terça-feira, 6 de setembro de 2011

O sermão do bom ladrão


                                
A incontrolável do sector empresarial do Estado tem sido uma fonte de corrupção e miséria.
A armada agora será o sector empresarial do Estado guiado pelo lema do sorvedouro dos dinheiros públicos.
Há 14.000 entidades, 900 fundações, 1000 empresas do Estado central do local com duplicação de funções, das despesas e desperdícios absurdos alimentadas por dinheiros públicos e tuteladas pelo Governo. Funcionam em regime de um apagão orçamental.
Os encargos assumidos nestes contratos entre o sector público e os consórcios das empresas privadas nas infraestruturas rodoviárias, ferroviárias e da saúde não correspondiam, a cerca de 50 mil milhões de euros. Os vultuosos encargos da REFER e as Estradas de Portugal também eram sujeitos a prestação de contas.
A protecção do concessionário privado tornou-se normalmente ruinosa para o Estado.
Há outro mistério é o fenómeno da derrapagem nas obras públicas.
É o campo de alto risco das decisões dos mercados públicos, obras, empreitadas, subsídios. Neste húmus de má práticas foi como se o Estado entregasse a chave do galinheiro à raposa.
As crónicas de má gestão dos dinheiros públicos aliada ao concubinato entre certas empresas e o Estado destruíram a economia e a capacidade. Foi o resvalar da incompetência e do desleixo e formas de corrupção sistémica com o descontrolado endividamento público.
O resultado está à vista: empobrecimento do país, enriquecimento ilícito e imoralidade pública.
Nuno Costa, em 06/09/2011

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