Talvez chegámos ao ponto em que, finalmente, se tornou evidente para quase toda a gente que era melhor o euro não existir.
É agora fácil de perceber que apenas o euro explica uma crise europeia.
Bem podemos atribuir-lhe a responsabilidade da crise, mas sobre isso prevalece o medo das consequências do seu fim. É um pouco como o que Erasmo disse das mulheres: não se pode viver com ele, não se pode viver sem ele. Ou melhor, não se sabe como viveríamos no momento em que acabássemos com ele. Sabemos a desgraça que trouxe, mas temos medo da desgraça que o seu fim traria. O que não lhe confere qualquer mérito e revela apenas a armadilha em que caímos.
Nuno Costa, Lamego
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