Quando devemos ao Estado, somos pressionados a pagar, com ameaças de penhora e a sua efetivação. Quando o Estado deve, a situação ganha contornos difíceis e intrincada. O fundo de garantia salarial demora ano e meio a ser pago, as dívidas às empresas de construção civil ganham ferrugem. No sector privado sucede-se os salários em atraso, os despedimentos selvagens. No sector público o Governo disponibiliza 40 milhões de contos para indemnizações na RTP.
Um País, dois tipos de portugueses. De calote em calote lá vai o Governo. São certinhos a pagar ao FMI. Aos banqueiros do circuito internacional de dívidas. Portugal não pode ficar malvisto pelos parceiros internacionais. Com o povo português a história é diferente. O Estado tem uma dívida interna, e essas têm outro tratamento.
Nuno Costa, Lamego
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