Maria Ribeiro, foi mãe há 17 meses de gémeos, que sofrem como o irmão mais velho, de uma doença crónica e afeta o desenvolvimento em todos os órgãos: a fibrose cística. Um dos bebés foi diagnosticada uma cardiopatia congénia, enfermidade que já levou o pequeno Francisco duas vezes à sala das operações.
Com as necessidades dos filhos, os quatro e o mais velho com 13 anos, a mãe foi obrigada a suspender o trabalho de uma fábrica têxtil, com a perda do rendimento que está a provocar-lhe muitas dificuldades. Com o apoio residual do Estado, a mãe teme perder a casa e o carro usado para transportar os filhos frequentes nas idas ao hospital.
A população de Souzela, em Lousada, onde reside a família, é muito estimada na região, uniu-se para uma campanha solidaria, a receita permitiu regularizar as prestações da habitação que estavam atrasadas.
A mãe, de 35 anos, que ganhava cerca de 600 euros na fábrica que trabalhou durante 18 anos. O rendimento juntava-se aos 500 euros do ordenado do seu marido marceneiro. Um dos gémeos já foi operado duas vezes e as longas temporadas no Hospital São João, no Porto, que obrigaram-na a suspender o trabalho. Recebe, cerca de 300 euros do subsidio de Assistência a Filhos com Doença Crónica e cerca de 53 euros de abono de família por cada filho.
Nota final: Se o Governo tivesse três filhos com a doença crónica e recebesse um subsídio de cerca de 300 euros e um abono de cerca de 53 euros de família por cada filho, qual era a situação dos filhos do Governo?
Nuno Costa, Lamego
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