No meio desta enorme turbulência que marca os nossos dias, por motivos políticos e económicos, ter particular interesse verificar o papel. Obcecados pelas notícias da crise financeira de um país anunciado à beira da bancarrota e da crise política que veio impor um indesejável período de propaganda partidária, escapam-nos, porventura, certas subtilezas. Estamos perante de um quadro pouco propício a vislumbrar a luz ao fundo do túnel que nos pode fazer sair deste sufocante beco. E se olharmos bem para o que está a acontecer, o jogo entre as partes está a travar-se na arena da comunicação.
Ora, se por um lado, uns acusam o Governo e Sócrates, terem feito uma má operação de propaganda na comunicação, não deixam de ficar estupefactos logo em seguida.
Desdramatizava as informações assustadoras para as reacções mais primariamente sensíveis aos portugueses (corte do 13.º e 14.º mês, despedimentos na Função Pública, privatização da CGD, etc., etc,) e afastava os temores nestes dias propalados. No fundo, o que se comprova, é discutir este acordo, num período aceso de propaganda eleitoral, contra a situação real do país. E só poderemos caminhar para sair do fundo deste poço se nos mentalizarmos, cada um de nós vai ter um acordo próprio, para vencer, em curta ou longa duração, crise.
Nuno Costa, em 09/07/2011
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