O sarilho em que Portugal está metido é de enormes proporções. Temos um défice monstruoso, uma dívida que duplicou, um índice baixíssimo, um nível de desemprego demasiado alto, um sistema de segurança social com enormes dificuldades para aguentar a pressão, um modelo de saúde que o Orçamento do Estado não consegue pagar e um dispositivo de Justiça que ninguém confia.
Há uma espécie de nó que ninguém desata. É uma sociedade tolhida a nossa: os empresários, para serem dignos do nome, deveriam procurar fazer-se à vida e deixar de sustentar os seus negócios à sombra do aconchego do Estado; os banqueiros, em vez de concentrarem no essencial da sua atividade, a transparência que se perde; os sindicatos ainda não acertaram o passo com o futuro, mantendo lógicas de atuação carcomidas pelo vírus do imobilismo, afastando-se das práticas, parar noutras paragens, conferiram aos representantes da classe trabalhadora. Para que o protetorado arruinado não condene à extinção, o melhor é não refundar Portugal.
Uma operação de tsunami. Um processo de limpeza que permita um desarranque do zero. É tempo de romper com o Governo que ainda não acreditam em novas oportunidades.
Nuno Costa, Lamego
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