As sociedades democráticas têm de ser implacáveis com os seus serviços de informações. Deles exige correção absoluta, já que eles dão prerrogativas únicas. Mas não é assim que Portugal está a lidar com as suas secretas. Já tinha constatado a total incapacidade do Estado para precaver os abusos; já tinha percebido que houve reiterados excessos; já tinha comprovado que as entidades fiscalizadoras que apenas veem o que os serviços não se importam de mostrar.
Houve uma enorme falta de critério na nomeação de responsáveis, que não hesitam em tirar proveito pessoal dos privilégios que o Estado lhes concede. Em nome de um falso interesse nacional, os escândalos que envolvem os serviços de informações estão a ser protegidos pelo segredo do Estado.
Nuno Costa, Lamego
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