Passos Coelho e milhares de portugueses que não pagaram o que deviam à Segurança Social, o sistema era uma rebaldaria. A Segurança Social tinha vários sistemas e subsistemas, não tinha um registo centralizado nas dívidas, as moradas dos contribuintes eram muitas vezes erradas ou estavam desatualizadas. Muitos dos contribuintes nem sequer recebiam as notificações para pagar as dívidas e os que recebiam aproveitavam as ineficiências do sistema para dizer que não tinha recebido e para fugir às suas obrigações.
Passos Coelho quando confrontou-se com uma notícia do Público que esteve cinco anos sem pagar nenhum cêntimo das contribuições à Segurança Social: o agora do primeiro-ministro diz que teria pago a dívida e se tivesse tido a informação em tempo útil, se a Segurança Social, tinha essa falta registada, me tivesse notificado.
O sistema das penhoras passou a ser automático e dispara à ordem da penhora que deteta a uma dívida acima dos 150 euros.
O valor das dívidas e os bens penhorados levou o Parlamento a discutir o caso das portagens nas antigas Scuts em que uma simples infração de 80 cêntimos pode dar a origem a vários processos que custam ao infrator centenas de euros.
Foram poucos que toleram a usar a demagogia para contornar o que de incómodo tem neste tema. As falsas técnicas de comunicação de vão de escada para tentar esvaziar o assunto. Para colocar o tema, como tentou, na disputa política que chega a roçar na patetice.
Os titulares dos cargos públicos e políticos são obrigados a mostrar os seus rendimentos no Tribunal Constitucional.
O caso da Tecnoforma e o PS exigiu ver as suas contas bancárias, Passos Coelho respondeu que não estaria verdadeiramente disponível para ter que fazer um striptease das contas para deleite dos leitores de jornais. Quando não quer mostrar nada fica sempre a sensação que tem alguma coisa a esconder.
Nuno Costa, Lamego
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