Neste cenário de apocalipse económica em que vivemos, o Governo exagerou na dose de austeridade e o desemprego está em órbita descontrolada. Quando Portugal foi resgatado, os bancos cortaram 5 mil milhões de euros no financiamento às famílias. Este ajustamento está feito e reflete-se também no equilíbrio da balança de bens e serviços: não há consumo, há menos importações e as exportações pesam mais. Nada garante, que isto mude quando voltar a haver dinheiro; a autossustentação do País tinha de começar por algum lado e realmente começou. Sobra-nos uma inquietação: as famílias estão a desendividar-se, as empresas, que voltaram a ter crédito, viram aumentar o peso da sua dívida em relação ao PIB. A recuperação virá do sector privado se as empresas e o mercado interno, estão reduzidas a cinzas?
A dúvida: como é que as empresas endividadas e sem mercado irão levar o País para a frente?
Nuno Costa, Lamego
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