sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O trono eterno do Pantera Negra

                  
                                        EUSÉBIO, O PANTERA NEGRA
Muito mais do que o melhor jogador português de todos os tempos, ele foi o ídolo que o povo elegeu como representante nas mais altas instâncias da humanidade, a quem concedeu um trono eterno e chamaram-lhe, simplesmente, o Rei. Eusébio aceitou a coroa, correspondeu à distinção e, num país miserável e atrasado, extravasou a competência futebolística  para se universalizar como uma das poucas bandeiras nacionais reconhecidas e aceites nos quatro cantos do planeta.
O mito do Pantera Negra não se reduz ao que fez nas quatro linhas, continua a fazer parte da memória coletiva da gente que ainda o venera. Essa é a vantagem comprovada sobre muitos dos parceiros, velhos e novos, desta caminhada secular: foi herói de um tempo restrito mas uma celebridade para toda a vida; um tesouro muito nosso, ao mesmo tempo, património da humanidade, gera perpétua nostalgia só de ouvirmos soletrar o nome.
Eusébio foi um fenómeno arrasador, um felino imperturbável, civilizado no comportamento, elegante nos gestos, com olhar doce mas de instinto agressivo e matador. Um génio que não escolhia o dia, nem o local, nem adversário para pintar quadros solitários que transformava, com espantosa regularidade, em obras-primas definitivas. Raros são os que permanecem para sempre no coração do povo.
Eusébio tornou-se num dos mais apetecidos futebolistas do Mundo. Mesmo sabendo, ele e todos nós, na Luz será, sempre foi, a sua casa

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