segunda-feira, 19 de março de 2012

O buraco e o espelho

                       
É penoso ver Portugal a ser governado de fora.
O estado de degradação das contas públicas entregou nas mãos do FMI e dos nossos parceiros europeus, que acham no direito, ao porem cá o dinheiro de que necessitamos para saldar as dívidas, de nos ditar as regras para a arrumação da casa.
Os portugueses estão a pagar caro o facto de terem deixado nenganar por promessas inconsequentes e os discursos cheios do nada.
Arrepia perceber que a situação é de tal maneira grave que há organismos do Estado, como forças policiais, que nem dinheiro têm para pagar os salários, agora preferem privá-los dos dinheiro que necessitam para garantir o seu sustento das suas famílias.
A quem nos colocou no ponto em que estamos agora nada, porém, ironicamente acontecerá. Andaram a apregoar que Portugal tinha dinheiro, afinal é o que se vê. A verdade sobre a penúria nacional começa a sergir, aos magotes, ainda antes de o FMI divulgar o diagnóstico real da situação. É o descalabro, com buracos atrás de buracos.
A política necessita, também, de uma limpeza. Este sarilho é um bom espelho das nossas elites.
Nuno Costa, em 19/03/2012

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