfeiçoar os fundamentos táticos da função

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Pais podem perder apoios por faltas dos filhos

                 
As famílias de alunos que ultrapassem o limite de faltas podem vir a perder apoios sociais, como os manuais escolares.
Assim como o chumbo por faltas injustificadas, que poderá levar à exclusão da frequência. A falta de pontualidade e de material é equiparada à de presença.
Nuno Costa, Lamego

sábado, 17 de agosto de 2013

Dignidade, precisa-se!

               
É normal, numa democracia de um País civilizado, o detentor de um cargo pública, à mais pequena suspeita de qualquer irregularidade, se demita. Esta teimosia, este apego aos lugares dos políticos, vem demonstrar que esta política é incivilizada, grotesca, malevolente. Não têm um laivo, um resquício de dignidade. E mais uma vez o povo, impotente, vão assistir ao espetáculo degradante, invariavelmente, pela nossa pobre justiça para que os casos como este fiquem impunes e julguem só os pilha-galinhas.
A classe políticainfelizmente, já há muito tempo vem perdendo toda a credibilidade, encontra-se num autêntico lodaçal não fazendo nada para reabilitar-se. Sr. ministro, se ainda lhe resta pouca de dignidade, demita-se! Senão, por este andar, deixará de ser uma utopia.
Nuno Costa, Lamego  

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A fogueira grega

                
Os gregos entraram na moeda única à custa de contabilidade criativa. A derrapagem levou a um doloroso pacote de austeridade imposto pela troika, que traduziu no empobrecimento e do desemprego. Os gregos querem continuar no euro, mas votam contra a austeridade. O futuro da zona euro e até da União Europeia podem depender do que os helénicos decidirem.
Uma saída caótica do euro pode ter um efeito sísmico, sendo Portugal a primeira vítima. Com tanta coisa em jogo é preciso ter muito cuidado. Infelizmente, o chefe do FMI, ao mandar os helénicos pagar os impostos, só atirou mais gasolina para a fogueira.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Vem aí sardinha cara e congelada

                 
A sardinha assada quer-se gorda, barata e no pão.
A que vamos comer, nos arreais e festas, será congelada e cara.
O tempo seco que tem prejudicado os agricultores, também afeta as pescas.
A variação do preço médio do quilo da sardinha nas lotas do continente pode chegar a euro 1,95 de diferença.
A sardinha em Portimão é a mais cara de todas euros 2,45, seguindo-se aquela que é pescada em Sines euro 1,11 e em Setúbal euro 1,02.
Esta situação deve-se ao fraco aproveitamento da desova dos peixes e não à pesca excessiva.
Nuno Costa, Lamego

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Ele levou a bola da rua ate ao céu

                  
                                                          NANI
Se o futebol é engano, então o futebol é Nani, o talento na mente com o corpo todo o tempo apetrechou para acrescentar à presunção de que podia resolver tudo sozinho. O seu padrão criativo passou a integrar eficácia na zona de definição, golo nos lances de bola parada e abertura de espírito para transformar outros em heróis. Apesar de ter agregado altruísmo ao seu jogo maravilhoso, nunca desfez a ilusão que traz da infância difícil; o propósito obsessivo de deslumbrar o Mundo, na qualidade de homem para quem o mimo vale tanto como o outro.
Príncipe na corte do rei Cristiano, dele poderá dizer que está apenas um degrau abaixo do altar onde vivem os deuses maiores do futebol - CR7 e Messi. A partir de agora só precisa de não tirar o pé do acelerador e manter viva a motivação; de United e Seleção lhe deem títulos e evidência para poder, um dia, concluir a parte do sonho maior que ainda está por concretizar.
Foi automático a sensação de deslumbramento que causou.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Custos do flagelo

