Uma manobra clássica dos ciclos políticos é a incursão legislativa nos meandros do futebol profissional, confundido com desporto a canibalizar recursos e paixões dos portugueses pela coisa desportiva. Certamente pelas piores razões, nunca atinou com um rumo estável que permitisse o cescimento concertado da atividade, nem um paradigma de educação pelo desporto, ao contrário dos parceiros europeus.
Regimes fiscais e de segurança social de exceção, totonegócio, sociedades anónimas para disfarçar as falências, condicionamento dos arquétipos competitivos e dos estatuto dos atletas, por outro, praticamente todos os modelos foram alfo de investidas de políticos espertos, incluindo no domínio da segurança e da indústria do espetáculo.
Assustador é que, desta vez, surgem associados ao poder político os novos dirigentes do futebol, entusiasmados com a vontade de aumentar os campeonatos com mais emblemas falidos.
Nuno Costa, Lamego
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