sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O povo precisa saber

                                  
Os partidos já exibiram o que têm e disfarçaram o que não podem dar. Os protagonistas colocaram na mesa as cartas que queriam, procurando furtar-se às questões embaraçosas que a crise levanta. Com franqueza ou abrigados no manto da mentira, foram esgrimidos todos os argumentos e contra - argumentos que sustentam as teses em confronto, neste ambiente de depressão colectiva.
O que está em jogo, no essencial, é perceber se os portugueses interiorizaram mesmo a necessidade de romper com um modelo de governação que ajudou a cavar o fosso em que o País se atolou, tendo em conta as circunstâncias em que qualquer Governo será obrigado a operar e que já se encontram irrevogavelmente traçadas pelos estrangeiros que, começaram a colocar cá o dinheiro necessário para o adiamento da bancarrota.
Para desespero de Passos Coelho, a demagogia e o embuste que envolveram Portugal desabaram, sem apelo nem agravo. Agora, é preciso agir depressa e com a competência para tentar evitar a crise em Portugal, a entrar em situação desesperada, se repita connosco. Quem for Governo irá pagar um preço muito alto, daqui a quatro anos, pelo duro e patriótico trabalho que é preciso fazer. Não é, tempo para calculismos e para projectos de popularidade. Há gerações à espera e não perdoarão novos erros nem repetidos disfarces. O caso dos pagamentos extras que a Estradas de Portugal se comprometeu a efectuar por cinco concessões que chegavam a ser chumbadas, pelo Tribunal de Contas.
Surgem indícios de que nova auditoria arrasa o modelo de financiamento adoptado e que processos - crime vêm a caminho.
O povo tem o direito de saber.
Nuno Costa, em 02/12/2011

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