sexta-feira, 11 de julho de 2014

Há uma noção de justiça nos chimpanzés

                     
Há uma banca que dá um montante de dinheiro. Um jogador terá de dividir esse dinheiro com um segundo participante que não tem poder de decisão sobre a parte com que fica, mas pode rejeitar a proposta. Se o fizer, os 2 jogadores perdem e a banca não liberta o dinheiro.
Nos macacos-capuchinho a não cooperar em jogos com humanos, quando viam eles não recebiam. Os macacos mostravam que percebiam que estavam a ser alvo de uma injustiça.
Numa situação em que os chimpanzés recebem algo dos humanos, mas um dos animais tem uma recompensa maior, este indivíduo recusa recebe-lo.
Um dos chimpanzés teria de escolher entre 2 objetos: um daria o direito à partilha de 6 pedaços de bananas, em que o primeiro chimpanzé ficaria com 5 pedaços e o outro com o restante. O outro objeto daria o direito a uma partilha equitativa da banana.
Depois de escolher o objeto, o primeiro chimpanzé que teria de passa-lo ao segundo, que estava numa jaula adjacente e também sabia o valor de cada objeto. O segundo chimpanzé podia depois dar o objeto ao cientista, o prémio seria repartido.
Tanto os chimpanzés como as crianças que escolhiam os objetos passaram de uma posição de egoísta, quando o prémio ainda não dependia da decisão dos parceiros, para uma escolha mais equitativa quando iniciaram o jogo do ultimato. Cerca de (70%) das vezes escolheram uma distribuição justa do prémio.
O chimpanzé que recebe o objeto nunca para o jogo, talvez por falta de consciência do seu poder.
O chimpanzé que escolhe o objeto prefere muitas vezes a opção que resulta numa distribuição mais justa do prémio.
Nuno Costa, Lamego

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