Vem aí mais um ciclo de prosperidade, apregoado pelo primeiro-ministro, Passos Coelho, diz, será ufano e triunfante, está em pose de um comediante de revista à portuguesa, cada vez que se aproxima de uma câmara de televisão ou colocam-no um microfone junto ao nariz.
É repetido mil vezes o regresso do tempo das vacas gordas num humilhante dos bolsos vazios, o Estado comporta-se como um xerife de Nottingham e ainda mantém o Robin dos Bosques em prisão perpétua, mas não bate certo com a realidade. Os portugueses ainda continuam reféns de uma austeridade que não há fim à vista, o Governo, promete prosseguir sem dó nem piedade.
Para este Governo o empobrecer é uma emergência, importa o desemprego que acelera, a asfixia da economia ou de uma certidão de óbito passada à classe média?
Para este Governo, ainda há duas preocupações: com a vassalagem a Berlim e a prestação do seu patronato, os banksters, os banqueiros mafiosos, os crimes dos biliões, continuam à solta e na maior das impunidades.
Estas notícias que nos chegam dia a dia, hora a hora, minuto a minuto, revelaram o caráter neste Governo. Para as populações, para os pequenos e médios empresários, para os trabalhadores, são más notícias e saque fiscal. Para os amigos do Governo, há ainda benesses, há ainda regalias e os aumentos salariais milionários.
Nuno Costa, Lamego
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