segunda-feira, 11 de julho de 2011

Auteridade vai doer nos próximos dois anos

                                     
Nos próximos sete meses, até ao final deste ano, os portugueses sentirão grande diferença pelo facto de Portugal estar sob resgate.
Projectando o cenário para 2012 e 2013, está também salvaguardado um aumento das pensões mínimas. No entanto, o cenário negra começa a esboçar-se precisamente na Segurança Social. As pensões acima dos 1500 euros brutos sofrerão um corte que seguirá a amplitude das reduções aplicada este ano aos salários dos funcionários públicos.
As indemnizações por despedimento serão reduzidas de 30 para 20 dias (22 dias tinha sido o acordo em Concertação Social) por ano de trabalho, até um limite de 12 anos. Seja qual for o motivo, quem ficar sem trabalho ficará mais desprotegido, uma vez que o subsídio de desemprego irá até um máximo de 18 meses.
No orçamento mensal da família, algumas facturas farão lembrar os portugueses que o empréstimo de 78 mil milhões de euros ao país tem custos, directos ou indirectos, para todas as famílias. Esse é o caso da factura da electricidade e o gás. A taxa do IVA deixará de ser a mais reduzida (6%), saltando para a intermédia (13%) ou máxima (23%). Por outro lado, o aumento das receitas provenientes do Imposto de Consumo (250 milhões em 2012) implicará, segundo o Memorando de Entendimento entre o Governo português, a criação de um imposto sobre a electricidade, no seguimento, aliás, de uma directiva comunitária nesse sentido que Portugal estará atrasado em aplicar.
Outra factura que poderá engordar em valor é a do FMI. Sob a intenção de incentivar o mercado do arrendamento, tem mostrado poucos progressos, a troika negociou com o Governo um aumento das taxas e uma reavaliação dos imóveis.
Nuno Costa, em 11/07/2011

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