terça-feira, 13 de setembro de 2011

Vamos pagar imenso até 2013... e depois ainda mais

                            
Em média, o Estado português vai endividar-se a um ritmo diário de 30 milhões de euros até ao final de 2013.
O PEC já tinha cortado ao endividamento previsto os 22 mil milhões de euros, com as novas medidas, soma assim os 26,8 mil milhões de euros.
Nesta altura, à parte da questão da sustentabilidade da dívida propriamente dita, há um problema de financiamento que agravou as taxas de juro da dívida pública na zona euro e que ainda está longe de ser ultrapassado. E com o mercado assim, os encargos do Estado disparam sempre que fazem novas emissões da dívida para financiar os défices ou para pagar títulos que chegam à maturidade.
E as consequências estendem-se a toda a economia, a começar nos bancos, têm a função de financiar a economia e que estão a ter cada vez mais dificuldades em aceder ao crédito. O mercado monetário quase secou - os bancos não queriam emprestar uns aos outros, preferindo fazer os depósitos a uma taxa de apenas (0,25%) junto do BCE - e o sentimento é que se vive no fio da navalha.
Mas os agentes económicos têm a sua própria psicologia - nem sempre racional - que não se consegue prever totalmente. E os 44,2 mil milhões de euros assustam muito.
Nuno Costa, em 13/09/2011

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