sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Um colecionador de obras-primas

                   
                                                         LUÍS FIGO
Lançou-se à estrada com ambições moderadas, passo a passo, foi atingindo o mediatismo de figura universal e qualidade futebolística só comparável aos maiores do Mundo de todos os tempos.
Por talento, caráter, regularidade e uma forma altruísta de sentir o jogo, tornou-se motivo de orgulho para um povo que o viu, aos poucos, invadir território. Luís Figo teve o condão de banalizar a arte, porque foi capaz de fazer, uma que fosse, em toda a vida. Foi um extraordinário colecionador de obras-primas, durante épocas a fio: desenhar a geometria, gerir a velocidade e ser sublime nos territórios de aproximação à baliza. Só um ser superior conseguia ser tão influente a partir de zonas de passagem; só um génio reconhecido por todos adquire autoridade para levar exércitos inteiros atrás de si. Foi, um fenómeno sem precedentes no desporto português, atingindo números e dimensões impensáveis na Seleção. Luís Figo, Eusébio e Cristiano Ronaldo estão condenados a juntar-se, um dia, no patamar mais alto do futebol português.

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