quarta-feira, 21 de maio de 2014

Estado de guerra

             
Portugal vive em estado de guerra. Foi o primeiro-ministro quem nos convocou, para cumprir uma espécie de serviço militar de emergência.
A batalha vai longa e o primeiro-ministro em chefe fez questão de nos deixar sem munições: porque vem aí o maior assalto fiscal alguma vez executado sobre os soldados que o primeiro-ministro quer agora no combate; porque vem aí mais um corte nas pensões dos soldados que trabalharam muitos anos e descontaram outros tantos, confiando que o Estado honraria os seus compromissos e serviços à pátria; porque vem aí, dentro de dias, mais uma vaga de falências e despedimentos que engrossará um exército, os desempregados; porque vem aí, dentro de dias, mais uma vaga de notícias sobre a fome, seja nas ruas, seja nas escolas.
Portugal vive em estado de guerra. Parece é que ainda não percebeu que os portugueses não são soldados, são vítimas.
Nuno Costa, Lamego

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