sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Debaixo do Vulcão

                                        
Os portuguses seguem com uma angústia enfastiada, as turbas de jotinhas, os figurantes inocentes estimulados por passeio, almoço e beijo de herói distante, mais absurdas de sempre e que antecedem o mais violento choque social de um compromisso democrático que não mudou Portugal.
Fundos europeus generosos malbaratados pelo oásis cavaquista, a esplosão do crédito fácil que o otimismo guterrista não travou e a incapacidade de antever a profunda crise de valores europeus que o euro iludiu e adiou colocam-nos à beira da bancarrota mais inúteis e penosas de sempre.
Grande parte do penoso futuro está definido no recessivo e injusto acordo externo que a sede de poder e a desgraça europeia tornaram inevitável.
Os portugueses vivem entre a ensiedade face à overdose de medidas e a inconsciência dos que ainda não perceberam que o esforço será de todos.
Entre a dívida sobre a capacidade de Passos Coelho de estragar os danos e contornar incólume os rios de lavar incandescente e a vertigem radical de um PSD imaturo ávido de provocar os danos incalculáveis, hesitam perante a sensação de estupor face à ameaça de erupção iminente do vulcão do consenso social.
Nuno Costa, em 30/12/2011

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