segunda-feira, 24 de março de 2014

A auto-estima compra-se na mesa de operações

                
O lado exterior da vida vence a batalha; a vida interior conta menos. Haveremos de pagar o preço disso, encher ou desencher o peito, inchar o lábios, acamar as maçãs do rosto e emagrecer na sala de operações tornam-se trivialidades que tentam uma enorme classe média. Fornecer esta felicidade tornou-se uma indústria que passa muito pelos media.
Vão lá pobres sem dinheiro para pagar a indústria da felicidade. Há uma troca de serviço: por operações e dietas, vendem a imagem do corpo, a vida privada e as lágrimas. Paradoxal a auto-estima, que se compra e adquire na mesa de operações.
Agora deve andar pelo auto-estima, por via do dinheiro que se gasta para a obter.
Nuno Costa, Lamego

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