quarta-feira, 6 de junho de 2012

Justiça fiscal precisa-se

                    
O truque não é novo e o PSD está a esgotá-lo rapidamente: as medidas com impacto negativo na população seriam consequência da situação das contas públicas.
Ora todos os portugueses percebem que tem havido um enviesamento dos sacrifícios para o lado dos rendimentos do trabalho e das pensões. O Governo desrespeitou o seu compromisso com o aumento dos impostos, impondo-o exclusivamente àqueles que não têm poder nem condições para pensar em planeamento fiscal.
Eenquanto um menos alguém do que o outro pague no extremo (46,5) pelos rendimentos do seu trabalho e ainda fique agora sem metade do subsídio de Natal?
Reconhece-se que esta medida tem que ser analisada a luz da fiscalidade comparada e de forma a afastar o fantasma da fuga de capitais. Sabendo-se a dificuldade técnica de tributar a totalidade do rendimento, o englobamento pode representar um passo importante para que alguns não passem por remediados quando a sua situação é bem diferente.
Terão o Governo e o PSD a capacidade de reconhecer este desafio para além do seu dogmatismo ideológico?
Nuno Costa, em 06/06/2012

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