Vai ser preciso escolher mais tempo ou mais austeridade, quem vai escolher não somos nós nem o Governo, mas sim a própria troika. A escolha resumem-na assim: se a troika for benevolente e bem agradecida ou escolherá mais tempo, se for cruel escolherá mais austeridade.
Este bombardeamento é devastador, é deprimente, é mesmo vergonhoso!
O leque de escolha não reduz a mais tempo ou mais austeridade e quem tem de fazer opções não é a troika, é Portugal!
Num País independente e soberana, a governação não é externa. São as suas instituições e o seu povo que determinam os rumos e as opções.
Ora, as políticas seguidas não disponibilizam dinheiro para investir e assentam no aumento do desemprego.
A austeridade empobrece e quanto mais se empobrece menos possível de pagar as dívidas. Para pagar as dívidas é preciso, no mínimo, que os portugueses tenham um trabalho produtivo e um salário digno e nós estamos a ficar desempregados, com piores empregos.
Não devemos e não aceitamos continuar a empobrecer mais. É preciso suspender o serviço da dívida, libertando recursos para a criação de emprego e riqueza. Vamos resistir e mobilizar forças que conduzam a um entendimento novo com os credores quanto aos termos da reestruturação da dívida. São escolhas de ricos e desafios, mas não haverá saídas sem os correr.
Sacuda-se a teoria de quem está fraco. Os portugueses, que alcançaram grandes vitórias ao longo da história e fizeram revoluções, serão capazes de, optar pelas escolhas difíceis.
Mais austeridade não nos fará sair da crise, não é alternativa!
Nuno Costa, Lamego
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