quarta-feira, 9 de julho de 2014

A reforma do guarda-roupa

                
Era uma vez um homem que tinha em casa 4 filhos.
O rapaz mais velho tem 23 anos, anda à procura de emprego, ainda residi com os pais. O segundo filho adolescente com 18 anos, é rebelde com uma fase difícil. O terceiro, tem 13 anos e ainda queria ser bombeiro ou palhaço. E por fim, o quarto, de 10 meses, tinha nascido de um descuido no planeamento familiar...
As consequências eram óbvias: o mais velho queixava-se de não conseguir arranjar o emprego; já nada lhe servia e na escola já o tinham batizado o canela de lixívia, a sua pele é muito clara, espreitar entre a bainha e o peúgo, mostrando 2 dedos da dita, apesar os esforços para descair a calça, mostrando a cueca, em jeito de acompanhamento de modas.
Nem o bebé, com a roupa reconstruída pela mãe, nem o adolescente que vestia à exaustão a roupa do mais velho, aparentavam queixas.
Há um Estado sem receitas próprias; há um Estado sem concorrência privada; há um Estado burocrático; há um Estado sem serviços essenciais; há um Estado mal gerido; há um Estado sem consumo intermédio; há um Estado sem gerador de riqueza e com retorno; há um Estado sem benefícios sociais, aproxima das pessoas e aumenta.
Nuno Costa, Lamego

Sem comentários:

Enviar um comentário