A espiral da crise tornou-se a rotina e, deixou-nos sobressaltar.
A tragédia europeia acomodou-se ao quotidiano, aos apontamentos avulsos dos políticos, aos quais a cidadania cansada e desesperada pela inação já não reage. A crise é uma forma da vida europeia tão normal como qualquer outro ato do dia-a-dia.
Esta apatia, tornou-se tão perigosa como a crise real. Um dia, os custos da paralisia política, da falta de visão e da irresponsabilidade dos líderes incapazes de construir um destino poderão chegar numa fatura excessivamente pesada. Aí talvez seja possível constatar como estes dias de alheamento também ajudaram à catástrofe.
Nuno Costa, Lamego
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