                
A austeridade coloca o País como campeão da destruição de emprego. Há um efeito devastador nos sectores que tradicionalmente são os maiores geradores de emprego na construção, comércio e restaurantes. O flagelo significa um rude golpe para a Segurança Social, obrigada a pagar mais subsídios com menos receitas. Em causa estão não só as contas a custo prazo.
É o dinheiro para as reformas do futuro que está em risco.
Nuno Costa, Lamego

domingo, 11 de agosto de 2013

Os ursos e as cegueiras

                         passos coelho vitor gaspar carlos moedas paulo portas alvaro santos pereira pedro mota soares portugal end
A austeridade não pode ser o único remédio para a herança pesada que foi deixada por vários Governos. A angústia de tanta gente lançada para os braços do desemprego e a desesperança de milhares jovens chocam qualquer alma empedernida. É, de facto, altura de reconhecer que alguma correção de rota precisa acontecer, mesmo que o objetivo do combate ao défice não abrande, tornando-se visível a necessidade de cultivar consensos que evitem acrescentar uma crise política à disrupção económica e ao drama social a que o País assiste. É por estas e por outras que a História nos lembra os inúmeros casos que comprovam que o poder não se ganha: perde-se. Já não era sem tempo, num País desamparado, com indígenas a acotovelarem-se à beira do pânico que os ventos por cá empurram.
Nuno Costa, Lamego

sábado, 10 de agosto de 2013

Banca volta aos lucros mas aumentam riscos de incumprimento

              
Têm sido tempos complicados para a banca nacional.
Assim como o rácio de crédito em risco, como consequência do aumento do nível de incumprimento de empresas e famílias.
Não é novidade para ninguém que o crédito está cada vez mais caro e cada vez mais escasso.
As baixas taxas de juro de custo prazo, o aumento do custo dos depósitos e a redução da carteira de crédito pressionaram fortemente as margens financeiras da generalidade dos bancos.
Nuno Costa, Lamego

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Onde pára o ministro?

                   
O desemprego está a matar o País com uma taxa real de (21%). O flagelo atinge 1 milhão e 224 mil pessoas, entre as quais 115 mil licenciados. A catástrofe social cresce a cada dia, o que só vem a aumentar o desemprego e não a dinamizar a economia. Com menos férias e menos pontes, liquidando o pouco que resta da restauração e hotelaria. No meio deste desastre onde pára o ministro da Economia? E que respostas tem o Governo que não sejam as habituais palavreado ridículo?
Nuno Costa, Lamego

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Consumidos

              
Há aves abutres sempre atentas a restos de carne abandonada, que lhes possam sociar instintos famintos, já a gente sabia!
Agora, ter de conviver com empresas, contituídas por gente que se comporta como abutres à caça de consumidores indefesos, revolta os espíritos mais pacíficos!
Quem se habituou a dar uma conta bancária a essas empresas para que, se possam fazer pagar pelos serviços prestados, se não andar de olhos abertos, paga o que consumiu e o que não consumiu, pagará a mesma despesa mais de uma vez! O saque está a manchar a ética nos negócios que tais empresas deveriam cumpreir. Pior: em tribunal, atentados aos consumidores, mesmo com provas irrefutáveis, muito dificilmente chegam a julgamento! Para o próprio Estado, o cartão de contribuinte tem-se sobreposto ao cartão de cidadão!
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O espírito ganhador do bicho insaciável

               
                                                          JORGE COSTA
Não era herdeiro dos defesas imortais, existindo para travar os outros, ascendem à lenda pela subtileza no desempenho dessa tarefa e pelo talento com que lhe acrescentam o perfume da criatividade. Sem magia individual e vergado ao peso nocivo de algumas intervenções nem sempre despojadas de agressividade, Jorge Costa impôs-se pela carga emotiva com que passou pelos relvados; por conhecer o peso da camisola e o seu significado desportivo e social; por alimentar uma ilusão feita de glória com o dragão ao peito, não pela via de manifestações avulsas mas pela presença constante num dos mais extraordinários ciclos do FC Porto.
Jorge Costa foi um central seguro, intuitivo e inteligente; que tomava sempre as decisões corretas em fases de desarrumação coletiva; com posição e tempo de entrada aos lances.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Asfixia dos impostos

