segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Volta a Portugal em gargalhada

                 
São nomes que não lembram ao diabo. Uns evocam-no, outros lembram tragédias, personagens e até partes da anatomia humana.
Amedo, em Carrazeda de Ansiães, Freguesia com 299 habitantes, teve origem nesse sentimento: medo. Conta a lenda que os fugitivos das lutas com os árabes ali se esconderam, armados de pedras.
Na Cabeça Boa, em Moncorvo, narra uma história de arrepiar. Conta-se que os dois morros da localidade eram habitados por dois Mouros: um bom e um mau. Certo dia, o segundo, a pretexto de desencantar um ninho de víboras no seu morro, convidou o outro a visita-lo e cortou-lhe a cabeça, vencido pela inveja. Foi de tal forma violento o corte que a cabeça voou.
Mas, em terras com nomes tão estranhos como Trezói, Panchorra ou Espiunca, como se chamam os seus habitantes? Questão nunca perorada por muitos e desconhecida por muitos.
Como em Monte Perbolço, cujo os habitantes são os Toquinhas Lavadas. Os de Eucísia são Feiticeiros e os de Cabeça Boa são conhecidos por Chulanos. Os de Aranhas são os Aranhenses, mas na terra são conhecidos por Aranhiços. Já em Pereiro de Palhacana, os habitantes são chamados de Pezudos.
Nuno Costa, Lamego

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