A grande provação por que estamos a passar, para muitos representam por não ter nada, ou quase nada, é para todos um tempo em que as certezas sobre o futuro com que encaráva-mos o dia-a-dia desapareceram completamente.
Este deserto de esperança gera uma grande angústia; quando esse estado de alma atravessa, a angústia deixa de ser apenas emoção. Na angústia, o que lhes pedem é que passem a ir ao quotidiano do homem comum e aí se instalem com carinho e com afecto.
Mas um e outro continuam a eximir-se a essa função de solidariedade na provação que o País atravessa, como se a função política não compreendesse a comunhão afectuosa com o sofrimento do Povo.
Nuno Costa, Lamego
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