quinta-feira, 19 de junho de 2014

Portugal de pesadelo

                 
Se ainda é permitido fazer algum humor, poderíamos dizer que o Mundo bem podia ter acabado porque não iríamos sentir a falta dela. A verdade, é que estamos cansados desta crise, das constantes más notícias, das inúmeras dificuldades.
Atravessamos uma imensa ressaca de sucessivas festas e não vemos quando e como pode acabar.
Como se sabe, as crises económicas geram as crises sociais e estas crises políticas.
O que está a acontecer era esperado. Ainda assim, é profundamente dececionante.
A ganancia, a mesquinhez, a arrogância, a cupidez e a intolerância reforçaram-se muito. A miséria e a desesperança dos outros servem para o arremesso político, debate-se a caridade e a solidariedade, como se a falta de pão fosse decisivo saber o nome de quê ou de quem mata a fome.
O Governo é errante, sem sorte, sem estratégia, sem liderança nem chama.
Só invejam os que têm idade, coragem e meios para emigrar. Será preciso uma grande volta para regressar à esperança de Portugal malfadado.
O que aí vem possa ser ainda pior, é um pesadelo.
Nuno Costa, Lamego

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