O mundo ainda não mudou, mas José Sócrates continua na mesma igual. Se não fosse a crise internacional, Portugal continuaria a gastar alegremente o que não tem, para os socialismo indígena.
Tudo o que José Sócrates fez uma reacção de maldades dos outros e aos aborrecimentos que nos vêm do exterior. Ele e nós somos umas vítimas da gente má e invejosa do nosso estilo de vida, produzir mais e gastar menos.
É com este quadro mental que José Sócrates chega sempre atrasado à realidade. Chegou atrasado à crise internacional, quando ela já era uma evidência.
Esconde a realidade, mas passa o tempo a tropeçar nela. Comporta-se como um ilusionista, cujo único objectivo é maravilhar o auditório com o seu próprio desempenho pessoal.
Neste mundo maravilhoso de José Sócrates é possível de afirmar que Portugal não será campeão do crescimento na Europa e a tomar as piores medidas de auteridade da democracia portuguesa, anunciar obras agora e adiá-las no dia seguinte, negar o aumento dos impostos e aumentá-los duas vezes no espaço de semanas, falar da diminuição da despesa mas nada fazer para a concretizar a sério e de forma sustentada.
O mundo de José Sócrates está transformada num labirinto nunca mais sair de lá.
Um labirinto de retórica, de realidade virtual, de mentiras e de contradições. Um labirinto que ele próprio construiu como defesa e escape das responsabilidades que lhe cabem na situação a que o país chegou. Um labirinto de que já não consegue sair, como a evidência dos factos que está a mostrar.
O problema é que o labirinto de José Sócrates é também o nosso. Estamos prisioneiros da ilusão. A realidade está lá fora e é mesmo assustadora.
Nuno Costa, em 09/09/2011
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