terça-feira, 26 de novembro de 2013

Os pais

             
Não se educa um povo por decreto. Se os alunos não quiserem aprender, se os pais se omitirem a educar, não há sistema educativo que funcione, não há comunidade que cresça e se desenvolva. Poderá até haver ilhas de sucesso, mas serão sempre a excepção, nunca a regra.
É verdade que muitos dos pais não dominam a boa parte dos conteúdos que são ensinados aos filhos, sendo as dúvidas e dificuldades. Mas aos pais não se pede que sejam professores, espera-se que sejam educadores, que criem as condições para que os filhos estejam disponíveis para aprender.
Que estabeleçam regras e limites, que proporcionem momentos de estudos, que dediquem diariamente tempo para ouvir o que se passou no dia de aulas, que levem as expectativas, incentivem, apoiem e, quando for necessário, sejam firmes na repreensão e no castigo.
Para isto não é necessário ser doutor ou engenheiro, rico ou culto. É preciso muito mais: coragem, rigor, um sacrifício aqui ou ali, e muito amor, numa palavra, é preciso que os pais sejam pais, porque ninguém pode desempenhar essa função por eles.
Nuno Costa, Lamego

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