Como sempre na vida, os ciclos terminam antes que as pessoas deem conta. Desde então, o crescimento estagnou, primeiro, desceu para os níveis negativos. Durante a qual mantiveram as ilusões e a euforia, agora condimentada com doses inultrapassáveis de demagogia. Vivia-se como tudo fosse ainda possível, como os cofres do Estado, das empresas e das famílias estivessem recheados.
Como se ainda houvesse agricultura, floresta, pescas e indústrias.
A crise internacional e o colapso nacional mostraram a dimensão inacreditável do desastre e da demagogia. A fragilidade nacional surgiu em proporções inesperadas. A produção nacional era insuficiente, o consumo não parava de crescer. O défice público aumentava sem travões nem sensatez.
As dívidas externas e interna, atingiam níveis dramáticos.
A nova realidade do desemprego, da falência do Estado social, da falta de competitividade, da austeridade e do crescimento insuportável dos impostos veio para ficar.
Tão cedo, os portugueses não voltarão a ter os níveis de rendimento, de bem-estar e do desafogo que conheceram. As classes médias perderão algo que tinham, trabalhadores e classe mais desfavorecidas sentirão apertos maiores e apoios sociais menores.
Entretanto, as consequências políticas desta situação tornaram-se visíveis ou previsíveis.
O futuro continua radioso.
Nuno Costa, Lamego
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