               
Por cada euro gerado em Portugal, 39 cêntimos são arrecadados pelo Fisco. A pressão é superior à média dos países mais ricos do mundo. E a agravar a injustiça, são os casais de classe média com filhos os mais penalizados. Já estamos no patamar da opressão fiscal, do confisco. A mão pesada dos impostos é em todos os produtos, mas no caso dos combustíveis já chegaram a patamares pornográficos. O petróleo está caro, há abusos no mercado, mas os impostos representam mais de metade da factura.
Infelizmente, mesmo com esta gula, o Estado continua em ruptura financeira e ameaça asfixiar ainda mais os contribuintes.
Nuno Costa, Lamego

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Estradas da morte

               
A política dos números que pratica não é minimamente sensível à morte das pessoas, sejam novas ou velhas. Vão fazendo de conta que reivindicam, tudo treta. Quando as pessoas eleitas pelo povo não se preocupam com o seu bem-estar só têm um caminho, a demissão. Não brinquem com a realidade, têm em cada passagem para peões uma armadilha mortal, cada ultrapassagem é um risco enorme, cada mudança de direção é ato de coragem. Senhores do poder tenham vergonha de serem responsáveis por tanta morte e tomem uma atitude digna, demitam-se.
Nuno Costa, Lamego

sábado, 3 de agosto de 2013

A Pátria em risco?

                    
O submarino de 500 milhões de euros navega pouco, porque não há dinheiro para o combustível. A necessidade de poupança estende-se à Força Aérea e ao Exército: os caças F-16 descolam de vez em quando e os blindados Pandur estão quase parados. A modernização dos F-16 e o programa da contrução dos Pandur custou-nos, por junto, 1,8 milhões de euros. O País já então era pobre. Mas o interesse nacional obrigou os sucessivos Governos a gastarem o que não tinham. O que leva agora é parar tudo, prova de que a defesa da Pátria dispensa os submarinos, caças e blindados.
Nuno Costa, Lamego

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Fantasias liberais

            
Não é crime ser um liberal. Crime é ser um liberal às pinguinhas.
A nova lei laboral, que este governo teve a sensatez de cozinhar, para congelar o mercado de trabalho. Destruir emprego sem a oportunidade de criar um contra-senso econômico e um desastre social. Em teoria, perder o posto de trabalho não devia ser um drama; antes a decorrência natural de uma economia competitiva e aberta. Infelizmente, não é esse o país que existe lá fora: aprisionados a uma moeda ruinosa e incapazes de garantir um mínimo de competitividade fiscal para a economia, o que temos é uma recessão sem fim onde perder o emprego é uma espécie de sentença de morte.
As fantasias liberais do primeiro-ministro não existem no país que ele governa.
Nuno Costa, Lamego

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Quer crescimento ou prefere austeridade?

                
Diga-me uma coisa, caro primeiro-ministro: prefere comer bem ou passar fome? Prefere receber um aumento de ordenado ou um corte no subsídio de Natal? Prefere comprar uma casa nova ou ir viver para debaixo da ponte? Prefere ganhar músculo ou lhe cortem uma perna? Prefere um beijinho na boca ou um murro nos dentes? Se estas perguntas lhe parecem um bocado parvas, deixe-me então fazer-lhe uma outra, com igual nível de sofisticação: prefere crescimento ou austeridade?
O primeiro passo para termos uma sociedade melhor e mais justa, ou para ao menos aprendermos alguma coisa com esta crise desgraçada, é pedir aos políticos que nos governam, e aos políticos que se opõem aos que nos governam, para não se comportarem no espaço público como se todos fôssemos atrasados mentais.
Os portugueses não são estúpidos.
E por isso sabem que nenhum político sério pode colocar de um lado a austeridade e do outro lado o crescimento. Não são nem antônimos, nem alternativas. E quem disser o contrário é uma de três coisas: ignorante, senil ou mentiroso.
Nuno Costa, Lamego